A Potter Esquecida - A História Não Contada

Capítulo 3

Já tem alguns dias que eu estou aqui.
Todos os dias vou ate Minerva para ela me atualizar dos acontecimentos. Harry Potter ainda não veio visita-la, ele deve andar meio ocupado, pelo visto.
Além disso, Minerva me deu sua palavra de que eu não precisaria me preocupar com relação da notícia de que eu sou a irmã do Harry se espalhar. Pelo visto ela realmente conseguiu com que ela não se espalhasse, visto que já tem alguns dias que ela foi no ministerio da magia falar sobre isso com o ministro, e eu continuo andando pelas ruas do beco diagonal sem ninguém nem ao menos olhar para mim.

Minha rotina em Hogwarts se resume a: andar pelo castelo e pelo entorno dele, tentando explorar cada vez mais e tentando decorar onde fica cada lugar; ir para Minerva para ela me atualizar de algumas coisas; tomar o café da manhã, o almoço e o jantar no salão principal (que por sinal é muito estranho me sentar em uma daquelas quatro grandes mesas sozinhas, com apenas alguns professores na mesa destinada aos mesmos); perambular um pouco mais por aí; tentar usar um pouco de magia; ler mais sobre essas coisas antes de dormir etc.

Eu diria que melhor rotina que essa não há.

Agora mesmo eu estou conversando com Minerva sobre meus "pais". Quero mandar uma carta para eles dizendo tudo o que aconteceu, mas ainda não sei ao certo se eu poderia.

—S/n, se você quiser fazer isso, pode fazer. Na verdade, nessas circunstâncias, não tem problema de trouxas descobrirem, já que você ainda é filha deles. Tanto que eu tive uma aluna que os pais eram trouxas, mas ela recorrentemente conversava com eles sobre o mundo bruxo e o que acontecia em Hogwarts

—Você tem certeza disso Minerva? — ela assentiu — então tá bom. Envio uma carta para eles hoje mesmo os contando de tudo. Talvez eles queiram me ligar para conversarmos então... É. Vou ver o que eu faço. Muito obrigada — digo sorrindo ja me levantando

—Ligar? Ah, claro! Esse é um dos principais meios de comunicação entre os trouxas, certo? — balancei a cabeça confirmando — certo certo. Pode ir indo querida. Qualquer coisa, eu estou aqui — ela me deu um aceno de mão e eu logo saí de sua sala

Quando eu saí de sua sala eu fui direto para o meu dormitório escrever para meus pais, sem nem saber por onde começo.

Pego alguns pergaminhos e tento rabiscar algumas palavras, até que consigo escrever uma que me agrade um pouco:

Queridos pais,

Eu queria lhes dizer que nesses três anos que eu estou aqui, pude aprender muita coisa. Muita mesmo, coisas que eu jamais achei que poderiam existir. Como a existência de um mundo bruxo. Vocês podem acreditar?
Provavelmente vão achar que estou mentindo, mas existem bruxos e bruxas pelo mundo a fora. Se vocês quiserem, depois podem me ligar para nós conversarmos direitinho sobre tudo isso. De qualquer forma, eu descobri que eu sou uma bruxa. Meus pais biológicos eram bruxos incríveis, e descobri que eu tenho um irmão. Ele derrotou um dos piores bruxos que pôde existir. Às vezes nem eu mesma acredito nessas coisas todas.

De qualquer forma, eu queria pedir para que vocês me mandassem minhas roupas, acessórios etc, pois agora eu vou morar aqui. Ainda não sei muito bem onde, mas sinto que aqui é meu verdadeiro lar. Depois podemos confirmar direitinho por ligação aonde vocês podem deixar essas coisas, ou se querem que eu busque elas aí, já que por vocês serem "trouxas" (é uma denominação para quem é um não-bruxo) eu não poderei ir até vocês e vocês não poderão e nem conseguem vir até mim.

Ainda sim, saibam que mesmo com tudo isso, eu sempre vou continuar amando vocês, mesmo que vocês não sejam meus pais biológicos.