🐞. Mudando a rota

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🐞🐞🐞


Eu era a pessoa mais feliz do mundo. Minhas malas já estavam prontas, meu dinheiro já estava guardadinho e eu estava pronta para uma nova aventura: Paris. Eram 8 horas da manhã e em qualquer outro dia comum, eu não estaria de pé por passar a madrugada inteira acordada vendo futilidades na internet, mas naquele dia não. Aquele era o dia que eu tinha sonhado. O dia que eu finalmente iria viajar para Paris. Com toda a minha empolgação, eu desci do quarto e resolvi tomar um café reforçado, pois eram 8 horas de viagem no avião até chegar em Paris.

Quando terminei meu café, notei que ia me atrasar e meus pais logo me levaram até o aeroporto para resolver as burocracias do passaporte e dos documentos, pois ainda era minha primeira vez fazendo isso e na volta, eu com certeza precisaria fazer de novo, só que sozinha. Nós esperamos por um bom tempo no embarque, até que finalmente chegou a hora do vôo e eu abracei meus pais com toda a força do mundo, prometendo que ia voltar. Eles riram um pouco do meu drama e me apressaram para que eu entrasse no avião logo. Assim, eu fiz e busquei meus fones no bolso para que ouvisse um pouco de música durante o trajeto.

Eu dormi na viagem, acordei, comi, fui ao banheiro, voltei e a viagem não parecia ter fim, o que já estava me incomodando um pouco. Afinal, eu queria muito falar com Alya para saber se ela já estava instalada no hotel ou se estava me esperando no aeroporto. Nós tínhamos combinado que era pra ela chegar um pouco antes, já que morava na França e resolver tudo que estivesse ao alcance dela, pois eu chegaria um pouco cansada. Tentei me tranquilizar um pouco e me lembrei do motivo principal daquela viagem: Adrien. Ri comigo mesma lembrando que ele tinha prometido me encontrar na China, mas que foi totalmente o contrário que aconteceu e ele nem esperava por isso. Eu não mandei mensagem alguma avisando sobre isso e com certeza seria uma surpresa pra ele, eu só esperava que fosse uma surpresa boa. Mas não era possível que tanta coisa pudesse mudar em apenas 3 anos. Eu ainda me sentia a mesma.

Depois de uma longa espera, o avião finalmente pousou no aeroporto de Paris e eu desci, indo para a área de desembarque. Procurei por minhas malas na sessão específica para isso e fui direto para a recepção. Assim que cheguei, avistei minha tão querida amiga Alya e corri para abraçá-la, um pouco desajeitada por conta das malas pesadas. Alya estava com uma plaquinha escrito meu nome e eu me emocionei muito com aquilo, era minha melhor amiga em carne e osso ali, não tinha como não chorar. Alya estava bem mais peituda e com um jeito mais de mulher, ela havia mudado seus óculos e seu cabelo estava bem maior.

— E aí, amiga? — Alya disse empolgada, como sempre.

— Você tá tão linda, assim, pessoalmente! — eu disse maravilhada.

— Hmm... Então quer dizer que pelo celular sou feia, é? — ela brincou.

— Você é muito besta, Alya! - protestei rindo.

— Eu estava morrendo de saudade de te abraçar, amiga. — Alya confessou.

— Awnnnn, eu também! — Nos abraçamos novamente e seguimos caminho.

Nós chamamos um táxi para que nos levasse até o hotel, que era bem próximo ao centro de Paris. Eu fui olhando e analisando o local, percebi Paris era uma cidade linda, mas Fontaine ainda me parecia a minha cidade favorita na França, não sei exatamente porquê. Nós descemos próximo à uma pista enorme de skate, onde havia uma grande concentração de pessoas. Quando chegamos perto, notamos que haviam vários jovens da nossa idade fazendo várias manobras. Eu e a Alya amávamos assistir essas coisinhas de rua, então ficamos lá até que o dia começasse a escurecer.

Enquanto nós andávamos até o hotel através do mapa no celular, pude perceber que haviam fotos de Adrien em todos os cantos. Eram várias publicidades e eu fiquei maravilhada em poder vê-lo daquela forma, pois nunca tinha conhecido o Adrien de Paris tão de perto. Um dos cartazes estava estampado em uma banca de jornal, era bem grande. Adrien estava de olhos fechados como se estivesse voando e segurava uma flor. Aparentemente, era uma propaganda de perfume, que eu achei muito bem feita. Eu fiquei alguns bons segundos admirando o pôster e cheguei a tocar nele, sem me importar que fosse apenas um papel. Meus olhos encheram de lágrimas e eu comecei a me perguntar quando finalmente ia encontrá-lo. Fui interrompida por Alya me puxando pelo braço.

— Amiga, eu sei que viemos até Paris em busca do seu namoradinho, mas vamos curtir um pouco enquanto não achamos ele. Quero muito esse momento com você. — ela disse.

— Ok, me desculpa. Eu sinto muita falta dele. — eu disse tristonha.

— Eu sei, amiga. Por isso não quero que sofra por antecipação. Não sabemos o que vamos encontrar. — Ela disse receosa.

— É, você tem razão. — respondi.

Enquanto nós caminhávamos de volta para o hotel, Alya me confidenciou algo que me deixou nervosa e ao mesmo tempo com vontade de rir.

— Eu não contei para o Nino que vinha para Paris. — Alya disse nervosa.

— O que?! Vocês terminaram? — eu perguntei incrédula.

— Não! Eu só não contei mesmo. — Alya explicou.

— Ah... Por que você fez isso, Alya? Isso não vai te gerar problemas futuros? — perguntei ainda assustada.

— Ai amiga, eu quero me separar dele, sabe? Não pra valer. Mas tudo que eu faço, eu faço no modo "Alya e Nino", por uma vez na vida, eu quero ser só a Alya, sabe? Só por alguns dias, ele não vai morrer por isso. — ela disse, mas dava pra ver claramente que se sentia culpada.

— E se ele te ligar? O que você vai dizer? — perguntei.

— Eu pedi para minha mãe dizer que estou de TPM e não quero assunto, caso ele ligue lá pra casa. Se ele ligar pra mim, eu só não vou atender. Mas ele fica tanto tempo com a cara nos joguinhos dele, que provavelmente nem vai se dar conta de nada. — Alya disse com toda a esperteza do mundo no olhar.

— Ai amiga, você é meio estranha, sabia? — eu disse rindo.

— Tudo bem, nós duas somos! — ela falou enquanto colocava seu braço em volta do meu ombro me abraçando de lado.

Nós duas rimos e encerramos as brincadeiras. Eu já estava me sentindo cansada por carregar toda aquela mala, assim como ela. Alya me apresentou alguns lugares de Paris que conhecia, principalmente os restaurantes de lá, os quais ela disse que sempre ia com seus pais e seus irmãos. Ela parecia um pouco mais empolgada, mas imaginei que fosse porque ela passou a infância ali por muito mais tempo que eu, já que vivi boa parte da minha vida em Shanghai. Nós finalmente avistamos o hotel e eu me apressei para que nós pudéssemos fazer o check-in. Porém, senti algo estranho, como se alguém estivesse me observando, bem nas minhas costas. Quando olhei para trás...

Não tinha nada. 

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Fontaine - Meu Amor de Verão [NOVA TEMPORADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora