24-‟...Eu comprei alguns vinhos ontem."

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YOU POINT OF VIEW

 11:54 AM - Los Angeles


A exatamente um minuto atrás, a palestra foi finalizada e consequentemente, todos foram em direção a saída principal, causando um leve congestionamento na passagem pela quantidade de gente. Enquanto esperava aquela fila se desmanchar, mergulho nos meus pensamentos, e sem perceber, começo a roer minhas unhas em nervosismo.

"Eu posso não estar em cima do Cristo Redentor nesse momento, mas daqui, consigo visualizar toda a vista, fica esperta."- É a única coisa que rodeia minha cabeça, o que caralhos isso significa?.

De uma coisa, tinha certeza, seja lá quem escreveu isso, queria que, apenas um um grupo -quase inexistente- entendesse, mas por quê?. Porém, o motivo para ter escrito aquilo não era o pior dos meus pensamentos, e sim um certo questionamento que por algum motivo não quer sair de jeito nenhum da minha mente.

E se aquelas palavras foram para mim?- Meu estomago revira com a ideia, causando-me ânsia de vômito automaticamente.

Estava tão aérea vagando pelos corredores, que se quer notei quando uma pessoa se aproximou de mim, agarrando gentilmente meu pulso, para me guiar. Demoro alguns segundos para entender o que estava acontecendo, demostrando até resistência no início, mas assim que vejo que a dona da ação era a Elizabeth, meus ombros relaxam automaticamente.

— Credo, eu estava lhe chamando a tempos.- A loira fala, já entrando em uma sala completamente vazia, me levando junto a si.

— Desculpa, eu não a vi.- Admito. Ela para na minha frente, e sua cabeça inclina-se ao analisar-me com precisão.

— Algo te incomoda.- Não era uma pergunta, e sim uma afirmação. Suspiro, dando-me por vencida. Eu não conseguiria esconder algo assim dela.

— Você entendeu aquela última frase da carta?

— Não. Mas também não é surpresa, já que não sei português.- Faz uma pausa rápida antes de continuar seu raciocínio. — O que dizia?- Traduzo como pediu, e assim como eu, ela ficou pensativa quanto o seu real significado, mas não demostrou preocupação. — Não deveria estar assim, acho que não tem nenhuma importância.- Sua voz é calma, como se estivesse tentando me passar tal sentimento.

— E se for... uma ameaça ou algo do tipo?- Falo com indiferença, para que não descobrisse que eu realmente estava acreditando nessa possibilidade. A mais velha franze o cenho.

— Que? Não!.- Dá uma risadinha, provavelmente achando minha ideia um absurdo. — No máximo foi algum trocadilho estranho de empresário.

— Uma charada, talvez...?- Continuo insistindo, mas dessa vez, não direciono minha pergunta a ela e sim para mim mesma. Começo a andar pela sala, sem um rumo certo, eu precisava descontar minha ansiedade em algo. Olsen permanece no mesmo lugar, como se estivesse tentando lembrar de algo, até que alguns segundos depois, ela se pronuncia.

— Pode ser que tenha razão...

— Não está ajudando.- Viro-me para encara-la. Ela apenas ignora meu comentário e começa a articular.

— Lembro de ter escutado a Scar falando que esse investidor exigiu algumas medidas de segurança, para que ele pudesse fechar o contrato.- A loira se aproxima novamente de mim. — E adivinha? Uma dessas exigências era instalar câmeras por toda a escola. Com certeza, estava fazendo menção a isso.- Sorri, passando-me confiança. Reflito por um curto tempo antes de responde-la.

Teacher's love ||Elizabeth Olsen// YouOnde histórias criam vida. Descubra agora