Elas eram superheroínas, viviam suas vidas com a responsabilidade de ajudar as pessoas e lutar contra o mal. Eles, o contrário, eram vilões! Renascidos do inferno com o único propósito de trazer a desordem ao mundo.
Diferentes, mas nem tanto... talv...
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Especial de Natal (Red's) - Parte 1
— Ok, mais uma vez, Yeji. — Dizia para si, repassando mentalmente seus passos.
Estava na escola, sozinha na sala de balé. Era uma sala espaçosa, possuindo uma das paredes repleta de espelhos, barras de ferro, chão de madeira e alguns bancos logo no canto, onde sua bolsa estava.
Após uma aula inteira sem nenhum progresso, acabou ficando, como um auto castigo.
O motivo de seus devaneios era mais uma vez o mesmo: Yeonjun. Mais especificamente o seu agradecimento alguns dias atrás. Ainda não havia tirado aquilo de sua cabeça. Mal sabia se vindo dele aquilo era importante. Conhecendo o ruivo, provavelmente.
Mas ainda assim, não podia se deixar levar por suas palavras. Via agora o resultado que eles haviam acometido em si: Estava perdida, sempre distraída e nem conseguia fazer aqueles passos simples.
Estava frustrada, mais do que isso, incrédula. E por isso prometeu a si mesma que não tiraria os pés daquela sala até conseguir.
Respirou fundo, flexionando os joelhos e os esticando novamente, as mãos seguravam com firmeza a barra, mantendo o equilíbrio.
Fechou seus olhos, apagando quaisquer pensamentos e se concentrando unicamente em seu corpo. Fez uma contagem regressiva em sua cabeça, e ao final dela se desprendeu da barra.
Seus passos em direção ao centro da sala eram precisos. Perfeitos! O corpo rígido girava em seu próprio eixo. Os braços seguiam delicados os movimentos do corpo.
Estava indo bem, ela pensava.
Um pequeno deslize e ela novamente tropeça nos próprios pés, despencando no chão enquanto um grito fino soava de seus lábios.
"Bom demais pra ser verdade...", ela pensava caída no chão, soprando uma mecha que caía em seu olho.
— Parabéns, Yeji... muito bom mesmo. — Dizia erguendo-se do chão e batendo suas roupas. Olhou-se no espelho, repreendendo-se com o próprio olhar. Aquela de alguma forma não parecia ser ela. Repetiu: — Idiota.
Sente uma dor forte em seu pé, culpa de horas e horas de treino sem descanso. Estava já na hora de ir pra casa. Não via mais sentido ficar ali se não melhorava em nada. Ela tentou pensar positivo, apesar de tudo. Quem sabe se não voltasse para casa, tomasse um banho e esfriasse a cabeça as coisas não melhorariam?!
Bufou com os próprios pensamentos. Quem ela queria enganar afinal?!
Andou aos tropeços até o banco, sentindo a dor que castigava seus pés a torturar a cada passo. Sentou no banco e retirou as sapatilhas, guardando-as em sua bolsa. Retirou de dentro dela uma toalha de algodão branco e começou a enxugar o suor que escorria de sua testa lentamente.