capítulo 3: antigas amizades.

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Havia se passado exatamente uma semana desde o ocorrido com Zyan, o vizinho

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Havia se passado exatamente uma semana desde o ocorrido com Zyan, o vizinho. E, em todos os dias, eu evitei ao máximo abrir a janela.

Minha mãe também ligou para ter notícias minhas, depois de semanas sem me mandar um oi.

Ela tinha dito que não havia ligado por conta do trabalho e que estava muito ocupada, mas eu não era idiota, sabia que era mentira e, além disso, sabia que minha mãe não se importava.

Eu sempre fui acostumada a fazer tudo sozinha, desde o falecimento de meu pai. A minha mãe depois disso nunca mais foi tão presente em minha vida, ela somente existia e pagava as contas da casa.

Obviamente eu sentia falta de ter uma mãe presente, mas hoje em dia lido bem melhor com isso do que lidava no começo.

Sendo sincera, eu não tenho ódio de minha mãe porque sei que esse ódio faz mal somente a mim. Então, aprendi da pior forma que, se minha mãe quisesse, seria presente.

Enfim, pensando pelo lado bom, eu fui a semana inteira para a praia, senti muita falta disso.
Claro que no Brasil havia muitas praias belíssimas, mas não adiantava muito já que eu morava em um Estado bem longe de qualquer praia.

Sendo bem sincera, era só isso que eu tenho feito a semana toda, ir à praia. Eu estava muito entediada desde que cheguei, não podia negar. Eu literalmente só tenho falado com minha avó.

A pessoa mais próxima além de Grace que eu tive um diálogo foi Zyan, mas ele era excessivamente irritante, então não contava.

Amava a companhia de Grace, mas também sentia falta de fazer amizades e da emoção de ser uma adolescente.

Eu acabei de fazer 18 anos mas não sentia como se tivesse.

Aliás, me lembrei agora que quando era menor, vivia brincando com uma garota que a avó era amiga da minha, pelo o que me lembro o nome dela era Brianna.

Nós duas éramos grudadas, mas depois da última vez que eu fui para Coronado nós acabamos perdendo contato.

Além disso, provavelmente a garota nem se lembra de mim. Mas mesmo assim, seria muito bom conversar com alguém da minha idade.

Eu então resolvi perguntar a minha avó, porque, sinceramente, se eu não fizesse algo a respeito, ficaria mais 1 mês só indo para a praia.

- vó - chamo Grace  - você se lembra daquela sua amiga que tinha uma neta que vivia brincando comigo?

Grace, se sentando ao meu lado, responde:
- Claro, querida, está falando da Brianna?

- isso, isso mesmo. Você sabe como ela está hoje em dia? -  pergunto

- Não realmente, continuo sendo amiga de sua avó, Clarice, mas desde a última vez que você veio nunca mais a vi.
A avó dela às vezes me dá notícias dela mas faz muito tempo que não a vejo.

- você sabe se tem como convidá-las para vir jantar qualquer dia desses aqui? Porque assim, vovó, sendo bem sincera, eu queria fazer alguns amigos aqui sabe.

- Claro, meu amor. Eu sei que é bem chato só ficar aqui em casa comigo - minha avó ri

- Eu adoro ficar com a senhora aqui, mas você sabe que acabei de fazer 18 anos, quero aproveitar um pouco.

- Eu sei, querida, vou chamá-las para virem aqui jantar qualquer dia desses.

Eu esperei ansiosamente para o dia que elas iriam na minha casa.
Estava começando a surtar em desespero.

No dia do jantar, no momento em que elas chegaram, Clarice, a avó de Brianna, entrou e deu um abraço na minha avó

- Oi, Grace, como você está? Faz tanto tempo que não nos vemos - Clarice diz sorrindo

- Ah, minha querida amiga, eu estou ótima, mas não tanto quanto você - minha avó diz se referindo a aparência de Clarice.

O modo que a minha avó evelheceu era literalmente a meta de qualquer um. Ela tinha 83 anos com cara de 65 e ainda por cima uma disposição incrível para a idade dela.

Logo em seguida, Brianna entra na casa e de repente vem correndo me dar um abraço.

Ela era uma garota típica estadunidense desde pequena e muito bonita. Tinha cabelos loiros de um tom dourado, olhos azuis acinzentados e um sorriso de invejar.
Além de suas covinhas que faziam toda a diferença no seu rosto, o deixando único.

- Layla! Quanto tempo! - ela diz me abraçando.

Eu estava realmente eu choque que Brianna se lembrava de mim.

- Você se lembra de mim? - pergunto.

- Layla, mas que pergunta! Óbvio que me lembro - ela diz rindo.

- Está brincando! Eu pensei q não se lembrasse.

Brianna solta uma risada
- Mundo engraçado, e eu pensei que você não se lembrasse. Aliás, eu nem sabia que você estava aqui, descobri que tinha se mudado só quando minha avó falou. Se soubesse antes, teria vindo te visitar correndo.

- Nossa, eu teria adorado. Sabe, honestamente, tem sido um saco não conhecer ninguém aqui. Eu queria conhecer pessoas e ir em festas, mas sem conhecer absolutamente ninguém fica difícil.

- Agora conhece, bom, já conhecia, mas você entendeu - Brianna diz sorrindo - e, amiga, pode deixar que eu vou te levar para as melhores festas  - ela diz - aliás, vai ter uma essa sexta, depois eu te passo tudo certinho, vê se aparece lá.

- Graças a Deus, era tudo que eu queria - digo com um tom de desespero - muito obrigada

Brianna ri
-Layla, eu estou realmente muito feliz de te ver de novo, espero que nos aproximemos novamente.

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