Capítulo 1

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Querido Leitor, venho por meio deste aviso te apresentar esta obra. O livro um amor para Amélia é um romance cristão de época que se passa em meados de 1800 e com cenário fictício, cenas e personagens descritos aqui não passa de mera ficção. Este livro foi reescrito e feito uma nova versão dele que é essa que você irá ler agora, antigamente nomeada por A filha do Alfaiate.

Tenha uma boa leitura.

Amélia

—Está tudo aqui? — Meu pai Jacob pergunta colocando a última bagagem na carruagem.

—Está sim meu bem, já podemos ir. — Minha mãe Janet fala chegando com a minha irmã mais nova Riley.

 Entramos todos na carruagem e meu pai a guia para fora da cidade que morei minha vida toda Railroad City. Antigamente era uma cidade próspera e com segurança, mas com a chegada da ferrovia na cidade, acabou por ter muitos moradores novos e com isso chamou a atenção de um grupo de oito forasteiros. O xerife infelizmente foi morto enquanto protegia a cidade, e sem lei a Railroad ficou desprotegida e alvo fácil desses malfeitores que acabam por entrar nas casas dos moradores, saquearem todo o nosso dinheiro e levar mulheres inocente com eles. Meu pai temeu pela nossa segurança e conseguiu vender as pressas nossa loja que ele é alfaiate para o meu tio bem abaixo do preço. Estamos indo embora a noite para não chamar atenção dos bandidos, infelizmente este é o horário mais seguro para fugirmos, ficamos a semana toda observando a rotina deles sem sermos notados, e pelo o que vimos neste horário eles sempre vão ao Saloon. Conseguimos sair da cidade sem sermos visto e só quando vejo que estamos em segurança consigo relaxar um pouco. Fecho meus olhos e por estar muito cansada, acabo adormecendo.

—Filha, chegamos. — Acordo com a voz do meu pai, saio da carruagem e ajudo a descer nossas bagagens. Vamos ficar hospedados em uma pensão que tem nessa cidadezinha até encontrarmos uma casa para morarmos. Meu pai conversa com a administradora da pensão e tinha apenas dois quartos disponíveis, vou ficar em um com a minha irmã e meus pais em outro. Deixo minha bagagem de lado e me troco vestindo minha camisola, me deito e acabo dormindo rápido por estar cansada. O dia amanheceu e me levanto, arrumo minha cama e pego minha mala retirando um vestido simples rosa, me troco e vou até o banheiro fazer minhas higienes matinais, depois que saio aguardo minha irmã se arrumar também. Assim que ela fica pronta após eu e minha irmã nos arrumar vamos nos encontrar com nossos pais.

—Bom dia minhas princesas. — Meu pai fala assim que sai do quarto acompanhado da minha mãe. — temos uma boa notícia, vamos tomar o café da manhã que vou contar para vocês.–caminhamos até a sala de jantar que tem aqui, na pensão fica incluso o café da manhã e a janta, o almoço é por fora, mas pelo o que o meu pai falou tem um restaurante aqui em Green City. Nos sentamos em uma mesa e meu pai começa a explicar. Ela conta que conversou com a senhora Wilson dona da pensão sobre nossa situação e ela falou que tinha uma loja a venda com uma casa aos fundos. Assim que comermos vamos lá olhar e conversar com o proprietário.

 Terminamos de comer e vamos caminhando e conhecendo a cidade, apesar de pequena é muito bonita, Green city apesar do nome não tem nada de verde, a cidade é no cascalho com areia e muita poeira, aqui tem uma mercearia, a pensão que estamos, um açougue, barbearia, a delegacia do xerife, carpintaria, um restaurante e uma loja de costura, o restante são residências. Chegamos em frente à loja e realmente é muito bom o lugar, meu pai foi conferir se o dono estava em casa, a Sra. Wilson nos explicou que o proprietário é o dono do açougue, que inclusive é quase perto da loja. Vejo meu pai vindo acompanhado com outro homem e ele se apresenta como Sr. Harris. Ele abre loja e vai nos mostrando tudo, depois fomos para os fundos e ele mostra a residência.

—Aqui é muito bonito, acho que vamos gostar de morar em Green City. — Riley comenta comigo enquanto esperamos ao lado de fora o meu pai terminar de fechar negócio com o Sr. Harris.

—Também acho, aqui tem até uma delegacia e parece ser muito calmo. — Ficamos conversando e assim que meu pai faz o pagamento, voltamos para a pensão fazendo planos para nosso futuro. A casa já estava mobiliada então é uma despesa a menos, ela tem dois quartos, uma sala, cozinha e um banheiro. Já com a loja meu pai vai ter que encomendar os móveis, mas o Senhor Harris já indicou um carpinteiro que se chama Henry Roberts alegando que ele é muito bom. Assim que chegamos a pensão vou para o quarto que estou hospedada e pego minha bíblia sentando em minha cama e começo minha leitura, todos os dias gosto de separar um tempo do meu dia para ler a palavra. Fico entretida que nem percebo a hora passar, fecho minha bíblia e a guardo em minha bagagem. Faço uma rápida oração agradecendo a Deus pelo o livramento que ele deu a mim e minha família, e agradeço a Deus pela a oportunidade que ele nos deu de recomeçar nossas vidas, assim que encerro a oração eu saio do quarto indo procurar meus pais.

—Vamos almoçar, depois as deixo na pensão e vou procurar o Sr. Roberts para encomendar os móveis. — Meu pai fala assim que chego na sala e saímos da pensão para procurar um restaurante para comermos, assim que entramos no restaurante uma mulher de aproximadamente quarenta anos veio nos atender e nos levou a uma mesa de quatro cadeiras, ela se apresenta como a Sra. Moore e fala que ela e marido são donos do restaurante.

—Eu me chamo Janet Taylor, esse é o meu marido Jacob Taylor ele é alfaiate, e essas são nossas duas filhas Amélia e Riley, nós acabamos de chegar em Green City. — Minha mãe conta por cima que estamos hospedados na pensão, mas que logo vamos nos mudar para nossa casa nova. A Sra. Moore se vai para buscar nossos pedidos e ficamos conversando até o nosso almoço chegar.

—Aqui, espero que gostem. Se precisarem de alguma coisa é só me chamar. — Agradecemos e ela se vai para atender outro cliente.

—Meu bem, enquanto você vai lá verificar a questão dos móveis as meninas e eu vamos na mercearia comprar uma vassoura, balde e escovas para limpar a casa, assim amanhã cedo podemos nos mudar. — Minha mãe propõe assim que pagamos o almoço e saímos do restaurante.

—Não sei Janet, tenho medo de deixar vocês desacompanhadas em um lugar desconhecido. — Meu pai comenta preocupado.

—Não precisa se preocupar pai, pelo o que a Sra. Wilson falou aqui é um lugar bem calmo, e o xerife consegue dar conta dos criminosos. — Digo para o acalmar, claro que não devemos confiar 100% em algum estranho, pois todo lugar existe gente ruim, mas até agora Green City me pareceu bem diferente de Railroad.

—Tudo bem, então vamos. Vou acompanhar vocês até a mercearia e de lá vou até o Sr. Roberts. –Nos despedimos do meu pai quando chegamos ao nosso destino.

—Boa tarde senhoritas, em que posso ajudar? — Me viro ao escutar uma voz grossa e fico surpresa ao ver um homem muito lindo atrás do balcão, alto, musculoso, pele bronzeada e cabelos claros.

—Boa tarde Senhor, me chamo Janet Taylor e essas são minhas duas filhas Amélia e Riley. — Minha mãe responde.

—Me desculpe pelo os meus maus modos. — Ele dá a volta no balcão e pega na mão da minha mãe a beijando. — Eu me chamo Charlie Lewis. — minha mãe fica encantada com a simpatia do homem. —Senhoritas. — Ele faz o mesmo com a minha irmã e eu. Sinto seus lábios em minha mão e me arrepio. Assim que ele se afasta, minha mãe explica o que viemos comprar, ele sai a procura e logo volta com tudo que pedimos. Minha mãe paga e começa a contar da nossa vida para o homem, até mesmo como era a cidade onde morávamos. Dona Janet sempre teve esse defeito, mal conhecer a pessoa e já contar a vida toda para ela. Mas o Sr. Lewis não parece se importar, pelo o contrário é muito atencioso respondendo minha mãe.

—Até mais senhoritas e volte sempre. — Nos despedimos e fomos limpar a casa antes que anoitecesse, enquanto limpamos minha mãe comenta.

—Vocês viram como o Sr. Lewis é educado? Além de bonito ainda é solteiro. — Minha mãe joga um verde para ver nossa reação.

— Mãe o homem deve estar achando nos umas enxeridas com o tanto de perguntas que a senhora fez. — Rilay comenta e eu concordo com ela, fiquei até com dó do rapaz, mas parece que ele não ligou muito para isso já que deu corda para dona Janet.  Ficamos conversando e quando terminamos de limpar tudo o meu pai chega para irmos para a pensão.

— Conversei com o Sr. Roberts e ele me mostrou alguns de seus trabalhos, ele é muito caprichoso e consegui negociar um ótimo preço com ele. — Fomos caminhando e meu pai foi nos contando em detalhes como era lá.

Assim que entro no meu quarto, separo minha roupa e vou ao banheiro me lavar, entro na banheira e começo o meu banho, fico um tempo curtindo a água quentinha da banheira e meus pensamentos acabam indo ao Lewis, realmente minha mãe estava certa: ele é muito bonito.

Um Amor Para Amélia  (COMPLETO NA AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora