Além das aparências

O chamado Divino

Se tiver erros, eu sinto muito
Espero que gostem
<3

No silêncio matutino do convento, os primeiros raios de sol se filtravam pelas pequenas janelas, criando feixes de luz que iluminavam suavemente o lindo rosto de Nayeon. Seus longos cabelos castanhos caíam como cachos macios sobre seus ombros, dançando delicadamente conforme ela se movia pelo quarto. A brisa fresca da manhã entrava pela janela entreaberta, trazendo consigo os sons sutis da natureza despertando para um novo dia.

Com passos leves e graciosos, Nayeon caminhava em direção à penteadeira, onde uma fina camada de poeira tinha se depositado nas tábuas de madeira entalhadas. Ela pegou o pente de marfim, cuidadosamente esculpido, e passou-o suavemente por seus cabelos, desembaraçando cada fio com uma paciência e delicadeza quase palpáveis.

Enquanto se preparava para mais um dia de preces e reflexões, Nayeon observava seu próprio reflexo no espelho. Seus olhos escuros, transbordando de vida e mistério, pareciam ser janelas que conduziam a um mundo interior profundo e complexo. Ela trazia consigo uma tranquilidade serena, expressa tanto em sua postura calma quanto em seu sorriso genuíno, um reflexo da paz que encontrava em sua devoção a Deus.

Ajoelhada diante de sua cama, coberta por lençóis brancos e alvos, ela fechou os olhos e fez o sinal da cruz com uma reverência cuidadosa e solene. Inspirando profundamente, ela começou a falar com seu Criador em um suave murmúrio, quase inaudível no silêncio do quarto. Cada palavra parecia ser pronunciada com uma atenção meticulosa, cada pensamento colocado em ordem, como se cada oração fosse uma delicada renda de contemplação.

Os primeiros raios de sol começaram a iluminar a pequena capela do convento à medida que Nayeon caminhava em direção a ela. Os muros de pedra pareciam ter absorvido séculos de devoção e adoração, emanando uma sensação de eternidade e magia. Ao empurrar delicadamente a pesada porta de madeira entreaberta, ela entrou em um espaço onde o tempo parecia se deter, onde a espiritualidade se manifestava em cada detalhe.

Seus olhos percorreram as paredes pintadas de branco, cuja textura irregular contava histórias de tantas gerações que ali veneraram o sagrado. Suas mãos tocaram o genuflexório de madeira desgastado pelo uso e pelas lágrimas derramadas. Era como se, ao tocar esses objetos, Nayeon pudesse tocar também a própria essência da fé e da devoção.

Uma suave brisa adentrava a capela pela janela entreaberta, carregando consigo o aroma delicado das flores silvestres que cresciam em volta do convento. Os feixes de luz que entravam através das vitrais coloridas dançavam no ar, criando um jogo de sombras e cores que parecia refletir a própria essência da divindade.

Nayeon adentrava lentamente a pequena capela, encantando-se com a atmosfera sagrada que envolvia o espaço. Seus olhos percorriam cuidadosamente cada detalhe do ambiente, absorvendo a beleza das imagens religiosas e o brilho suave das velas acesas. O aroma de incenso pairava no ar, preenchendo seus sentidos com uma sensação de calma e devoção.

Ela caminhava vagarosamente pelos bancos de madeira, sentindo o toque frio e sólido sob suas mãos delicadas. Cada passo era meticulosamente calculado, como se estivesse mergulhando em uma experiência divina. Seu coração pulsava com uma mistura de reverência e curiosidade, enquanto ela se deixava envolver pela quietude e pelo silêncio sagrado.

Diante do altar, Nayeon ajoelhava-se com graciosidade, sentindo a maciez do tecido do seu hábito em contato com seus joelhos. Ela cerrava os olhos, entregando-se completamente à presença de Deus. Sua voz sussurrante ecoava pelo espaço, misturando-se ao som suave do vento que entrava pelas janelas entreabertas.

"Senhor, peço-vos que ilumine meu caminho e guie-me rumo à minha verdadeira vocação", dizia Nayeon em um tom suave e sincero, com a voz quase sussurrada. "Sinto-me ansiosa por descobrir mais sobre mim mesma e sobre o propósito que o Senhor tem para a minha vida."