Hipnotizar.

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Eai cambada? Finalmente tomei coragem em escrever e aqui estamos, agradeço a Raii por essa arte na capa, foi graças a ela que tive inspiração pra escrever.

Antes de começar, importante um aviso, embora os personagens sejam estados, nessa one tomei liberdade pra colocar nomes humanos, espero que não se importem.

Ceará = João
Pará = Miguel
Pernambuco = Pedro
Rio de Janeiro = Ricardo
Amazonas = Iara

É isso, boa leitura!

...

Toda música alta animando as pessoas, as dança de carimbó encantavam João. As festas do Belém do Pará não podiam ser melhores, essa era a melhor parte de conhecer um lugar totalmente novo a sensação de descobrimento é inexplicável, as possibilidades do que podem acontecer o exitavam, o novo exitava.

- Ei, Jão! Não vai acreditar no que descobrimos! - seu amigo carioca, Ricardo chegou animado junto com seu outro amigo, inseparáveis.

- Boy, a gente ouviu falar que o boto tá nessa festa! - Pedro disse oferecendo uma latinha de cerveja para o cearense, que não negou.

Mesmo sendo de estados diferentes, aqueles três tinham uma amizade muito unida e caótica, no bom sentido, onde tinha confusão tinha eles. Obviamente que o assunto chamou atenção de João, Lembrava-se que sua avó contava histórias sobre o famoso "Boto cor de rosa" chegou acreditar muito quando era criança, ao ponto de estar em qualquer festa e ver um homem bonito e perguntar: você é o boto? Isso lhe rendia boas broncas de sua avó.

Mas agora ele era uma rapaz crescido, e pelo jeito muita gente ainda acredita nessa lenda.

- É tudo viçagem mah, nem sei com cês acredita.. - riu vendo a cara de desacreditados dos amigos.

- Aaah já saquei, tu tá é com medo de tombar com o boto isso sim - o carioca olhou com olhar sarcástico.

- O cardo tem razão, tu deve tá com medinho. Qual foi Jão? Tá com medo dele te arrastar pro rio?

João terminou a latinha se satisfazendo, mirou os olhos na cara de ambos e arcou uma de suas sobrancelhas, não gostava do tom desafiador dos meninos e não gostava mais ainda quando ganhava coragem - ou perdia noção - pra cumprir qualquer loucura.

- Beleza! Me convenceram bando de fuleragem.

- Aí sim Jão!! Vem com a gente que vai da bom! - Ricardo comemorou ergendo os braços pro alto, junto com Pedro.

- Ó, vamo falar com a mina que providência uma canoa pra cê ir lá no rio, tão dizendo que ele aparece por lá - Pedro avisou antes de sair arrastando o carioca consigo.

O cearense não teve outra reação a não se rir, aqueles dois conseguiam se superar as vezes onde já se viu, boto cor de rosa em pessoa? Seria ilario, pensou João. Querendo acabar logo com a brincadeira dos amigos, decidiu seguir os dois tico e teco, quando saiu se virou de uma vez esbarrou em um homem alto de vestias brancas, seu rosto escondido pelo chapéu. João se desculpou e saiu, já o homem no entanto acompanhou através dos olhos o castanho desaparecer na multidão, ao sumir totalmente de vista, ele deu um sorriso sutil.

Mal sabia ele que ouvirá toda conversa dos três amigos.

Enquanto passava pela multidão em busca dos dois sumidos, que deveria ter saído pela porta dos fundos não pode deixar de se sentir estranho, sua cabeça parecia zonza e clara ao mesmo tempo. Confuso e óbvio.

"Diacho... será que eu bati a cabeça com muita força no peito daquele home?"

Avistou a porta dos fundos, estranhamente não tinham tantas pessoas do lado de fora mas compreensível. A festa que tava tendo era focada em danças de carimbó, não necessariamente em uma festa louca que os três amigos costumavam frequentar.

Hipnotizar. (Parará)Onde histórias criam vida. Descubra agora