O noivado

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- O que você está fazendo aqui? – Vincenzzo estava em minha frente.

- Vamos pra casa.

- Como você me achou?

- Eu liguei o dia inteiro pra você, por que não me atendeu?

- Eu desliguei o celular.

- E por que desligou?

- Não interessa, como você me achou?

- Não interessa – falou rebatendo minha fala - vamos embora.

- Eu não vou, vou dormir aqui hoje – ele suspirou se dando por vencido.

- Não quero brigar, só quis vim ver você – certo, isso me desarmou – hoje não foi um bom dia – ele estendeu a mão e acariciou meu rosto, parecendo um pedido de desculpas velado – você estava linda naquele vestido – ele se aproximou e beijou minha testa – boa noite cacao.

Observei ele ir embora e estava ainda mais confusa do que antes, Cacau? Ele me deu um apelido carinhoso? O que está contecendo?

- Ele é bem carinhoso – Patrícia brotou atrás de mim me assustando.

- Que susto criatura! – falei fechando a porta – quer me matar?

- Desculpa – falou sorrindo – você está apaixonada.

- Quê? Você agora foi longe de mais.

- É sério Thaís. Nunca vi você mexida assim por ninguém, em seus relacionamentos você já sabia o que esperar e nesse você não tem ideia e isso te confunde é claro mas te da expectativas e pelo o que eu pude ver ele gosta de você também.

- Vamos com calma, você não convive com ele – Patrícia só sabe de detalhes que eu acho que não vá a comprometer, ela acha que somos um casal normal e que eu só estou numa crise por causa do casamento.

- Se ele for desse jeito de agora a pouco, você tem sorte – Você não imagina quanta.

Apenas sorri não querendo prolongar o assunto, minha cabeça já estava fervendo. Conversamos o resto da noite sobre besteiras e depois fomos dormir.

Vincenzzo

Depois que jantei com minha irmã e mãe fui aos meus negócios fora da empresa de hotelaria. Cheguei em minha propriedade que era afastada da cidade e fui direto ao subsolo aonde tinha minhas salas de tortura.

Normalmente não sou eu a fazer esse trabalho, mas tinha as exceções e quando elas apareciam é porque o desgraçado ou é de uma máfia rival ou traidor e nesses casos eu tinha que dar a lição para manter a ordem e mostrar que o chefe não tem piedade.

- Ele está pronto. – avisou Carlos, meu chefe de segurança e sinalizo com a cabeça para ele.

- Vejamos quem temos aqui, Pietro Bregu, o caçula de Armir Bregu. Agora me diga Pietro, o que um ratinho como você estava pensando quando tentou roubar minha mercadoria?

Pietro já estava bem machucado, um aquecimento que meus rapazes fizeram, também já tinha perdido alguns dentes e algumas unhas, nada tão grave.

- E-eu não sabia que as armas eram suas Vincenzzo.

- Deveria ter procurado saber Pietro, não foi muito inteligente de sua parte roubar de uma pessoa que você não conhece, agora vou ter que te matar.

- Chefe – Carlos me chamou e eu fui até ele – se matar o garoto é guerra declarada contra os Bregu.

- Eu sei, mas o merdinha me roubou e não tem como eu fechar os olhos pra isso. Se eu passar pano os outros mafiosos vão achar que podem fazer o mesmo sem ter represarias e isso eu não admito. Ele tem que pagar pelo roubo com a vida, essa é a regra.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora