Meu livro precioso, minha raridade.

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>>>> (POV Narradora) <<<<

Para muitos Hobie Brown era uma má notícia ambulante. Um adolescente cheio de piercing, usando roupas esfarrapadas e com consciência de classes claramente não era uma influência positiva, mas o universo sempre gostou de brincar com todas as probabilidades que tem em mãos, se existe um Aranha-dinossauro, tudo bem haver um Spider-Punk.

No começo da sociedade aranha, muitos olhavam estranho para o jovem, ele era uma dos pouquíssimos que matava conscientemente. Isso gerou muitos debates entres inúmeras versões, afinal, uns diziam que o punk só estava pegando um caminho diferente para chegar no mesmo propósito comum a as aranhas: proteger as pessoas; outros achavam isso uma abominação.

Hobie sabia que os outros olhavam, cochichavam, debatiam e o julgavam, e sinceramente ele não ligava. "Metade de vocês não durariam 3 horas no meu universo" o punk declarou uma vez quando estava comendo na lanchonete com Gwen ao seu lado. Ben Riley zombou de Hobie e prontamente pulou para a dimensão do punk, o aranha escarlate passou um mês inteiro no hospital do QG.

Miles achava Hobie Brown uma obra de arte, ele podia classificar o punk assim, ele era um artista! Então ele sabia o que era ou não uma obra de arte! Cada detalhe do mais velho contava uma história, tinha um significado. Não o leve a mal, Miles também achava seus outros amigos muito legais, mas o Spider-punk o atraia de forma quase magnética.

Miles tinha vontade de compilar tudo que aprendeu sobre o Hobie em um livro e depois de dias sendo provocado por Ganke ele começou seu projeto hiper mega secreto: Catologue Of Hobie Brown.

Primeira parte: cores e estampas.

Foi a primeira coisa que Miles notou em Hobie desde o primeiro encontro: Hobie era um mural ambulante. Por causa do caos do primeiro encontro, ele mal notou que as mudanças, esse detalhe só lhe pareceu curioso quase um mês depois de ter resolvido o problema com Spot.

Ele notou que quando Hobie e Gwen estavam conversando ou somente próximo, o homem tinha cores cruas como ciano claro, azul bebe, roxo claro, com suas linhas em laranja ou amarela, sem o menor sinal de estampas. Quase parecia um mimetismo já que o universo de Gwen tinha aquarela como base. Com Pavitr Hobie piscava com estampas de cores fortes e geométricas, quase uma tentativa de parecer uma mandala. Com Miles, Hobie era rosa, o que mudava era os tons: as vezes bem claro como se a cor fosse diluída com água, outras vezes um rosa choque que Miles evitava olhar muito tempo porque incomodava seus olhos. Suas linhas mudavam entre pretas e cores neons, as vezes bem detalhadas, as vezes escassas. Não havia estampas, mas suas bordas variavam entre um amarelo e recortes de jornais (foi por esse detalhe que Miles percebeu que muitos dos pensamentos do maior eram expressos, e ele amava saber disso).

Observação:

Nos últimos meses Miles notou que Hobie mostrava suas cores originais e sem estampas a ele quando estavam sozinhos (Miles fingia que não via algumas palavras como "Amor", "Girassol", "Minha estrela", além de outras frases como "Feitos da mesma estrela" sendo destacadas nos contornos de jornal).

Segunda parte: Toques.

Talvez fosse por causa de sua criação, Rio Morales e todos seus parentes porto-riquenhos era carinhosos. Era algo totalmente normal para Miles agradecer e em seguida deixar um beijo na bochecha de quem o ajudou. Isso foi realmente um problema nos primeiros anos de escola de Miles, mas com o tempo tanto seus amigos quanto Miles aprenderam a dosar seus gestos de carinho. Hobie conhecia Miles a 4 minutos e já havia o tocado mais que todos os outros aranhas um ano atrás. O punk era extremamente tátil, parecia que ele precisava estar com as mãos ou braços envolta de seus amigos. O mais velho parecia totalmente relaxado quando Gwen, Pav, Miles e Mayday estavam amontoados sobre ele, seja relaxando ou cochilando sobre uma "rede-teia" no QG ou em alguma das dimensões dos adolescentes.

Catalogue of Hobie Brown (Versão em português)Onde histórias criam vida. Descubra agora