Entre Promessas e Despedidas

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Desde muito cedo, fui moldada pelos valores de dedicação e responsabilidade que devo ter à família. Ser a segunda filha em uma família de seis irmãos sempre significou assumir um papel crucial de exercer o papel de ser o mais velho.

Enquanto minha irmã mais velha buscava conhecimento e experiência na universidade, eu encarava os desafios do cotidiano, equilibrando as exigências domésticas, os estudos e a ternura necessária para criar um ambiente de segurança e amor. A responsabilidade de orientar e proteger tornou-se uma segunda natureza para mim.

Nas noites silenciosas, muitas vezes pontuadas por conflitos e lágrimas, eu me via imersa na solidão. Sob o constante peso das cobranças dos meus pais, solicitando mais responsabilidade de uma criança de 14 anos, meus momentos de choro tornavam-se um eco doloroso da ausência de apoio ao meu redor, resultando em noites de uma solidão interminável.

Enquanto minha irmã mais velha colhia os frutos do seu esforço na universidade, eu sentia que estava cultivando um terreno desafiador, mas necessário, para a prosperidade da família. Cada ação, cada sorriso compartilhado e cada desafio superado eram elementos integrantes da história que estávamos construindo juntos, uma história que enfatizava a força e a importância de laços familiares fortalecidos pela dedicação mútua.

Apesar de meus pais serem os pilares da nossa casa, dedicando-se arduamente para proporcionar uma vida digna, havia uma lacuna em nosso vínculo familiar, uma falta de amor que nunca recebi diretamente deles.










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