G ● 12

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-- o senhor sabe que ainda falta uma hora, não é? -- Giovanna questionou cruzando os braços

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-- o senhor sabe que ainda falta uma hora, não é? -- Giovanna questionou cruzando os braços

-- sim -- disse simples amarrando o cadarço do tênis

-- achei que vocês não se gostassem

-- mas a gente não gosta um do outro -- falei dando de ombros

-- confia -- ela disse dando risada -- só essa semana já foi dois encontros.

-- normal

-- eu não nasci ontem não, pai

-- para mim você ainda é uma bebezinha, minha bebe. -- disse voltando a posição normal já que havia feito o cadarço e apertei suas bochechas

-- mas eu já sou uma mocinha, pai

-- para mim continua sendo um bebê. -- ela cruzou os braços e bufou -- vamos! -- peguei em sua mão

-- está nervoso? -- ela questionou enquanto descíamos a escada

-- não, porque?

-- está na sua cara que esta nervoso -- ela disse rindo baixo e mordi minha própria bochecha por dentro -- sua mão está até suando -- fechei a porta de casa e caminhei em direção a garagem

-- so estou assim porque quero conversar umas coisas muito importante com ela -- relevei e o olho da minha filha se transformou em curiosidade

-- o que?

-- é algo muito delicado, Gio. Outro dia o papai conta.

Após deparar-me com a notícia no jornal, minha mente mergulhou em um turbilhão avassalador de pensamentos e emoções.

Fui tomado por uma tempestade interna, uma inundação de sentimentos intensos e complexos que pareciam engolir-me por completo.

A indignação fervia dentro de mim, ardendo como brasas incandescentes, ao constatar a existência desses tipos repugnantes de homens que perambulam impunes pelo mundo.

A raiva queimava em minhas entranhas, alimentando minha determinação em proteger Giovanna, minha filha, com todas as minhas forças.

Jurei a mim mesmo que jamais permitiria que ela passasse por tamanho horror.

Nenhuma mulher, absolutamente nenhuma, merece ser vítima desse tipo de situação.

ao mesmo tempo, uma onda gigantesca de medo se ergueu em meu peito, ameaçando engolfar-me com sua força avassaladora.

Um medo profundo e penetrante, nascido da percepção de que Giovanna poderia estar em perigo, de que o mundo cruel e implacável poderia feri-la de maneiras indescritíveis.

Era uma angústia que me atormentava, que me fazia lutar para encontrar uma sensação de paz e segurança em meio ao caos que se instalara em minha mente.

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora