Capítulo Único

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Bella e eu éramos casados há cinco anos. Eu tinha 25 e ela 24, mas estávamos juntos desde os meus 17 anos, quando me mudei para Forks e a conheci. Nosso relacionamento não era perfeito, nunca ouvi falar de algum que fosse, mas vivíamos muito bem juntos.

Eu amava minha esposa com loucura. Mas eu sentia que nosso casamento estava caindo na rotina, e também sabia que esse era o primeiro passo para um desastre matrimonial, e não queria de forma alguma estar longe dela algum dia. Então eu andava meio que desesperado para fazer algo para nós dois.

Só que nas ultimas semanas eu fui trocado, não por outro homem eu sabia que Bella nunca me trairia, mas por um livro. Ou melhor, três.

Eu estava intrigado, o que tanto havia naqueles livros que mantinha minha esposa em transe, mas sempre que eu perguntava sobre o que eram os livros, ela corava e se esquivava das perguntas, me atacando com sexo, quente e selvagem como só ela sabia ser.

Bella, entre quatro paredes, sempre foi uma mulher fogosa, mas nessa ultima semana, sempre que eu tentava me aproximar dela durante a noite, ou em algum momento durante o dia, ela me repelia e no minuto seguinte estava grudada nos malditos livros. O que estava me incomodando profundamente, além de me deixar frustrado por não poder tocá-la, e magoado por ela não querer ficar comigo.

Então fui procurar saber o que tanto tinha naqueles três livros que a prendiam. Em minha hora de almoço, no escritório de advocacia que eu havia aberto com meu irmão, digitei na ferramenta de pesquisa do Google o titulo de um dos livros, o primeiro que a vi lendo, 50 Tons de Cinza.

Fiquei um tanto quanto chocado com os resultados de minha pesquisa, não acreditando que aquele assunto pudesse interessar a minha mulher. Resolvi ler o primeiro dos três livros para ter uma ideia do que realmente se tratava, então comprei o e-book e o li em meu computador nos tempos livres, para que Bella não desconfiasse de nada.

Como todo leigo, eu achava que aquele universo de BDSM era algo em que a mulher sofria ao ser subjugada por um homem e muitas vezes sendo machucada e humilhada publicamente. Claro que havia aqueles que faziam jus aos preconceitos, mas acabei descobrindo eu uma relação assim, priorizava o prazer da Submissa, que o prazer dela para seu Dominante significava o seu próprio prazer.

Então assim que terminei o primeiro livro, não tive muito interesse em saber o resto da história e ler os outros títulos, só uma coisa me vinha em mente naquele momento.

Se aqueles livros entretinham tanto a minha esposa, eu sabia de uma forma muito melhor de entretê-la.

Se Bella quer brincar, Bella vai brincar.

O resto de minha semana se passou rapidamente e antes da sexta feira eu já tinha tudo organizado para minha brincadeira com minha esposa. Eu só esperava que ela aceitasse, mas se eu a conhecesse bem, e eu conhecia, ela não só iria aceitar como representar o papel divinamente.

Para entrar na brincadeira de vez, resolvi fazer um contrato como o do livro em questão. Então peguei alguns trechos do mesmo e redigi o meu próprio contrato. Fazendo algo bem mais simples, algo que teria valor apenas entre nós dois, sem todos aqueles termos complicados, que eu sabia que ela não ria entender, não porque fosse burra, longe disso Bella era uma mulher muito inteligente, mas ela não entendia muito bem dos termos que os advogados usavam. Separei todos os termos em tópicos e os imprimi, colocando tudo dentro de um envelope, onde o contrato ficaria guardado até que lhe fosse entregue.

Então na noite de quinta feira, ao chegar em casa depois do expediente, já com o contrato em mãos segui para nosso quarto. Onde minha linda esposava, vestida com sua camisola branca e transparente, aquela camisola que ela sabia que me enlouquecia ao vê-la vestida com ela, estava entretida com seu livro.

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