Querido Todoroki - (Shoto Todoroki)

❄As Cartas Já Diziam🔥

Estava voltando para casa, do cansativo emprego quando vi a placa:

VENHA VER O QUE AS CARTAS DIZEM

Agora estou sentada de frente para a tal vidente, ela já era uma senhorinha e sua individualidade era ver o futuro das outras pessoas.

Não sabia se era verdade, mas o preço dela era tão barato que eu não podia deixar passar.

A mesma virou a primeira carta, analisou e disse:

ㅡ Oh, sim, querida. Seu futuro é turbulento,...

Mordo o lábio inferior, nervosa com aquilo. Sempre fui uma pessoa azarada, esperava que isso mudasse em meu futuro, mas pelo jeito que ela olhou a segunda, provavelmente a carta dizia que eu sofreria um pouquiiiinho mais.

ㅡ Cheio de peças.

ㅡ Boas ou ruins? ㅡ perguntei.

ㅡ Ruins claro, querida. ㅡ Respondeu, me olhando por trás do óculos meia-lua

Apertei as mãos sobre minhas coxas, quando a expressão dela ficou mais suave.

ㅡ Mas isso esta para mudar. ㅡ Ela sorriu, deslizando a unha roida sobre a carta áspera.

ㅡ Sério? ㅡ me posicionei mais para frente.

Ela coçou o queixo pontuado.

ㅡ Ainda é muito confuso. ㅡ Deu uma pausa.

ㅡ O-o que você vê aí? ㅡ perguntei esperançosa.

ㅡ Vejo...gelo...eh...fogo.

Engoli em seco. Fogo não podia ser uma coisa boa, certo? E gelo, o que diabos significava gelo?

ㅡ E isso é bom?

ㅡ Não sei bem, pode ter tantas interpretações. ㅡ Desistindo de pensar ela se levantou. ㅡ Bom, já não sou mais jovem. A sua seção acabou, querida.

Ela passou a me conduzir para a saída, como se me espuça-se.

ㅡ Po-por favor. E-eu não posso ir sem saber ㅡ insisti, segurando a maçaneta da porta.

Ela suspirou e disse:

ㅡ Apenas espere. Quem, ou o que tiver que vir, virá.

Eu não sabia como reagir, era uma coisa tão vaga, tão coisa de vidente.

ㅡ Muito obrigada e volte sempre, querida.

Fui literalmente empurrada para fora da pequena casa. Olhei pela janela e ela a fechou por dentro.

Apertei as alças de minha mochila, suspirei e voltei a caminhar para casa. Para o meu inferno.

[* * *]

No meio da madrugada...

Sou acordada desesperada, pensando que estou sendo afogada pela agua suja jogada pela minha tia.

ㅡ Acorde praga! ㅡ ela grita.

ㅡ Mas o que é dessa vez tia? ㅡ tenho que fazer esforço para não gritar. O cheiro de produto químico agora impregnado em minhas narinas.

ㅡ É assim que você me agradece por viver debaixo do meu teto? ㅡ ela continua a gritar.

Não consigo responder quando não sei ao certo o que ela quer. Meu corpo se treme de frio.

ㅡ Pipos! ㅡ ela fala o nome de seu gato. Aquele bendito gato.

ㅡ O que tem ele?

ㅡ Ele fugiu! Fugiiiiu ㅡ ela puxa minha orelha. ㅡ Fugiu por que vocêê... ㅡ aperta mais. ㅡ deixou a janela aberta!