Não sei o que estou fazendo da minha vida, ajudando o Nicolas mais uma vez a se livrar de alguém... Será que o propósito da minha vida é ser a namorada falsa desse ridículo?
— Meg? — Karol aparece na porta.
— Oi?
— Obrigada por ajudar o meu irmão... De novo...
— De nada, eu acho — me sento na cama. — Eu nem sei por que fiz aquilo.
— Acho que sua preocupação com ele falou mais alto — ela senta do meu lado. — Você vai embora hoje à noite, né?
— Sim — olho para ela. — Quero ver como seu irmão vai se virar sem a "namorada" por aqui.
— É capaz de ele ir junto.
— Nem a pau.
Por mais que eu sinta que preciso dele ao meu lado.
— Vou ver o que faço para ajudar ele — ela sorri. — Ah, seu amigo pediu para avisar que vai passar o dia fora com a Helena, mas que volta a tempo de ir para o aeroporto.
— Tá bom — sorrio. — Hoje vou ficar sozinha por aqui, Paola saiu com a Nina...
— Prometi ao meu pai que ficaria com ele hoje, se não fosse por isso, eu ficaria com você.
— Tudo bem, fala pra ele que mandei um abraço.
Ouço alguém bater na porta.
— Amor, seu pai já está esperando — Carter diz e sorri. — Bom dia, Meg.
— Bom dia — sorrio.
— Já vou — ela levanta. — Nos vemos mais tarde.
Assim que saíram, fiquei sozinha no quarto, mas não durou muito até que alguém entrasse.
— Daniele?
— Bom dia... — ela diz baixinho e começa a tossir.
— Tá tudo bem? Senta aqui — aponto para a cama e pego água para ela.
Ela toma a água e respira fundo.
— Eu tô com medo — ela diz com lágrimas nos olhos.
— O que aconteceu? Alguém aqui te ameaçou?
— Antes de eu te contar, promete não contar a ninguém?
— Prometo!
— No início da gravidez, descobri que estava doente e que não poderia seguir em frente por causa disso — ela me olha. — Quando fui contar ao indivíduo sobre tudo, ele disse que não iria assumir filho dos outros e foi embora... Como meus pais não dão a mínima pra mim, acabei ficando sozinha e decidi seguir com a gravidez, mesmo que isso afetasse minha vida de forma extrema.
— O quão extremo seria?
— A ponto de eu acabar ficando no hospital após o nascimento e sendo enterrada.
— Oi? — perguntei perplexa.
— Vim pra cá porque não queria ficar sozinha até os nove meses... Eu até tentei, mas chega uma hora em que não dá para ficar só você e o bebê — ela diz, já chorando. — Sempre que eu passava mal sozinha, ficava com medo de algo acontecer com o bebê... Sei que não sou bem-vinda nessa casa, mas pelo menos aqui sei que, se eu passar mal, vai ter gente para me socorrer.
Assim que ela terminou de falar, a abracei e ela ficou imóvel por alguns segundos.
É nessas horas que a gente vê que não pode sair julgando os outros por conta de um erro do passado.
Tentei acalmá-la de várias formas possíveis, até que ela dormiu. A história ficou na minha cabeça, e após pensar por um longo tempo, consegui entender o que ela realmente queria: dar ao bebê uma família, por mais que fosse passageiro.
Saí do quarto e fui atrás do Nicolas. Depois de tanto procurar, o encontrei.
— Precisamos conversar, e é algo sério.
— Você falando assim me assusta.
— Sei que vai achar estranho o que vou te pedir, mas preciso que cumpra até o fim.
— Aconteceu alguma coisa? — ele pergunta, preocupado.
— Mais ou menos... Não posso dizer em detalhes, prometi não contar.
— E qual seria o pedido?
— Que você cuide da Daniele até o fim da gravidez.
Ele me olha com os olhos arregalados.
— Não tô pedindo que namore ou case com ela, apenas que cuide dela nos três meses que faltam.
— E por que isso agora?
— Ela já foi abandonada pelo namorado e a família não gosta dela. Acho que não seria legal ela ficar o resto da gravidez sozinha e muito menos sendo julgada por todo mundo... Pode fazer esse favor pra mim?
Ele suspira.
— Posso...
— Obrigada, Nick — abraço ele e dou um beijo na bochecha.
— Mas só porque você pediu — ele diz, retribuindo o abraço.
— Outra coisinha: podemos sair, eu, você e ela? Tenho certeza de que ela ainda não comprou nada pro bebê.
— Teu coração é tão mole quando o assunto é ajudar os outros e tão duro quando o assunto sou eu.
— Porque você é um idiota.
— Que você ama — ele pisca para mim.
— Infelizmente — digo baixinho. — Assim que ela acordar, saímos, ok?
— Tá bom, senhorita Grant.
Sorrio e me sento numa pedra.
— Vou sentir saudade desse lugar.
— Poderia ficar mais, né?
— Aqui com você? Tá arrependido em nome de Jesus.
Ele me olha sério.
— O que foi? Ninguém manda você ser um saco.
— Falou a pessoa que bebe e fica um porre.
— Teu rego, menino feio.
— Eu sou maravilhoso.
Concordo.
— Iludido — dou risada. — Mas vou sentir falta de brigar com você.
— Só uai, de que mais eu sentiria falta?
— Disso aqui.
Ele diz e me beija.
Hello my friend
Como estão?
Estou tentando voltar aos poucos para este livro, então tentarei postar pelo menos uma vez na semana
Fiquem bem e não esqueçam do votinho ♥️🥺
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Uma Nova Chance - Amor Quase Impossível 2
Roman d'amourDois anos após a triste noite de formatura de Megan, a garota se vê em um avião voltando para onde tudo começou.... E lá, ela encontra Nicolas, o seu grande amor não superado O que o destino tem reservado para esses dois após dois longos anos? (Con...