Jake
Assim que o tive novamente abri as mensagens para ver o que a Harper me tinha respondido. Deu-me uma tampa de novo, disse que não podia estar comigo hoje; sinceramente nem sei para que foi tanto stress se a resposta dela é esta. Além de estar sempre ocupada, sei lá com que merdas, pouco me tem ligado (literalmente) nos últimos dias. E agora fodi ainda mais as coisas: enquanto estava na aula a conversar com ela a prof de matemática chamou-me nem sei bem quantas vezes, até que no final ao toque me pediu para ficar e resumindo disse que me iria meter no centro de explicações da escola.
- Wtf eu nem preciso de explicações. - compartilhei com a minha vizinha no caminho pra casa, após saber que seria ela a dar-mas.
- Pelos vistos ela discorda dessa opinião.
- De que lado é que tu 'tás?
- Ouve eu também não te quero dar explicações a ti. - olho para ela confuso.
- Autch.
- É verdade. Tenho de te aturar em casa, na escola e agora ainda mais essa? Qualquer dia dou em maluca.
- Então convence a velha a cancelar essa ideia ridícula. - ela vira à esquerda e eu acabo por segui-la e agarro-lhe o braço, porque estávamos a falar. - Ei onde é que tu vais?
- Aos chineses. E era preciso agarrares-me o braço? - continua. Andando portanto à minha frente.
- Sei lá nós 'távamos a falar não era suposto parares de ouvir o que eu dizia. - resmungo. - Mas que é que vais fazer aos chineses?
- Comprar tintas.
- Ah pois tu és daquelas que pinta. Uma das minhas vizinhas também fazia essas merdas, uma vez foi lá pessoalmente ver a obra-prima que a mãe dela fez.
- Ok eu vou fingir que não entendi.
- É pra acabar o da janela do meu quarto?
- Como é que tu...? - para de repente, vira-se e encara-me.
- Não era suposto ter visto? - olho-a nos olhos.
- Aquilo não é a janela do teu quarto!
- É parecida. - quebrou o momento onde apenas nos olhávamos, virando-se novamente para a frente.
- Vir contigo foi uma péssima ideia, só me vais atrasar.
- Próxima vez vinhas de carro.
- Grande ideia. Mas graças a um idiota qualquer não tenho a porta do carro arranjada.
- Isso soa-me a desculpa pra vires comigo. - vira-se repentinamente de novo.
- Até me ofendes com essa. Como se eu não tivesse mais nada de interessante pra fazer do que te 'tar a aturar.
Olive
Enquanto estive algum tempo na demanda de encontrar as tintas certas, que não fossem uma bodega, acho que o Jake esteve a brincar com as pistolas de água à entrada. Depois de pagar, chamei-o para irmos embora e foi durante o caminho que o palerma decidiu esconder-se num dos becos daquela rua e assustar-me com uma daquelas máscaras horrorosas (que pelos vistos tinha levado sem eu ver). Permanecia eu à frente no caminho para casa, logo não o vi esconder-se, apenas denotei que estava calado (o que infelizmente não acontece com muita frequência).
- Jake? A sério que este foi agora sabe-se lá aonde? - voltei para trás; alguém me agarra pela cintura, me levanta e tapa-me a boca (como é óbvio pensei que fosse um sequestrador ou o caralho); tento soltar-me e ele deixa-me.
- Haha. Calma. - tira a máscara horripilante.
- 'Tás parvo! - empurro-o. - Não voltas a fazer isso.
- Foi o máximo!
- Onde é que arranjaste essa merda?
- Levei dos chineses.
- Eu não te vi a pagar isso.
- Eu disse que levei não que comprei.
- Tu não és rico o suficiente pra comprar essa porcaria? Tinhas de roubar?
- Chill é só uma máscara.
- Que já agora condiz na perfeição com a tua cara.
- Haha que engraçada. - replica irónico.
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O meu vizinho
RomanceRomance escrito em português de Portugal. Olive Anderson é uma rapariga simples, inteligente e doce (exceto com o seu novo vizinho). Jake Martin, típico badboy, pegador nato e por vezes antipático mudou-se para o seu condomínio há uns meses, porém a...