Monetized Heart - Um coração vendido

Babá

Os pequenos raios de sol refletiam em meu rosto através da grande janela que havia em meu quarto, era a hora de acordar e com ela vinha a coisa mais chata de todas as manhãs nessa casa, a hora do café.
Eu desci e fui para minha tortura diária. A sala de jantar era champanhe com adornos antigos e bem detalhados e assim como todos os dias a mesa estava repletas de opções.

- Bom como todos estão à mesa, podemos comer - disse meu pai sem ao menos um bom dia.

Só havia Ele,minha mãe e eu.
O motivo de eu odiar esses cafés são meus pais, claramente eles preferem ações e dinheiro ao invés de mim, e não é bobeira minha se eu perguntasse coisas básicas que país teriam que saber sobre os filhos eles não saberiam responder, como por exemplo "qual minha cor favorita?" ou " Qual é minha comida favorita?" coisas simples, então por que tenho que fingir que somos uma família feliz tomando café juntos?

- Se arrume, Anna virá aqui, passe o dia com ela - disse ele, rispidamente.
- Mas pai, hoje é domingo eu não quero ser babá de uma adolescente, por que eles não contratam uma ou sei lá - eu disse frustada, ninguém em pleno domingo, dia de descanso e paz, ser babá de uma pirralha de 14 anos.
- Esta decido não quero ouvir reclamação, o contrário eu tiro seus cartões - ele me deu um olhar frio.
Eu odiava essa garota, todas as vezes que ela veio tentou de todas as formas me deixar mais mal do que já sou com meus país, se colocando em risco para falar que eu não a olhava direito e seu eu não fizesse ou desse tudo que ela pedia ameaçava persuadir seu pai a não investir na nossa empresa.
Depois do café fui para o nosso grande jardim, uma das belezas dessa grande propriedade, tenho muito orgulho da nossa casa que está na família Coccine a gerações. O jardim é meu refúgio e é onde a única pessoa que converso fica, Tom, o jardineiro.

- Bom dia senhorita Coccine - Disse ele. Tom só é 2 anos mais novo que eu, alto e com cabelos ruivos caracolados.
- Já disse para me chamar só de Liv.
- Se os patrões ouvirem eu tô na rua - ele falou bem humorado e rimos.
- Anna virá aqui hoje, me ajuda - eu disse frustrada.
- Nossa ninguém gosta dessa garota, mas o que posso fazer? - ele falou enquanto arrumava seus utensílios de jardinagem.
- Ah não sei, vocês tem a mesma idade praticamente fique conversando com ela - disse implicando.
- Primeiro, temos idades bem distantes ok, segundo, do jeito que ela é nunca conversaria com um simples jardineiro.
- Ah qual é Tom, você não é um simples jardineiro, e você é bonitão, jogue esse charme para ela.
Nós rimos. Ficamos conversando por mais um tempo.
- Agora sai daqui que eu tenho que trabalhar, xô - ele disse me abanando para ir embora.

Mais tarde, Anna havia chegado e meu pai mandou ela subir ao meu quarto.

- Olá, Olívia.
- Olá, Anna - eu disse com um tom sarcástico.
- Olha, eu também não queria está aqui, mas é melhor você me tratar muito bem se não... Bem, você já sabe não é mesmo? - como sempre, me chantageando.
- Não enche, fique aí no seu canto que eu fico no meu.
- Na verdade, eu tenho uma proposta para você - disse ela  enquanto andava pelo ambiente e analisava.
- Qual séria?
- Giovanna está fazendo uma festa na piscina hoje, não soube? Minha proposta é irmos lá, escondidas claro, seu pai mandou irmos só ao shopping.
- éh, eu soube, mas esqueci - na verdade Giovanna era uma chata, eu não respondia suas mensagens a meses e ela ainda sim continuava a mandar, então não tinha visto sobre a festa, mas era certeza que ela tinha me convidado.
- Parece interessante, mas não sei não, meu pai pode descobrir.
- Ah vamos lá ! ou ainda é uma bebezinha que precisa da permissão do pai? - Disse ela rindo
- Garota, o problema aqui é você! eu sou adulta, não posso ir justamente porquê tenho que cuidar de você, já pensou se seu pai descobre que foi para uma festa sobe a responsabilidade do meu?
- Relaxe, e mesmo assim meu irmão vai estar lá, não vai dá em nada.
- Bom... se é assim vamos - qualquer coisa era melhor do que andar horas no shopping com ela e se o irmão dela estava talvez eu até podia largar ela com ele.