#1.9|ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ɴɪɴᴇ

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“Nenhum lugar para correr, garoto, venha aqui agora. Aqui agora. Porque quando o sol se põe, a besta saí.”

Beast–Mia Martina ft. Waka Flocka

06 DE MARÇO DE 2008

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06 DE MARÇO DE 2008.
05:55 da manhã.
ESCOLA JUJUTSU DE TÓQUIO.

✩°˖🫐 ⋆。˚꩜


— Ainda bem que veio. – Soltei um sorriso ao encarar o louro à minha frente. Eu não sei se foi pelos dias sem vê-lo, mas, me parece que Kento estava maior.

Ele sorriu e deu passos lentos para me dar um abraço quentinho e apertado. O dia amanheceu fresco, e como sou bastante friorenta, qualquer abraço seria muito bem vindo.

— Olá, Keira. – Ele disse com uma voz rouca. Nanami era um rapaz esguio e bonito. Ele é um cara tão legal que eu tenho certeza que ele faria qualquer garota ou garoto se apaixonar por ele. Eu o amava, mas nosso amor pelo outro era fraterno, um amor entre irmãos. — Na ligação você tinha me dito que queria conversar. – Sussurrou.

Estávamos em um lugar mais afastado da escola Jujutsu. Eu ainda não tinha entrado dentro dela, e, depois do que aconteceu, eu tive um certo receio. Foi então que liguei para Nanami. Ele atendeu instantemente e disse que estaria aqui em vinte minutos, e Kento pontual como sempre, estava neste momento à minha frente.

— É... – Inspirei fundo e me sentei no cascalho de frente para o Jardim de hortências que tinha aqui. Esse era meu lugar favorito em toda a escola. Ele era um jardim enorme, com várias hortências lilases e rosas vermelhas. Ele tinha um lago com água cristalina e várias carpas nadando dentro dele. Tinha uma ponte de madeira muito bem entalhada com várias ramas de rosas laranjas e amarelas e algumas moitinhas de bambus. E mais a frente, havia  um enorme e velho Salgueiro com uma sombra maravilhosa onde se encontrava eu e Nanami.

— Sabe, eu não sei se consigo fazer isso.
– Eu disse cabisbaixa. Apoiei meu queixo entre minhas pernas. Eu peguei uma pedrinha de cascalho e joguei até o lago de água cristalina.

— Está se referindo a ir até eles? – Nanami disse e sinalizou com o queixo a entrada para a ala leste da escola onde ficava o pátio.

— Sim. Eu não sei como será daqui pra frente. Eu tenho medo do que eles irão falar, eu tenho medo de machucar alguém... – As lágrimas escorreram por minhas bochechas. Estavam grossas e pesadas.

Nanami me encarou, e naquele momento eu me senti uma idiota fútil. Como eu poderia pensar que ele me ajudaria em algo? Ele com toda certeza também iria sentir medo de mim. Eu estava sozinha, quebrada e com medo. Hoje cedo eu tive meu primeiro contato com minha colega de corpo e não foi nada legal. Eu senti sua energia e ouvi sua voz que não tem nada a ver com a minha. A dela me fez querer me trancar em meu quarto e dormir com a luz acesa.

𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐔𝐒; 𝑺𝒂𝒕𝒐𝒓𝒖 𝑮𝒐𝒋𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora