Senti frio.
Os cortinados baloiçavam lentamente ao sabor da pequena corrente de ar. Olhei para o céu e uma linha fina, curva e luminosa decorava o céu rodeada por centenas de pontinhos brilhantes.
Uma dor forte atingiu o meu corpo magro. Caí sobre os meus joelhos e senti-me a arder. Fechei os olhos e senti a minha cabeça tombar para a frente. Voltei a abri-los.
Branco.
Branco era tudo o que eu via, era tudo o que me rodeava.
Senti como se uma seta se atravessasse pelo meu peito. Fechei os olhos e gemi de dor.
Voltei a abri-los e tudo voltara ao normal. Coloquei as mãos no chão de madeira e levantei-me. Dirigi-me á pequena varanda e sentei-me na cadeira de baloiço.
Senti uma última dor. Aguda e mesmo por cima do meu umbigo. A sensação de calor invadiu-me de novo.
Uma grande lua em quarto crescente azul escura perfeitamente desenhada encontrava-se sobre a minha pele.
