Avião para Paris

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Acabei de encerrar uma live, na verdade a última do mês, já que eu vou viajar para a França daqui a algumas horas.

- alô? Mãe? - falo no telefone

- Camille, você já tá pronta? - minha mãe fala do outro lado do telefone

- sim, só vou pegar minhas malas e ir para o aeroporto

- quando embarcar e quando chegar avisa tá?

- tá bom mãe, tchau - ela desliga

Se você se perguntou porque eu estou indo para a França, eu vou bastante lá. A família da minha mãe é todo de lá, a do meu pai é daqui do Brasil, e quando eles se separaram eu queria ficar aqui, já que nasci no Brasil e todos os meus amigos estavam aqui. Hoje eu estou indo visitar minha família lá, para o meu público não ficar sem live eu sempre faço flogs.

Estou muito ansiosa para ver todo mundo novamente, minha família lá gosta muito de mim, mesmo que alguns não tenham falado comigo dês de quando eu me assumi lésbica. Não posso esquecer que eu irei conhecer o novo namorado da minha mãe, e o meu amigo Forever vai para lá também.

Pego um Uber e vou até o aeroporto, já lá eu embarco todas as minhas malas e espero o avião. Agora eu já estou prestes a decolar, o que me da um frio na barriga. Estou prestes a passar 11 horas e 15 minutos sobrevoando o mar.

Foram onze horas bem exaustivas, dormi bastante, mas fiquei com um pouco de tédio mesmo com joguinhos no meu celular e música. Quando a avião embarcou eu desci, peguei minhas malas e as arrastei pelo aeroporto até encontar minhas mãe.

- Camille! Que saudades - vejo minha mãe Charlotte, correr até mim

- oiii mãe - abraço ela

- como tá lá no Brasil?

- tá mais ou menos

- vamo logo, tá todo mundo te esperando lá na casa da sua avó pra almoçarmos - ela fala

Vamos até o carro e eu coloco minhas coisas no porta malas, me sento no banco ao lado da minha mãe na frente.

- filha, eu te falei que eu estava namorando

- sim

- o nome dele é Thomas, e nos estamos noivos - eu a olho surpresa

- dessa parte eu não sabia

- ele tem uma filha, quase a mesma idade que você, acho que ela também trabalha com internet. Também tem um filho de 16, mas ele estuda em um colégio integral e só volta no fim de semana

- legal! - olho para ela

Chegamos na casa da minha vó, eu tiro uma bolsa de dentro do carro com ajuda de Charlotte, entramos e logo vejos rostos conhecidos.

- Camille! - esculto minha avó vir até mim

- que saudades grand-père (vovó)

Falo com meus tios e primos que estavam no locau, mas um pouco minha mãe me chama eu eu vou onde ela.

- Camille esse é o Thomas - minha mãe fala

- prazer - ele estende a mão

- prazer - eu aperto

- e essa é a filha dele - ela aponta - Justine

Era um garota loira de cabelos lisos e franja, não a muita diferença na nossa altura, e um sorriso no seu rosto. Ela é familiar, acho que já avi. Minha mente relaciona vários fatos bem rápido na minha mente. Pera! Ela é a Baghera, a bagherajones do QSMP.

- oii - estendo a mão e ela aperta

- prazer

Todos fomos para a mesa almoçar, e eu estava morrendo de saudades da comida da minha avó.

- como tá lá, Camille - diz minha tia Clarice

- tá bem tia, nada de novo

- já arrumou um namorado? - minha tia Danielle pergunta

Todos se olham, minha mãe olha fixamente para ela, todos se calam.

- Danielle! - minha mãe diz

Vejo Justine me olhar e depois abaixar a vista para o prato.

- Charlotte, não se faça de boba irmã - Danielle diz

- a única pessoa aqui que apoia pessoas gays é você - Danielle olha para minha mãe

Vejo Baghera fixar os olhos na minha tia, minha mãe respira fundo e levanta o rosto, Thomas olha para minha mãe.

- você sabe que isso é uma doença e que pessoas assim tem que ir a igreja e se curar! Não finja que isso é normal Charlotte, sua filha - antes que ela termine é interrompida

- DANIELLE! - minha mãe fala eu eu me levanto da cadeira

- eu vou ao banheiro - falo e esculto Baghera fazer um barulho na garganta

- eu vou beber água - ela fala baixo

Paris, meu lar ~ Baghera JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora