Romance escrito em português de Portugal.
Olive Anderson é uma rapariga simples, inteligente e doce (exceto com o seu novo vizinho). Jake Martin, típico badboy, pegador nato e por vezes antipático mudou-se para o seu condomínio há uns meses, porém a...
Já me fitavam de cima a baixo antes de chegar ao pé deles; o Jake deu-me a mão. Ao início queria vomitar (por várias razões), no entanto a mão dele não era assim tão desconfortável e de certo modo senti que era a forma dele me amparar, mostrando que estava mesmo ao meu lado se eu precisa-se.
Apresentou-nos.
- Chase e Max, Olive. Olive, Max e Chase.
- Na verdade é Liv. - sorrio-lhes pouco, apenas por educação.
- É gira. - exclama o Max; franzo o sobrolho.
- Obrigada... - digo confusa pelo comentário.
- Foda-se Max não comeces tu também.
- Ele só constatou o que todos pensamos. - dei-lhe uma cotovelada como avisado de que me queria retirar, olhou-me nos olhos pedindo para ficar nem que fosse mais um bocado. - Pera lá tu não de sentas à minha frente em Economia? - encaro-o baralhada, até perceber que ele tem razão.
- Ahhh tu és o gajo que passa as aulas com os pés na minha cadeira.
- Bro tu és o crânio da turma. Tive 3 dezasseis graças a ti.
- Graças ao meu teste queres tu dizer.
- Ela é que é a minha explicadora.
- Bem sacada J. - exclama o Chase.
- Dás explicações a mais alguém? - questiona-me o Max.
- Nope.
- Mas e 'tarias disposta a dar? - quando ia responder o meu vizinho intervém.
- Não. Max. - viro-me para ele baralhada.
- Ao menos vocês vêm à festa hoje?
- Não tens de vir se não quiseres. - murmura por entre dentes. Acabo por responder:
- Ya, mas o Jake vai com vocês e eu com a minha melhor amiga.
- A Gwen. - apressa-se o loiro a concluir.
- Sim. - encaro-o diretamente.
- Ouve, eu sei que provavelmente tu não vais com a nossa cara, mas agora que vocês os dois andam fazes parte do grupo...
- Além de seres a única que ele nos apresentou, honestamente curtimos que não tens medo de nos responderes. - acrescenta o Chase.
- Isso até foi simpático, acho eu. - dou-lhes um pequeno sorriso. - Mas se é assim normalizem o facto de eu ser uma gaja e de que agora vou passar mais tempo convosco.
- Ouviram? - questionou em tom de aviso o Jake.
- Feito. - respondem em simultâneo.
- Então vemo-nos na festa. Liv. - diz o Max quando me viu retirar-me daquele espaço.
Despeço-me do grupinho do mal (menos demoníacos ao que parece), todavia apenas percebo que aquele momento realmente passou quando a minha mão e a do meu vizinho se desprenderam; pouco a pouco até eu sentir o nosso último resto de pele em contacto.
Jake
- Nada de álcool, erva, comentários badalhocos ou o que quer que seja perto dela.
- Oh Jake não inventes. No mínimo nós temos de fazer apreciações. - retorquiu o Chase.
- Não acabei. Também não quero tabaco, quero as vossas mãozinhas longe e os outros gajos igual. - observo-os ainda olharem a minha vizinha no corredor, dou-lhes um cachaço a cada um.
- Foda-se também já não se pode olhar, caralho? - interroga-me agitado o Max.
- Aquela 'tá fora do radar de qualquer um de vocês.
- Mas a amiga pelo menos não 'tá. - acrescenta o Chase; o Max dá-lhe igualmente um cachaço.
- 'Tá sim. - exclama ele.
- Puta que pariu Max agora até as tuas ex controlas bro?
- Esta sim.
- Então porque é que acabaram? - interrogo-o em tom de brincadeira.
- Pergunta-lhe a ela. Estas gajas ultimamente passam-se.
Olive
O Cooper estava fora e só voltava amanhã, dado que ele foi fazer uma audição para participar num pequeno musical que haveria na cidade; procurei a Gwen mas ela já não estava no último sítio onde a vira, logo liguei-lhe e encontramo-nos na cafetaria ao lado da escola. Sentei-me ao lado dela e ambas pedimos o de sempre: iced lattes.
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- Quando é que tencionavam oficializar? - começa logo por me questionar.
- Gwen não fiques chateada por favor.
- Como é que agora andas com o teu vizinho insuportável, palavras tuas, e nem sequer tens a decência de me contar? - «porque nem morta eu andava com ele» pensei.
- Nem é uma coisa muito séria nós só 'tamos juntos e pronto quando não der mais não deu. Paciência.
- Olive Anderson isso nem parece coisa que tu digas. Sempre foste a rapariga do "the only one". - até me estava a sentir mal só de ver o quão bem a minha melhor amiga me conhece, ao ponto de saber que algo não bate certo.
- Sei lá tu já olhaste pra ele? - tinha de começar a arranjar motivos plausíveis.
- Pronto e aí eu não te condeno, mas só de ver aquele grupo de amigos dele, parece uma cabeça de vento.
- Vá lá dá-lhe uma oportunidade. A ele e aos amigos.
- Só se for a ele e ao Chase, porque o outro nem que fosse o Dylan O'Brien eu falava pra ele.
- Nem tu acreditas no que acabaste de dizer. 'Tou mesmo a ser sincera eles não são os playerszinhos que transparecem, pelo menos não são só isso.
- Vamos parar de falar do meu ex por favor. O teu, é tão bom na cama como aparenta ser? - engasgo-me seriamente com o líquido que bebia da palhinha.
