Capítulo 8

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A campainha toca e Giovanna respira fundo. A casa dela era aconchegante e limpa, o leve aroma de bolo recém-assado invadia toda a sala. Estava tudo perfeito, não tinha com o que se preocupar. Mas isso não mudava o fato dela estar muito nervosa ao abrir aquela porta.

Alexandre estava do outro lado, com uma criança igualmente excitada ao lado dele.

Oh, Inã era ainda mais adorável pessoalmente. Lábios vermelhos brilhantes, bochechas vermelhas e os olhos azuis mais brilhantes que ela já viu olhar para ela.

Alexandre fazia bebês tão lindos fofos

- Oi! - Inã exclama - Você é a Giovanna?

Esse garoto é destemido, ao que parece. Destemido e animado para a nova aventura de um novo irmão.

- Você pode me chamar de Gi. E sim, sou eu - Ela responde. Inã está segurando um presente, o que é fabuloso porque, embora ela e Alexandre não tenham conversado sobre isso, ela e Noá também compraram presentes.

Eles podem estar bastante sintonizados quando se trata dessas coisas.

- Nós trouxemos presentes para você! - Inã exclama - Você e meu novo irmão!

E com certeza, Alexandre está segurando um presente também.

Giovanna pega o presente dele e de Inã e os direciona para a sala. Alexandre está mais arrumado do que deveria para um jantar casual, seu cabelo grisalho perfeitamente penteado para parecer que não foi penteado, sua camisa justa o suficiente para lembrá-la de que ele está em forma e forte. Que desagradável.

- Noá está no quarto terminando a lição de casa - Giovanna diz a ele - A televisão da minha sala está conectada a quase todos os Streamings então tem filmes prontos para serem assistidos, eu fiz strogonoff e tem bolo também...

- Isso tudo parece incrível - Alexandre está sorrindo para ela, lançando-lhe um olhar astuto, como se pudesse dizer o quão nervosa ela está. Inã ainda está focado em tirar as botas, então não é estranho quando Alexandre se inclina e sussurra - Vai dar tudo certo, Gio

Ele se sente confortável em usar o apelido, foi ela quem permitiu, mas seu coração ainda acelera um pouco ao ouvi-lo, meio com medo do que essas palavras íntimas podem significar, meio com excitação sobre a mesma coisa.

É bastante patético.

- Eu sei, eu realmente quero que eles se dêem bem - Ela admite.

Ela não tem certeza do porquê. Antes ela queria que Noá nunca mais quisesse ver Inã ou Alexandre novamente e Inã sentirá o mesmo. Então eles poderiam voltar às suas vidas normais.

Mas ela não quer mais isso.

- Mãe? Era a campainha? - Noá chama lá de cima. Ela se vira para olhar a escada e o encontra caminhando em direção a ela.

- Eles chegaram, Noá - Ela grita de volta.

Seus olhos se arregalam e ele desce as escadas.

- Oi, Ale!

- Oi, Noá! Estou com alguém que está muito animado pra te conhecer

Giovanna observa enquanto Inã se encolhe um pouco atrás de seu pai, como se ele finalmente tivesse sentido o peso e a importância deste momento.

Noá desce o resto da escada e acena para Inã - Ei! Você é meu irmão

Inã assente, mas não fala.

- Inã, este é Noá - A voz de Alexandre é calmante e gentil.

- Oi - Diz Inã, acenando de volta.

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