Cap 2: Conversas

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Fui para o meu quarto, e Dabi estava na varanda

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Fui para o meu quarto, e Dabi estava na varanda.

— Parece que você se deu mal, baixinha.

— Não dê nem mais um piu.

— Você faz muito drama. Não é tão ruim assim.

— Claro que não, afinal não é você quem vai ter que aturar um bando de gente chata no ouvido, usar um uniforme estranho, e ainda ter que quebrar a cabeça e o corpo em atividades, só para seguir com o disfarce.

— Tá, você tem um ponto. Mas vai se livrar um pouco do velhote.

— É... talvez eu consiga me livrar de vez dele.

— Mas se vc entregar a gente e virar heroína, pode ter certeza que nunca mais olho na sua cara da mesma forma.

— Virar heroína? Que que foi, está tentando me ofender? Eu não sou nenhuma traidora não tá. É mais fácil a Toga fazer isso do que eu.

— A Toga? Mas por quê?

— Vai dizer que nunca reparou a obsessão dela pelos heróis? Até pegar o sangue deles para se transformar ela faz.

— Nhe, pode até ser. Mas tem uma coisa que está me intrigando. Como o velho pretende te colocar na UA se as aulas já começaram? Nem a prova tem como fazer mais.

— Sei lá. Foda-se como ele vai fazer isso. Eu só quero acabar logo de vez com isso.

— E por que você simplesmente não se recusa?

— E virar marionete daquele maluco? Não obrigada. Não é difícil para ele apenas escolher uma individualidade de controle mental.

— Então tá pirralha. Faça como quiser. Só não entrega a gente.

— Pode deixar, pedaço de carvão.

— Nossa, que engraçado.

— Não é pra ser engraçado (confia, HA HA HA HA HA).

— Tá, agora eu vou indo, vê se não faz besteira.

— Eu já tenho quase 18 anos, seu velho.

— E eu com isso? Com maior idade ou não você sempre apronta algo. E velho é o seu...

— Que isso... e eu sou uma anjinha, incapaz de fazer o mal para o meu amiguinho. ^^

— Anjinha de chifre. Agora eu vou vazar daqui.

— Tá, falou.

Quando o Dabi foi embora eu me joguei na minha cama. Já sabia que o All for One e o Shigaraki viriam aqui para me dar mais detalhes da missão. Então eu só esperei. E essa espera demorou pelo menos uma hora. E só percebi isso depois que acordei com batidas na porta. Esse povo vive tirando a minha paciência. Poxa, meu soninho estava tão bom. De qualquer forma, levantei e destranquei a porta. E sem um mísero "oi", meu quarto já foi invadido pelos dois. Já foram logo ditando regras:

— Sente-se.

Aí eu sentei né. Fazer o quê.

— Minha filha, eu sei que pode ser difícil para você ter que se separar da sua família. Mas é necessário para a felicidade que todos.

Quanta hipocrisia em uma única fala. Felicidade de todos ou a SUA felicidade? Família? Me poupe. Filha? Vou nem comentar.

— Pouco me importa.

— Calada. Quem está falando aqui sou eu.

Afe. Opressor.

— O plano é simples. Com uma individualidade de transformação simples, eu posso virar alguém importante e incluir você na escola com ajuda do governo. Óbvio que você ainda terá que passar por alguma prova de admissão, então se prepare. E usar a sua individualidade é muito perigoso. Então eu vou retirá-la de você e...

— Calma lá também. Me obrigar a fazer uma missão de espionagem idiota, beleza. Mas agora, tirar minha individualidade já é demais.

— Mas não vai demorar muito pra descobrirem quem você é através dela. É um poder muito único.

— Eu não quero saber. A minha individualidade continua e continuará comigo.

— Não me obrigue...

— Tente e você terá uma morte terrível.

— Isso é jeito de falar com a pessoa que te salvou?

— Eu não pedi para ser salva.

— Então tá. Não quer entregar a individualidade, então terá que lidar com duas. Vou te dar uma mais fraca e você irá usar apenas essa. Só.

— Melhor. E qual vai ser, hein? E me dê uma boa pelo menos. Não uma como a Camuflagem, igual da última vez.

— Nossa, como você é exigente maninha. E ingrata ainda por cima.

— Fica quieto, Shigaraki. - falamos juntos. Credo.

— Cristalização tá bom para você?

— Cristais? Tipo a de gelo? É, dá pro gasto.

— Agora a sua única obrigação é passar na prova. Provavelmente vou conseguir ela daqui uma ou duas semanas. Mas qualquer mudança eu aviso.

Depois disso ele se levantou e foi em direção a porta sem dizer mais nada.

— E quanto a minha individualidade?

— Lhe darei ela amanhã.

E ele saiu.

— Tchau mana - falou Shigaraki enquanto saia do quarto.

— Já vai tarde.

Valei-me. Agora deu! Eu, heroína, com poder de cristalização que nem sei como usar,  e estudante na escola para heróis UA. Agora, estou seriamente me perguntando o que é melhor: encarar um bando de adolescentes metidos a benfeitores, ou encarar o precipício. Não é possível que eu me meti nessa. Porra! Eu só tinha uns 5 anos quando minha mãe se foi. E eu não sabia o que significava "acordo" quando aquele véio estendeu a mão para mim. "Eu te ajudo agora, e você me ajuda mais tarde." Filho da puta. Como pode colocar uma criança para assinar um contrato sem saber ler? Maldito, cachorro, safado, sem vergonha. Eu queria ser tipo o Chat Noir e Cataclismar o homem que arruina minha vida cada vez mais, todos os dias.

Pelo visto, enganar policiais, encontrar um doutor estranho e pegar uns treco lá, e ainda arrumar dinheiro pra Liga não está bom né. Shigaraki deveria investir o dinheiro que eu roubo em um hidratante bom, ele esta precisando.  Agora a única coisa que me resta é matar alguém a mando deles. Espero que esse dia nunca chegue.





Villain - a caminho do "bem" (Bakugou × S/n)Onde histórias criam vida. Descubra agora