ira

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E mais uma vez, o sultão me trocou por uma simples concubina do harém como se eu fosse nada. Por uma mera e simples criada do harém que não sabe de nada. Neste momento, estou sentada no meu sofá, no meu quarto, com o coração doendo e com lágrimas de ira em minha face que escorrem e pingam em meu anel, o símbolo de amor que ele diz que tem por mim. Pura piada, uma das várias mentiras que ele conta e eu acredito, assim como vários de seus poemas ditos da boca para fora para ouvidos iludidos, para que não veja a gaiola de ouro em que vivo, e não tente fugir como eu deveria ter feito antes de tudo isso ter começado, antes de cada dor e sofrimento que tive que passar dentro desta gaiola em que vivo. Mas hoje eu vou mostrar ao sultão o que ele está trocando por uma criada.

Sultana diz: "Senhorita, vá até o sultão e diga que uma concubina irá amanhã à noite."

A concubina se curva e sai para fazer o pedido da sultana.

A sultana chama seu fiel onuco e dá uma tarefa para ele fazer.

Sultana: "Sumbul, vá até o mercado e traga vários tecidos finos e transparentes para mim e várias pedras." O onuco logo sai para fazer o que sua sultana manda.

Uma hora depois, Sumbul chega com vários tecidos e pedras para a sultana.

Sultana pega todas as peças e escolhe a branca e vermelha, logo vai costurando a roupa que ela deseja, assim passa quase a noite e o dia inteiro costurando até as mãos sagrarem.

Depois de tudo pronto, ela vai aos banhos e pede para que as criadas coloquem rosas e óleo em seu banho e esfreguem em todo seu corpo e cabelos.

Enquanto todas as criadas esfregavam seu corpo, elas a olhavam com inveja por serem mais jovens e não terem metade de toda a beleza da sultana, de belo corpo esbelto e lindo rosto e cabelo de fogo.

Quando terminado, ela as leva para seu quarto para se vestir para a noite.

Quando termina de se vestir, ela coloca uma capa toda vermelha da cabeça aos pés e se prepara para o caminho dourado. Quando chega, batem na porta e eles entram, curvam-se e saem, deixando o sultão e a sultana sozinhos.

A sultana se abaixa, beija a mão do sultão e vai aos instrumentos, pegando um começa a tocar e dança. Ela levanta o véu que a cobria toda até a cabeça. Enquanto ela dança, o sultão não consegue tirar os olhos daquela concubina que dança tão diferente e tocava como um anjo. Mesmo não podendo vê-la, pois estava coberto. E foi então que a concubina começou a dançar ainda mais diferente, tirando véus por véus, até sobrar somente um em sua cabeça. Ela dança e dava belos soltos e todos os braceletes, anéis e ouro simplesmente faziam uma sinfonia para aquela dança envolvente. Ele não podia mais esperar, queria saber quem era o ser divino que estava dançando e tocando para ele. Então ele ordena que ela retire o véu.

E então a concubina retira devagar o véu, e ele vê o belo rosto de sua esposa a olhando com olhos fogosos.

Ela continua a dançar e olha com um olhar assassino e magoado.

Sultão: "Hurrem?"

Hurrem para de dançar e vai chegando perto do sultão como uma predadora espreitando sua presa. O sultão a olha assustado, mas ela não dá tempo e pula no colo do sultão, beijando-o loucamente e selvagem como gata, cravando as unhas em seu corpo, vai retirando seu roupão e monta nele com precisão, cavalgando nele e o olhando nos olhos.

O sultão está em completo prazer com o que sua sultana estava fazendo e, em certo momento, ele fecha os olhos e sente um forte puxão na barba.

Pensamento de Hurrem: "Como ele ousa fechar os olhos? Olhe para mim, a sua sultana, a sua dona."

Sultana Hurrem olha para o sultão enquanto puxa a barba dele e diz: "Não ouse fechar os olhos. Olhe para a sua dona, sua sultana, não ouse. Diga para mim quem é sua dona, meu escravo."

O sultão, em prazer absoluto, grita para todos escutarem que ele é dela, seu escravo e de mais ninguém.

A sultana sorri e beija apaixonadamente o sultão e, então, o sultão e a sultana passam a noite em luxúria e paixão louca, com o sultão declarando que ele era seu escravo para toda vida. O dia amanhece e o sultão e a sultana acordam no braço um do outro, tomam café da manhã e logo fazem seus afazeres. Ao longo do dia, um onuco, junto com vários outros, chega no harém e diz:

Por ordem de vossa majestade, eu, o sultão Suleiman, digo que quem tem mais poder do que eu é só a sultana Hurrem e que a desrespeitar será punido com a morte e, por prova de minhas palavras, mandei junto um trono só da sultana, a única que poderá sentar nele. E de hoje em diante, eu não irei me deitar com outra concubina.

Este é o decreto real - diz o onuco, trazendo o trono e colocando-o no meio do harém. Todas as concubinas ficam irritadas e tristes, enquanto a sultana as olha de cima, com olhar feliz.

Espero que tenha gostado! Meu humor está melhorado, talvez atualize o outro amanhã. Diga o que acha, adoro comentários. Me desculpe por qualquer erro ortográfico ou de pontuação.

Ira (Editado)Onde histórias criam vida. Descubra agora