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Quackity arregalou os olhos.

- Você enlouqueceu - Disse a Cellbit quando o loiro terminou de contar seu plano - Perdão pelas palavras rudes, mas é a minha melhor forma de expressão!

- Não, me escuta. Eu tenho certeza que vai dar tudo certo! - Cellbit disse, ainda impressionado e satisfeito com o plano que montara.

- Cellbit, se isso der errado, eu vou para a forca - Cellbit revirou os olhos.

- Claro que não, você também é importante estupido, mas eu sei que seu pai viraria uma fera então vamos fingir que você não está envolvido.

Quackity ponderou por alguns segundos, mas concordou com a cabeça, fazendo Cellbit dar aquele sorriso assustador que sempre dava quando estava planejando algo grande.

- Ótimo, te encontro nas masmorras secretas em trinta minutos.

O moreno suspirou fundo ponderando.

- Senhor, o que estou fazendo da minha vida? - Quackity disse baixo, mas Cellbit ouviu, revirando os olhos com um sorriso.

Basicamente, o loiro realmente havia planejado algo. Ele iria visitar sua tia por conta própria. Como sua magia não era controlada o suficiente, ele precisava de Quackity para ajudá-lo abrir a fenda no espaço tempo. Ou seja, o portal. Sua intenção não era desafiar seus pais, ele sentia que precisava ir de qualquer forma, mas acima de tudo, viu aquilo como uma oportunidade de provar seus pontos para seu pai. Provar que era forte e que era capaz. Acima de tudo, inteligente. Pensara em cada ponto que poderia dar errado e esse era o motivo de pedir ajuda de Quackity. O garoto era incrivelmente habilidoso com o tipo de magia necessário.

Ele decidiu ir antes da reunião com seu pai e os duques. Assim, ele já estaria melhor até lá e se tudo desse certo seus pais veriam um novo Cellbit com as energías renovadas e mais um feito incrível para sua história.

Cellbit se fechou em seu quarto para esperar dar o tempo marcado com o mais novo e pegar um presente para sua tia.

Uma astromélia branca bem conservada e empalada em um quadrinho que o próprio garoto fez. Era uma flor delicada e com simbologia perfeita que fez com que Cellbit a escolhesse.

O garoto passou um tempo em seu quarto ponderando e repassando deu plano diversas vezes.

Quando finalmente deu o tempo, Cellbit parou ao lado de sua cama, agachando ali e pressionando um pequeno botão escondido atrás da mesa de cabeceira. O botão abriu uma pequena porta ali que dava para corredores de pedra úmidos e cheios de teias. O garoto descobrirá aquilo com seus 8 anos de idade. Vamos apenas dizer que ele era uma criança extremamente curiosa.

- Quackity? - Ele pronunciou ao entrar em uma das salas para onde as passagens levavam.

- Finalmente - O moreno disse parecendo nervoso - Se você demorasse mais um minuto, eu iria embora e esqueceria todo esse seu plano idiota com 95% de probabilidade de dar errado.

- Deixa disso, se realmente tivesse chances tão altas, eu não me arriscaria.

- Sei - Quackity o olhou desconfiado - Só vamos logo se não não dará tempo.

Cellbit concordou e os dois garoto se posicionaram no meio da sala. Esta que era em um formato oval com paredes de tijolos de pedra , o loiro chutava que em algum ponto ela havia sido usada como laboratório de alquimia, mas agora tudo que restava era uma sala enorme e vazia, com algumas pequenas ruínas no meio e iluminada com velas na parede.

Enquanto paralelos um ao outro, ambos estenderam suas mãos, as colocando próximas. Se concentraram imaginando a fissura sendo aberta. O que aconteceu mais rápido que Cellbit imaginou. Ao observar a fenda o loiro teve certeza que seus olhos brilharam, era uma alta e estreita fissura no meio daquela sala. Tinha uma aparência muito parecida com a de uma rachadura na parede, mas esta era roxa com seu meio emitindo uma luz branca que de vez em quando soltava algum tipo de raios, faziam pelo menos quatro anos desde que o garoto vira uma dessa e a melhor forma de descrever seus sentimentos no momento era dizer que ele estava maravilhado.

Em passos lentos o loiro se aproximou cada vez mais daquilo, estendendo sua mão esquerda para toca-la.

— Cellbit! — O garoto escutou seu nome ser chamado em um estrondo, rapidamente se virou na direção, vendo seu pai parado na batente da porta o encarando com escárnio.

Quackity arregalou seus olhos e pareceu entrar em desespero.

— Cellbit eu te disse, não chega mais perto disso — O moreno falou rapidamente, fazendo Cellbit o lançar um olhar confuso.

O coração do loiro palpitava aceleradamente, não só por ter sido descoberto e saber que levaria um enorme castigo, mas também de raiva, por ter que estar fazendo isso escondido e ainda por cima se deixar ser pego.

-Pai! Eu... - Ele não conseguiu concluir sua frase ao ouvir um estrondo alto soar do portal, fazendo os três presentes olharem em sua direção. O que viram não foi nada agradável, a rachadura agora tinha um comportamento estranho, sua coloração roxa se intensificou e raios enormes eram lançados em todas as direções.

— Oh meu deus — Quackity soltou olhando em desespero para os outros dois presentes.

— Garotos se afastem! — O rei pestanejou e Quackity imediatamente correu, mas Cellbit não o ouvira — Cellbit! É uma ordem.

Mas o garoto não fazia por mal, ele de repente sentia seus sentidos se embaralharem e tudo piorou quando um dos raios o acertou, fazendo uma dor imensa se alastrar por todo seu corpo, principalmente sua cabeça. E com um piscar de olhos como se tudo se passasse em câmera lenta, o portal se expandiu e engoliu o loiro, fechando-se em seguida.

- Vossa alteza! - Quackity gritou.

O rei correu até o local onde antes estava seu filho e imediatamente convocou toda sua energia para reabrir aquele portal, mas não funcionou.

- Mas que diabos - Ele vociferou - Garoto, chame seu pai e o mago imediatamente! Rápido.

Quackity mesmo que ainda parecendo em choque concordou com a cabeça e correu corredores afora.

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Oioi galerinha, é isso por hj o capítulo tá menorzinho, mas aguardem pelo que vem aí.
Espero que tenham gostado, boa noite pra vcs :3

Upside down - Guapoduo|| CellbitxRoierOnde histórias criam vida. Descubra agora