Fico olhando para ele tocando piano, ele não percebe, mas a sua luz aumenta quando ele toca e parece que tudo a sua volta reflete a sua luz.
Olho para a janela e está chovendo, é o oitavo dia que chove sem parar, ele parece mais tranquilo, não sei se é a chuva que o acalma ou simplesmente eu não estar saindo, em dias de chuva o movimento diminui então não não nos chamam para tocar.
Ele música muda, a anterior lembrava um coro cantando, essa parece um lamento, ele está de olhos fechados completamente perdido nos acordes dessa melodia. A sua luz vai diminuir e o seu rosto reflete o lamento da canção, eu não aguento mais ficar olhando e vou até ele, sento ao seu lado e seguro as suas mãos. Ele me olha surpreso e sorri.
Eu olho para o piano, aperto algumas teclas então começo a tocar.
- Divenire?
- Você conhece? Eu gosto da melodia, algo ao mesmo tempo simples e profundo.
- Achei que só tocava bateria.
- Eu toco vários instrumentos, o meu favorito é a bateria.
Ele fica me olhando tocar sorrindo, então se levanta pega a harpa e volta sentar ao meu lado e me acompanha. Quando a música termina eu o beijo, coloco a mão no seu rosto e toco uma covinha funda que se forma por causa do seu sorriso.
- Você parece mais feliz.
- Eu estou, você me faz feliz, nunca achei que me sentiria assim, mas você fez isso comigo.
Ele me beija, me levanta e coloca no colo, as vezes eu esqueço como é forte. Ele abaixa a minha calça, segura o meu pênis e começa a me masturbar, para e abaixa a própria calça, me levanta um pouco, mas eu seguro a sua mão, me afasto, tiro a minha calça e sua, seguro a sua mão e o levo no sofá, me deito e ele se deita sobre mim, quando que beija sinto a sua luz mais forte do que antes. Ele levanta a minha perna e começa a me penetrar, espero ele começar a usar mais força, mas ele não faz, ele apenas me beija enquanto fazemos amor.
Quando gozamos ele sorri e me beija mais uma vez, se afasta olha para fora, se levanta e estende a mão.
- Vamos sair um pouco?
Olho para fora em dúvida, mas seguro a sua mão, nos vestimos e saímos. Nós entramos no elevador, ele encosta o seu cartão de acesso no painel e seleciona o 78⁰ andar.
- Você pode ir lá quando quiser?
Ele acena, o elevador para e as portas se abrem. Eu sempre quis conhecer aqui, mas não achava que valia a pena comprar o ingresso, mas realmente ver a cidade a 300 metros do chão é impressionante.
Ele começa a andar e em segundos está todo molhado, fecha os olhos, levanta a cabeça e deixa a chuva escorrer pelo seu corpo, a sua roupa vai grudando no seu corpo e eu vou ficando excitado. Ele abre os olhos e sorri.
- Eu gosto de vir aqui, é como estar no céu, com o chão de vidro, era o mais próximo que eu tinha de voar até te conhecer.
Eu me aproximo e toco o seu rosto, a sua alegria é quase palpável.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
- Você quer voar?
- Quero!
Eu o beijo e ele me abraça, quando desço para o seu pescoço ele geme, volto a beijar a sua boca e ele começa a me empurrar, me encosta na parede e levanta as minhas pernas, eu envolvo a sua cintura, ele aperta as minhas coxas e beija o meu pescoço enquanto se esfrega em mim, sinto o meu pênis apertando e olho em volta, infelizmente não dá pra fazer nada aqui, tem câmeras por todos os lados.
- Nanon, eu quero muito te foder agora, vamos voltar?
- Hmmm....
Ele volta a me beijar e de repente eu caio no chão, olho em volta e ele esta deitado há vários metros a minha frente, ele me olha e consigo ver no seu olhar o desespero, ele levanta e corre, mas antes de chegar até onde estou sinto alguém segurando o meu pescoço e me arrastando.
- Namtan, por favor não!
- Eu falei que você ia se arrepender Nanon!
Eu olho para o lado e ele está parado no terraço olhando para nós, olho para baixo e estamos no ar mais ou menos a dois metros de distância.
Ela coloca a mão no meu peito e começa a pressionar, escuto ele gritando e seguro a sua mão. Ela me olha surpresa.
- Então você é forte, vamos ver quão forte você é.
Ela começa a fazer força e eu sinto a sua unha cortando a minha pele e ouço o Nanon gritando mais uma vez, o sofrimento na sua voz me parte o coração , fecho os olhos, me concentro e uso toda a minha força, vou afastando a mão dela devagar, quando está distante eu olho para ela e dobro a sua mão, o rosto dela se contorce de raiva, ela olha para o Nanon e para mim, então diz.
- Eu não preciso mais desse coração.
Ela solta o meu pescoço e eu começo a cair, começo a girar várias vezes, me sinto tonto e não consigo respirar com o ar batendo no meu rosto nessa velocidade. Sei que estou cada vez mais próximo do chão e que não vou sobreviver, queria apenas abraçar ele mais uma vez, queria poder dizer que o amo, queria poder dar o meu coração para ele poder voltar para a casa. Será que se eu morrer assim ele ainda vai poder usar o meu coração? Será que usaria de qualquer forma? Eu acho que não. Eu fecho os olhos e penso nele, quero que ele esteja comigo até o último segundo.
Sinto algo batendo em mim e abro olhos, ele me abraça, ele faz um movimento e fica embaixo de mim.
- Vai ficar tudo bem.
Os seus olhos me dizendo contrário, mas pra que é me lamentar agora? Eu abraço ele, fecho os olhos e espero o fim.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A lenda
Fanfiction"Apenas o coração de um filho dos céus pode levar um anjo caído de volta para casa." O que será mais forte, a vontade de voltar para casa depois de 5000 anos ou o amor?