capítulo 2 - Casa Bennett

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A L I N A

... Megan e eu, corriamos em círculos em volta da mesa da cozinha, sei que não vou pega-la, percebi isso por estar ficando realmente cansada sendo que só estou correndo a dez minutos ou menos.

- Se com essa palhaçada vocês derrubarem algo, é de mim que vão correr. E acreditem, eu não canso fácil. - É sempre bom ouvir os conselhos da nossa mãe de vez em quando.

Ela vinha do quintal com uma casa de passarinho nas mãos, ou pelo menos o que sobrou dela.

- Alina desça até o porão e procure por um martelo e alguns pregos por favor - nós não tinhamos essas coisas então faz sentido que ela me mande procurar nessa casa, mas o que garante que tem isso no porão?

- Nós temos um porão? - questionou Megan com uma das sobrancelhas levantadas e mantendo uma distância considerável de mim... É compreensível o motivo dela

- Sim, fica na porta ao lado da dispensa, é só descer as escadas. Meu pai deve ter alguns pregos e um martelo por lá

- A Megan pode vir comigo? Pra me ajudar a procurar... Eu não conheço o porão e duas pessoas podem achar mais rápido...

- É uma boa ideia, desde que ambas voltem inteiras - droga

- eu não vou ser útil, nem alcanço as prateleiras altas - argumentou a espertinha

- Você olha nas baixas, e a Lina, as altas, simples.

- Tem muita poeira e eu sou alérgica, fora que eu não enxergo direito no escuro, e lá deve ta bem escuro

- Graças a Deus que vivemos em uma realidade onde existe antialérgico e lâmpada então - argumentei, apontando pra direção da porta do porão

Ela bufou, resmungou, e até revirou os olhos, mas não argumentou e me seguiu até a porta do porão

Abri a porta do porão e havia um lance de escadas que parecia ser longo, estava tão escuro lá que nem dava pra ver o fim dessa escada. Tinha um interruptor na parede com três chaves, liguei todas elas e lugar se iluminou, percebi que estava certa, era um descida longa.

Haviam quatro estantes de aço, ambas repletas de caixas e poeira. O lugar é bem grande, tem também dois armários de metal e uns três baus, acho que meu avô era um acumulador.

- Procura uma caixa com pregos daquele lado - apontei para a esquerda, pra uma das duas estantes de aço que ficava daquele lado - eu vou ver se ali tem um martelo

Meu avô tinha umas coleções um tanto estranhas, acredito eu. Na prateleira onde eu estava olhando tinha um caixa cheia de cadeados, em outra frascos de vidro, alguns estão cheios do que eu acho que seja água, alguns desses fracos possuem desenhos bem específicos, como um que tem a letra "B", outro com uma cruz, e também um com um anjo, entre várias outras dezenas na caixa.

- O vovô era padre? - Megan perguntou do outro lado do porão

- Que?

- Ou pastor?

- Por que ta perguntando isso? - em resposta ela ergueu as mãos mostrando duas cruzes que segurava em cada uma

Corri pra ver de perto e não eram apenas as quatro, haviam outras centenas de cruzes em mais três caixas. Ouro, prata, bronze e metal, esses eram os materiais variados dais quais cada uma das cruzes eram feitas.

- Elas fedem - Megan resmungou ao cheirar suas mãos

- Deve ser a ferrugem, chove muito e aqui deve ficar úmido - foi o que eu disse, mas pra ser sincera, isso tem cheiro de coisa morta, tipo bicho.

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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