Capítulo 19

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Alemão

Eu acho que o cara lá de cima tem um grande problema comigo, não tem condições. Era melhor ter dado um tiro na cara daquela vadia, antes de ter ouvido o que ela tinha falado.

Travei legal, zero condições de matar aquela filha da puta. Quando ela disse que tava grávida eu travei. A neurose bateu e eu vi que tava fudido.

A imagem da mulher que me trouxe pra esse mundo tem me assombrado desde o dia que mandei a viciada, o nome dela é Agatha, tá ligado mane? Até o nome da mina me falaram desde que eu mandei ela pra aquela salinha.

Contratei uma enfermeira pra ajudar ela nessas parada de abstinência. Mas é foda. Mas, principalmente pra cuidar da bebê que tá na barriga dela, se pá a coitadinha nem sobrevive de tanta droga que a mãe dela usou.

Não consigo ficar lá, não consigo ver alguém naquelas condições, não sabendo que tem uma criança sentindo tudo aquilo junto com ela.

Uma criança que não tem culpa de nada é que já tá sofrendo. A parada é uma só: Eu me vi naquela criança.

A doidona não pensou duas vezes em dizer que dava a cria pra qualquer um. Vai te fuder rapaz, na hora do bem bom foi mulher pra fazer, mas agora quer dar a criança pra qualquer um.

O ódio que eu tenho daquela daquela viciada é foda. Ela é uma puta igual a mulher que me botou no mundo que só fez abrir as pernas e na hora que a consequência veio, quis correr.

Esses dias eu tava lá e ela se achou no direito de bater na própria barriga. Já não basta tudo que essa criança passou não? Vai te fuder, sem condições você ver isso e ficar de boa.

Peguei logo umas cordas e amarrei ela. Amarrei mesmo irmão, zero confiança com aquela lá, pra machucar ainda mais a criança ela não vai pensar duas vezes. Por isso que comigo vai ser sem dó. Assim que ela tiver a criança, vou meter pipoco na cara dela e vou criar o bebê.

- Papai, vem, vamos com a gente- gritou meu casula.

- já vou filhão- gritei indo jogar bola com eles.

Meus filho pô, minha riqueza todinha, mato e morro por eles, por isso é tudo no sigilo. Até os nomes deles são.

Isso mesmo, só em casa a gente se trata pelo nome, na rua, é pelo vulgo. Tudo no confidencial.

O meu mais velho se chama Pedro Henrique, mas geral chama ele de Leão, ele só anda igual esses playboy da pista. Todo gatão do pai. Esse é o mais esquentado. Com ele não tem essa não. É o certo pelo o certo e pronto. Brabão ele.

O mais novo é Jacaré, o nome? Lucas Gabriel, esse é mais na dele, mas tranquilo. Mas não meche não, pq quando ele quer ser ruim ele é ruim de verdade.

Criei eles assim, pra saber respeitar o certo pelo certo, mas não criei filho pra levar tapa na cara de ninguém não, se fizer, vai levar. E se apanhar na rua vai ser cobrado em casa.

Criei debaixo das minhas asas, tem tudo o que querem, dinheiro não é problema, mas se ficar com vacilo é cobrado igual. Não tem essa não.

Passei o dia brincando com eles, só lazer hoje. Mas assim que a noite chegou, meus pensamentos foram direto na doidoda lá. Tomei um banho, acionei os seguranças da casa pra ficarem de olho e parti para o quartinho que ela tava.

No caminho, eu passada olhando para o morro, tudo que conquistei foi com muita luta. Já matei muita gente, já trafiquei e hoje sou envolvido até o talo. Mas tudo pelos meus menó e logo mais, chega mais um. Nunca que vou deixar uma criança na mão daquela viciada.

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Mais um pouquinho do nosso dono.  Gente, acho que não vai ter saída pra Agatha não viu.

Tô com a história prontinha na minha cabeça, mas tô escrevendo aos poucos, não quero cometer erros que cometi nos outros livros e atropelar tudo.

Gostaria de avisar que tenho mais 7 capítulos pontinhos para serem publicados, só peço que me ajudem comentando e apertando na estrelinha!

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VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora