Upside down - Guapoduo|| CellbitxRoier

003 - Parte 1

Recadinho do início
Galera, a partir daqui, terão alguns raros capítulos no pov de alguns personagens, mas só quando eu sentir necessidade.
E ah! Criei um twitter ou x sla kkkk pra falar sobre a fic e qsmp só que tô sem moot que quiser me seguir :3 @liaguapiy

P.O.V
CELLBIT

- Garotos, se afastem! - Pude ouvir meu pai gritando e vi Quackity correr para perto dele pelo canto da minha visão, tentei obedecer mas meus sentidos não correspondiam ao que meu cérebro ordenava. Eu estava sendo aos poucos atraído pelo portal, mas não compreendia como nem porquê, minha mente me traia o tempo todo trazendo a tona memórias de quando eu estava no outro mundo, memórias que eu nem me recordava.

Um eu de entorno de oito talvez nove anos deitado no colo de minha tia falando sobre flores enquanto ela me fazia carinho.

Uma briga acontecendo enquanto eu me escondia em um canto do quarto e então uma figura alta de repente passava pela porta.

Fui trazido de volta por uma dor aguda em minha cabeça, levei a mão ao local percebendo que fui atingido por um dos raios que saiam do portal, minha visão começou a ficar turva e antes que eu percebesse tudo brilhou em branco e minha consciência foi puxada para um abismo escuro. Tudo que percebi antes de apagar foi uma voz distante.

- Ei, está tudo bem?

E tudo desapareceu.

:]

Meu pai estava parado em minha frente com seu pior olhar de reprovação.

- Eu lhe disse - Ele gritou - Você é uma decepção, nunca estará pronto para assumir o reino. Passarei o restante de minha vida pressionado a governar sem descanso e temendo morrer e deixar meu precioso reino em suas mãos.

Tentei falar, tentou se desculpar, mas nenhum som era emitido por minha boca.

Com uma sensação desesperadora meus olhos se abriram imediatamente rodando todo o ambiente que eu estava. Este que não identifiquei onde exatamente era.

O quarto era pequeno, com paredes marrons e uma enorme janela por onde o sol forte entrava. Meus olhos que não estavam acostumados se fecharam rapidamente, me fazendo levar a mão para bloquear a luz. Sentei-me ainda tonto percebendo que estava em uma cama de solteiro com os lençóis azuis. O quarto era cheio de tons coloridos com pinturas para todo lado. Retirei o lençol de cima de mim pulando para fora daquela cama. Me dirigi até a porta com passos calmos e fazendo o menos barulho possível. De certa forma, aquele quarto parecia familiar para mim, mas não consegui me recordar o porque.

Antes que eu pudesse sair, de repente a porta se abriu, revelando uma pequena figura de uma criança que pareceu se assustar comigo ali. Ela arregalou seus pequenos olhos abrindo a boca num formato de O. Em seus braços ela tinha roupas que pareciam ter sido acabadas de passar. Olhei para ele, que rapidamente se virou de costas.

- Mamãe! Mamãe! - Ele gritou - O garoto acordou.

O menino saiu correndo e como instinto levei a mão em minha cintura, mas a espada já não se encontrava mais lá.

- Mas que raios?!

Me coloquei à correr na direção pela qual a criança seguiu, foi por um curto corredor que abria-se em uma sala e foi ali que eu cheguei a conclusão de que meu plano em partes havia dado certo. Eu definitivamente não estava em minha realidade. A decoração era completamente anormal e com objetos que nunca presenciaria lá.