Cap. 8

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A semana passou voando, na sexta Dul conversou com os amigos, o sogro havia passado mal, portanto ela e Ucker iriam passar o final de semana com ele na fazenda, os dois entenderam e ela ficou responsável por fazer uma capa, para o trabalho que seria entregue para a professora, na semana seguinte.

No sábado, Poncho acordou cedo, foi ao mercado e voltou,  ajeitou tudo, e sentou para observar onde morava, e tentou ajeitar as coisas para ninguém falar mal da kitnet, quando a campainha tocou ele saiu correndo, ao abrir a porta era um entregador.

Poncho: Oi, eu acho que não... - foi interrompido.

Entregador: Bom, tem um cartão, acredito que é um presente - falou sorrindo, Poncho ficou sem graça, pegou a caixa bonita e um pouco pesada, assinou um papel, dispensou o rapaz, e entrou pegando o pequeno envelope.

" Sinto muito, não poder ir ao seu lar, como sabe meu sogro teve um problema, de verdade sinto muito, aqui é um presente, para você e sua casa, espero que goste.. mais uma vez me perdoa!
Dulce Maria! "

Poncho sorriu, abriu a caixa e dentro tinha um vinho, e um saca-rolha bem bonito, com o pegador de madeira e escrito Alfonso, ele sorriu e pegou o celular para mandar uma mensagem para agradecer Dulce, quando a campainha tocou, ele abriu a porta, era Any, ela estava com um short jeans lavagem clara e uma regata branca, e nos pés uma sapatilha, que ela tirou ao passar pela porta, nas mãos ela trazia flores, um vaso com Copo de leite brancas, no braço trazia uma sacola e nas costas a mochila com o material.

Poncho: Oi, deixa eu te ajudar - ele sorriu ajudando ela.

Any: Oi Poncho, da licença vou - disse colocando as coisas  em cima da mesa.

Poncho: Ah, fica a vontade. - sorriu tímido.

Any: Adorei, é tão aconchegante. - sorriu olhando tudo, depois pegou o vaso e lhe entregou. - Isso é para você, por receber eu e a Dul, porém ela não vem. - sorriu. - E isso é para você, por me receber - sorriu.

Poncho: Obrigada - sorriu tímido, e pegou o vaso e a sacola que ela lhe entregava, o vaso ele colocou do lado da mesa que tinha o café da manhã montado, ao abrir a sacola ele tirou uma caixa, que tinha uma petisqueira com o nome dele escrito na lateral. - Nossa obrigada, mas eu nem levei nada para você e a Dulce - disse cabisbaixo.

Any: Fica tranquilo Poncho, isso é algo meu e da Dulce, na verdade a Dulce quando foi a primeira vez em casa ela deu flores para minha mãe, então peguei esse costume de dar presentes. - sorriu.

Poncho: Ah obrigada, vamos tomar café? - ele perguntou e ela assentiu, indo para a mesa como se estivesse faminta.

Any: E aí você não tem medo de morar aqui sozinho? - ela encarou ele, que a encarava e logo os dois começaram a rir. - Pergunta mais ridícula - riu.

Poncho: Tenho medo não, mas realmente foi meio esquisita - se referiu a pergunta, os dois tomaram café, depois começaram a estudar.

Any: Seus pais fazem o que? - disse procurando algo no livro.

Poncho: Eles tem uma padaria, meu pai é padeiro e minha mãe confeiteira, então eles fazem de tudo lá - sorriu.

Any: Legal, eu amo coisas de padaria, o melhor que tem é sonho - disse lambendo os beiços, despertando uma gargalhada de Ponho.

Poncho: Os da minha mãe são incríveis. - sorriu.

Any: Quando você for até lá, poderia me trazer um? - olhou ele.

Poncho: Sério? - perguntou espontaneamente.

Any: Porque eu não comeria um sonho da sua mãe? - perguntou ríspida.

Poncho: Não, nossa me desculpa, eu não queria que entendesse isso. - falou desconfortável.

Any: Tá tudo bem, me desculpe a minha forma de falar, é que todo mundo fica assim, quando eu falo que eu quero algo que não acreditam que eu realmente queira. - disse desapontada.

Poncho: De verdade? Talvez seja por você ter um rosto de boneca, um carro que mostra o dinheiro que você tem, mas para mim de verdade, o que me confunde se você pode ou não é seu tamanho - encarou ela.

Any: Ah Poncho, é sério - disse rindo junto com ele.

Poncho: Brincadeira, mas eu não acho isso de você, até porque você é tão de boa, você sentou lá no lanche do meu padrinho, comeu lanche, batata, calabresa, bebeu cerveja em copo lagoinha, e ainda por cima, tirou o sapato para entrar em casa. - ele encarou ela que arqueou a sombrancelha com a última observação dele. - Uai você poderia muito bem, ter nojo ou receio de pisar descalço na minha casa por ser simples, humilde. - ele viu um sorriso sincero no rosto dela.

Any: Eu sou assim por conta da Memel, sabia? Ela sempre me mostrava as coisas boas, e simples da vida, e que nada pode diferenciar quem tem dinheiro com quem não tem, e que isso eram regras idiotas dos meus pais. - sorriu.

Poncho: E sabe o que é mais interessante em você? - ela fez não com a cabeça, ele chamou ela para mais perto com o dedo, e falou baixinho. - Ah forma de você dispersar a nossa atenção das atividades, para não fazer nada - falou mostrando os materiais já colocados de lado, ela riu e deu um tapinha no antebraço dele, ele pegou a mão dela deu uma mordida de leve, os dois sorriram e voltaram aos estudos.

Nós por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora