SE APROXIMANDO DA BESTA ⁵

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Caetano: Eu não esperava por isso. Sabe, eles te chamam de Besta, mas acho que isso não se refere só a sua aparência física. Porque até animais tem coração, até animais podem sentir compaixão por alguém da sua matilha, não é?


Antony pareceu bem impressionado pelas palavras dele.


Antony: Hahaha. Besta? Eu gostei. Deixe eles pensarem o que quiserem de mim, só quero que fiquem longe.


Então Caetano percebeu porque ele estava agindo assim.


Caetano: ( Tenho certeza de que ele está sendo rude porque quer me afugentar! ) Você amava companhia, certo? Onde estão os seus amigos da escola agora?

Antony: Não sei e não ligo. Quero continuar do jeito que eu estou - Sozinho.


Caetano não queria desistir.


Caetano: E o que você faz sozinho aqui nesse terreno enorme? Exercícios?

Antony: E, além de irritar pessoas novas, o que é que VOCÊ faz?

Caetano: Eu ajudo as pessoas, trabalho numa cooperativa.

Antony: Então, quer dizer que você não faz nada.

Caetano: Não fico ofendido com isso, só está me irritando. Não vou embora até conseguir algumas respostas.


Caetano se sentou no sofá do lado dele, Antony se virou para olhar para ele.


Antony: Caetano...


O mesmo sorriu gentilmente e se abriu com ele.


Caetano: Eu trabalho para essa cidade por um valor simbólico. Meu marido era conselheiro de uma família rica, não preciso trabalhar. Posso orgulhosamente dizer que sou um esposo de casa e queríamos uma família. Eu dou conselhos jurídicos, e não tem ninguém sem emprego nessa cidade. Vizinhos se ajudam, trocam bens ou compram um dos outros. Nós trabalhamos juntos e é por isso que temos sucesso. Nós tínhamos planos para essa propriedade...

Antony: ... E então a Besta apareceu e comeu o chapeuzinho vermelho.


Não foi engraçado para Caetano, Antony adicionou um insulto:


Antony: Só que o chapeuzinho vermelho era só pele e osso, então a Besta se arrependeu de comer ele.

Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora