Prólogo

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Essa história é um tiro no escuro, embora eu já tivesse o plot firme em minha mente, escrever Steloisa será um desafio diário. Visto que, não é da minha ossada o lado jurídico e policial.

Contudo, me esforçarei ao máximo e me arriscarei a escrever (não prolongarei) casos criminais. Então, vocês verão semelhanças com CSI e Lúcifer, trarei casos dessas séries para a nossa delegada fodona resolver.

A história de amor contada aqui, será baseada em uma lenda asiática e diversas histórias de amor já escritas, mas as que mais predominarão serão: Rosie e Alex (Simplesmente acontece),e, Mário e Alice (Sol Nascente). O amor que nasceu da amizade desses casais, me inspiraram.

Não menos importante, queria agradecer a constante importunação da Day (vulgo Dey) que depois de ler Somente Você, insistiu para que eu escrevesse Steloisa baseado na amizade de Alice e Mário. Te amo preta.

E Elô, minha querida musa inspiradora, obrigada por sempre comprar minhas ideias e me incentivar a escrevê-las.

Aproveitando que entramos no assunto de Somente Você (que está em reta final) queria avisar aqui que não abandonarei a fic, reservarei dois dias da semana para atualizar, um para atualizar essa e outro para SV.

No mais, é isso! Desfrutem dessa história com o mesmo carinho que eu a escrevo.
(Volto já já com o primeiro capítulo)
🌹😘

Com amor, Clariam.








Narrador


Na Ásia, há mais de dois mil anos atrás se espalhou uma lenda chinesa chamada: "Akai Ito" ou "Fio vermelho do destino".

Trata-se de uma lenda passada de geração em geração, até os tempos atuais. Conta a história que os Deuses, no momento do nascimento, amarraram uma corda vermelha invisível nos dedos mindinhos ou tornozelos daqueles que estão predestinados a se encontrar e se tornarem ali "almas gêmeas", independente do lugar ou circunstância.

Podendo esse fio se esticar ou emaranhar, mas nunca se partir.

Acredita-se também que quanto mais longo o fio, mais distante e infelizes as pessoas destinadas estarão, ou, quanto mais curto o fio, mais próximas e felizes as pessoas destinadas estarão.

Heloísa Sampaio e Stenio Alencar são a prova viva da veracidade dessa lenda. O fio que os une desde o nascimento, os tornaram parte dos afortunados que são próximos e felizes.

Stenio faz parte da renomada família de advogados, composta por seu pai e por sua mãe, Ramiro Alencar e Teresa Alencar. Um casal incrivelmente competente que juntos são donos do maior escritório, terrivelmente bem-sucedido, de advocacia do Rio de Janeiro, localizado no aterro do Flamengo. Escritório esse, deixado como legado e construído com a fortuna do bisavô de Stenio, Amilton Alencar.

No entanto, é necessário a compreensão de que o sucesso e a fortuna não move uma família.

Não se casando por amor e sim por dinheiro e conveniência, Ramiro e Teresa fizeram com que Stenio crescesse com um péssimo exemplo de família, lar, e sobretudo, amor. Vivenciando a frieza de um casamento, as conversas curtas, olhares vazios e a palpável falta de amor dos pais, o herdeiro cresceu com uma certa aversão ao matrimônio e as mulheres. Nunca se entregava por completo a uma relação e ao mínimo sinal de comprometimento, Stenio se afastava.

A única capaz de amolecer o coração duro de Stenio era Heloísa.

Desde a construção de seu império a família Alencar tem como sócios de sua empresa, os Sampaio. Núcleo familiar formado, no presente momento, pelos pais de Heloísa, Edgar Sampaio Viana e Lilian Sampaio Viana. Outro casal rico e sem amor.

A família Sampaio trás como propriedade um nome forte no meio jurídico do Rio de Janeiro, visto que Edgar Sampaio é um dos homens representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Novamente, "poder" não solidifica uma família.

Os Alencar e os Sampaio se conhecem à várias gerações, e por consequência disso consideram-se uma só família.

E como seus pais eram sócios e as famílias moravam na mesma rua, a união de Heloísa e Stenio se deu desde o nascimento. O elo que os uni, trata-se de uma ligação sublime, que solidificou a permanência, a constância e a estabilidade, o que gerou a irmandade.

Stenio, assim como os seus pais, se tornou advogado. Dando orgulho e continuidade ao império da família. Já Heloísa, para a decepção dos Sampaio, que sonhavam com o dia que a sua única herdeira seguisse os seus passos e desse continuidade ao legado da família, se tornou Delegada Federal.

E tal feito foi o que realmente selara a amizade dos dois. O fato de que Heloísa, desde a pouca idade, se recusou a limitar-se aos planos que seus pais tinham para ela, fez com que Stenio admirasse essa coragem na amiga. Ao contrário dele que sempre se sentiu confortável e nunca ousou questionar os planos que seus pais planejavam para ele. Não que ele não ame a profissão que exerce, só que o advogado nunca sonhou além do que já havia sido planejado por seus pais.

Diferente de Helô, que sempre sonhou alto e com o foco em seu suspiro de liberdade. O brilhantismo da delegada fez com que Stenio sempre a visse como a heroína de sua própria história, visto que Heloísa Sampaio era um dínamo, com todo o seu esforço a mulher construiu seu próprio sucesso sozinha, se tornando a delegada federal do Rio de Janeiro mais destacada. Seus feitos, todos muito bem executados, estampavam as manchetes de jornais, toda a mídia se voltava para Heloísa quando ela tinha algum caso grande em mãos.

Felizmente, o sucesso estrondoso da delegada calou seus pais, embora, por vezes, ainda insistissem com a ideia dela seguir o legado da família. Edgar Sampaio relutava contra a ideia de aceitar que a sua filha construiu o seu próprio legado e fez com que todos dentro e fora do meio a tivessem respeito, principalmente Stenio. Os olhos do advogado brilhavam para Heloísa, assim como os dela brilhavam para ele, o coração altruísta do advogado renomado lhe encantava.

Apesar do desamor em seus lares, Stenio e Helô foram criados por Creusa, uma babá que os Sampaio contrataram para cuidar de sua filha e que acabou cuidando de Stenio também. A maranhense portava em seu peito um coração incrivelmente altruísta, e fez de tudo para quebrar o ciclo de infelicidade das famílias, dando a Heloísa e Stenio todos os ensinamentos corretos para serem pessoas de bem e capazes de amar. E apesar da aversão de Stenio, o vínculo que ele criou com Helô o fez ser capaz de amar, sem ele perceber.

Não seria loucura se pensássemos que Deus, o universo, o destino, Buda, ou seja lá qual for o Deus da sua crença, não colocou Creusa na vida de Heloísa e Stenio por acaso. Se é que acasos existam.

Os dois acreditavam piamente na existência da amizade entre homem e mulher, e nessa cumplicidade viveram até o atual momento. Contudo, mal eles sabiam que a amizade é a base de um relacionamento longo, é a base do amor que constrói uma vida à dois.

O destino que os uniu parecia paciente, encarregava-se de encurtar o fio milímetro por milímetro. Fazendo com que dentro desse período de tempo, o elo entre o advogado e a delegada crescesse e se tornasse cada vez mais forte. Sem embargo, quando o tempo fosse propício, tudo aconteceria no momento, na hora, no minuto e no segundo exato. Ocasionando o despertar desse amor.

Amor esse que foi construído ao longo de três décadas.

Todo esse tempo será incapaz de fazê-los duvidar de sua constância.

E será a partir de um determinado acontecimento que eles perceberão que o fio que os une está tornando-se cada vez mais curto.

Será que o advogado e a delegada serão capazes de lidar com a dimensão desse amor?

Laço entre nós | steloisaOnde histórias criam vida. Descubra agora