Capítulo 105.

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BN.

[...]

— Seu nome completo? Nome completo de seus pais? - o médico perguntou. No mínimo ele tava achando que eu era maluco.

Olhei pra minha avó que tava presente, fiz careta e ela apenas balançou a cabeça pra que eu respondesse.

Mal acordei e já tô nessa aí.

Karina: Responde filho, é necessário. - respirou fundo.

Já começou errado quando pediram pra Maísa sair daqui pra esse filho da puta aí entrar. Vou mostrar pra esse maluco aí que eu posso estar qualquer coisa, menos doido.

BN: Meu nome é Breno de Andrade Machado, sou filho de Thainá Martins de Andrade Machado e Filipe Serrat Machado. - bufei.

Esperei ele escrever na folha dele lá e dei continuidade.

BN: Meus avós maternos se chamam Karina Martins de Andrade e Bruno Rocha de Andrade e meus avós paternos se chamam Yara Serrat Machado e Augusto Corrêa Machado, ambos estão todos vivos e o nome da minha namorada é Maísa Diniz de Carvalho Falconi, mais alguma dúvida? - olhei pra ele.

Se eu lembrava o nome completo da Maísa que parece um jornal de tanto sobrenome, imagina o que mais eu não sabia sobre ela?

— Melhor amigo de infância?

Porra, é interrogatório pra programa social do governo?

BN: Meu primo, Pablo Guilherme Andrade de Carvalho Falconi e é até hoje. - bufei.

— Entendo seu estado de irritação diante das perguntas, mas entenda que é protocolo pra gente saber se houve perda de memória ou algo mais grave. - ele disse calmamente - Você sente alguma coisa?

BN: Vontade de ir embora. - respondi sem muito ânimo.

Karina: Tá sentindo dor, Breno? - fez carinho no meu cabelo.

BN: Nenhuma, vó.

O médico continuou enchendo o meu saco, até que fui avisado que eu seria transferido pro apartamento e amanhã passaria o dia todo fazendo exame.

Ainda protestei que queria tomar banho e depois de muita insistência, lá foi minha avó me dar banho no banheiro porque eu não podia me abaixar e tomar banho em cima da cama eu não queria.

[...]

Minha mãe e o meu pai foram os primeiros a entrarem pra me visitar. Minha mãe chorava como era de lei, meu pai se mantinha firme mas dava pra ver os olhos do coroa brilhando.

Thainá: Graças a Deus você acordou, meu filho, tive tanto medo de perder você. - acariciou meu rosto e me encheu de beijo.

BN: Vaso ruim não quebra, mãe. - sorri e beijei sua testa.

Filipe: Não quebra não, ele explode mesmo. - deu risada e fez um toque comigo - Como tá essa força?

BN: A força tá no zero, tô doido de fome, pai. - sorri de lado.

Filipe: Eu vou arrumar uma quentinha pra tu quando eu vim, hoje tu tá ligado que não pode.

Thainá: Mas não pode, Filipe! - olhou feio pro meu pai.

BN: Já dizia minha namorada e a família inteira no deboche: Quem liga? - dei risada - Comida de hospital é o fim da carreira.

Thainá: Se vocês inventarem de trazer comida que o Breno não pode comer escondido, eu conto pra minha mãe.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora