A Ordem das Chamas Prateadas - O menino que sobreviveu 5

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N/A: Bem vindos a mais um ano!! Esse livro vai ser complicado, e provavelmente um dos meus favoritos! Teremos casais como: drarry (finalmente), wolfstar, jegulily e algumas novas surpresas :) (alguém disse rosekiller?!)
To animado, e espero que vocês curtam. Vamos ter morte nesse livro sim, porquê vocês sabem que eu nunca perco a chance de fazer vocês sofrerem.

Se esse é a primeira fic minha que estão lendo, tem quatro antes dessa, recomendo que leiam para entender tudo! Comece com "A Morte em Esmeralda" e sigam daí.
Aproveitem!!

G r i m m a u l d    P l a c e

"Se importa de dividir?"

Draco Malfoy fechou os olhos, suspirando pesadamente ao lamentar em sua cabeça pela perda de sua calma e seu silêncio. Ele conseguia ouvir os passos do desconhecido soando alto pela espaçosa varanda em que se encontravam, mas Draco não abriu seus olhos, apenas deixando a fumaça escapar por entre seus lábios lentamente, de modo preguiçoso. Uma carranca mostrou-se aparente entre suas sobrancelhas quando Draco sentiu seu espaço ser invadido, o estranho sentando-se na cadeira ao lado do loiro. O menino teve que conter-se para não empurrar o homem para longe de si.

Finalmente, abriu os olhos e contemplou o céu muito azul. Diferentemente dos últimos dias, não parecia que iria chover. Draco não sabia se era algo bom, já que ele sentia um certo nível de satisfação angustiante de ter o clima representando seu humor.

"O cigarro...?" O homem desconhecido disse mais uma vez, procurando chamar a atenção de Draco. O loiro suspirou, exasperado, e encarou-o. Mais velho que o menino por no máximo um par de anos, o homem não era mais que um adolescente. Seu cabelo castanho estava levemente bagunçado e haviam marcas escuras abaixo de seus olhos. Ele parecia exausto.

Draco questiona a si mesmo se o garoto se aproximou dele ao ver que o loiro estava com uma exaustão semelhante.

Ele deu mais um trago do cigarro antes de passar para o desconhecido, tendo certeza que seus dedos não iriam encostar-se. O gosto deixado pela fumaça era desagradável, mas Draco ganhava uma certa satisfação da sensação de queimação em sua garganta. O incomodava, mas o fazia lembrar que Draco não iria quebrar por conta de qualquer incômodo. O lembrava que ele não estava despedaçado sem qualquer esperança de colocar-se no lugar novamente.

"Valeu." Disse o desconhecido, posicionando o cigarro entre seus lábios. Seus olhos encontram os de Draco. "Sou Will, aliás."

"Draco." Respondeu o loiro, voltando seu olhar para a paisagem da pequena cidade que os cercava. Não estava muito interessado em conversar. Felizmente, Will parecia pensar o mesmo, pois não quebra mais o silêncio estranhamente confortável entre eles.

O barulho da pequena lanchonete em que se encontravam era a única coisa que preenchia o ar. A varanda do estabelecimento estava vazia além dos dois, mas a parte interior contava com a presença de mais algumas pessoas. Draco pôde ouvir também os primeiros acordes da música que anunciava o telejornal trouxa das sete horas. O estômago de Draco revirou-se.

"Um número recorde de turistas impedidos de prosseguir viagem lota os aeroportos nessa segunda semana de greve dos carregadores espanhóis..."

Draco soltou um baixo suspiro. O garoto continuou a ouvir, caso houvesse um pequeno indício cujo significado os trouxas não tivessem percebido – um desaparecimento inexplicado, talvez, ou algum acidente estranho... mas, à greve dos carregadores de bagagem, seguiram-se notícias sobre a seca no Sudeste, depois a notícia de um helicóptero que quase se acidentara em um campo no Surrey, o divórcio de uma famosa atriz de seu famoso marido.

O loiro rolou os olhos com a falta de notícia relevante para ele.

"Não é o maior fã de fofocas de celebridades?" Questionou Will com um leve nível de diversão.