capítulo 11- Nova sensação.

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Briseis acordou novamente na sua casa, que agora parecia mais estranha do que nunca. Com uma mulher que ela também não conhecia. Aquele não era mais seu lar, ou pelo menos era assim que ela se sentia. Ela se levantou devagar e abriu a porta do quarto, o odor de enxofre inundou suas narinas, cambaleando-a, Briseis teve que segurar o batente da porta para não cair. Foi colocando um pé na frente do outro indo devagar para a cozinha, aonde o cheiro ficava cada vez mais forte. Assim que pisou no piso gelado do ambiente um calafrio percorreu seu corpo, estava quente aquele dia, que sensação estranha pensou ela. Continuou andando até chegar a ilha que havia no meio, sem olhar para seus pés sentiu náuseas e avistou algo vermelho em todas as gavetas do armário. Tomou coragem e continuou seguindo aquele rastro vermelho e então caiu no chão e viu a cena mais horrível que havia presenciado.
Sua avó, a estranha estava deitada com o pescoço cortado, havia sangue, sangue vermelho para todo lado. Seus olhos estavam vazios, sua boca sem nenhuma cor, ela estava sem vida. Briseis vomitou, como se fosse morrer junto com aquela senhora gentil, vomitou tanto que ela não sabia que seus sentimentos estavam tão confusos. O odor agora nem parecia existir, tantos cheiros misturados aos sentimentos envolvidos. Ela nem sabia o que estava sentindo, o que estava vendo. Pegou o telefone e ligou para a emergência ....... O telefone do outro lado demorou um pouco para ser atendido, mais para ela parecia uma eternidade.

- Alô???? - perguntou uma mulher do outro lado da linha.

- Alô?????? - continuo insistindo a mulher do outro lado.

- Alô?????? Vou desligar se não.....

- Alô! Ahhwn eu nem sei aonde estou, mais a senhora, quer dizer...minha avó. ....eu acho ....enfim....está morta.....- Briseis tentou dizer o mais calma possível.

- Então, sua avó está morta? Poderia me contar o que houve ?- perguntou a moça tentando manter a calma

- Awn, sim.....eu acho ....ela está com o pescoço machucado......eu não sei....poderia vir aqui...preciso de ajuda.....- Briseis estava em choque que nem chorava.

- Sim, a ajuda está a caminho, peço que continue na linha, para conseguirmos te localizar. Mantenha a calma, vamos te ajudar. Como se chama?- perguntou a moça

-Bri.....Bri......- não conseguia mais dizer nada, sua boca havia sido tampada com um pano e antes de apagar ouviu um último alô daquela moça que só queria ajudar.


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