Capítulo 39

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Luiza

...

— Pai. – o abraço assim que o vejo na sala.

— Soube o que fez por mim, sei que não estava pronta. Ainda não tinha te preparado para isso. – diz meu pai com um tom calmo.

— Não se preocupe, pai. Eu estou bem. – digo.

Ele suspira.

— Não, você não está. Ouvi você chorar quando estava de cama, sei que descobriu toda a verdade também. Nunca quis te machucar, por isso não te disse nada.

Meu pai está de um jeito que nunca vi, tão tranquilo e compreensivo. Sem aquele ar de firmeza ou de um dos criminosos mais temidos, era só meu pai.

— Quanto a Eliza, ela tem meu sangue, mas não é minha filha porque nunca a considerei assim.  – ele olha para mim com um olhar arrependido – Eu errei com sua mãe, mas eu a amei muito e assim também amo você. Peço que me perdoe.

— Eu fiquei com raiva de ti, mas te ver quase morto, me fez refletir e percebi que não posso perder tempo te odeiando. No nosso mundo, todos dias podem ser o último. – faço uma pausa – Nunca mais minta para mim.

— Prometo. – diz meu pai e o abraço novamente.

Eliza

...

Fiquei pensando sobre tudo o que aconteceu, para recomeçar, preciso deixar algumas coisas para trás e só então poderei ser feliz.

— Eu quero me formar bem longe daqui. – digo ao meu tio.

— Tem certeza? – pergunta.

— Sim, vou seguir seu conselho e vou recomeçar minha vida, superar o Manuel e deixar quem realmente se ama ser feliz. – respondo.

— Estou contigo nessa decisão, fico feliz que queira superar seus sentimentos pelo Manuel. – diz tio Romeu com um sorriso.

Já chega de alimentar ilusões de que iremos ficar juntos, dois anos se passaram depois de nosso término e não me permeti seguir em frente, tenho noção de que nossa história ficou no passado e não volta mais.

Manuel

...

Continuo procurando pistas do que aconteceu com minha irmã e se realmente está viva, até agora não encontrei nada.

— Não desanime, Manuel. Se nossa pequena estiver viva, iremos a encontrar. – diz Adriano.

Contei à ele sobre tudo, ele assim como eu amava, ou melhor, ama a pequena Helena.

— Não vou desistir, quero muito que ela esteja viva.

— Olá à todos. – diz Angelica ao lado do Carlos.

— Vocês não se separam mais, estão namorando por acaso? – implico com eles.

— Está com ciúmes? – pergunta Carlos num tom brincalhão.

— Não, nem um pouco. – digo com um sorriso.

— Isso porque ele também não se separa da Luiza ultimamente, estão namorando? – pergunta Angelica brincalhona.

— Ele até que queria. – diz Luiza ao entrar.

— O que faz aqui? – pergunto curioso.

— O Carlos vai fazer doces com a Angelica e eu quero provar. – diz Luiza se sentando no sofá ao meu lado.

— Tem certeza que é só por isso? – pergunto tentando a provocar.

— Não é óbvio? Ela veio ver você. – diz Carlos.

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