it's cold, please come back

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Estava uma noite terrivelmente fria, os barulhos do vento pareciam estar em um concerto, sons uivantes e amedrontadores ecoavam pelo meio da pequena vila medievica, a neve caia quase de que forma dramática e pousava lentamente sob as árvores, não combinava com o aconchego que o interior da taverna bafo do dente possuía, o vozerio animado e cheio de personalidade uma direfente da outra, espécies únicas e de forma intercalada, não havia distinção era harmônico, os bardos cantavam histórias antigas passadas de geração em geração, acompanhadas por paumas e batidas de diversas armas nas mesas no ritmo das harpas e aquarinas, havia centauros e simples camponeses dançando numa roda, banjos ecoando incrivelmente, acompanhando o estalar da lareira.

A iluminação das tochas de um jeito alaranjado reforçava o calor receptivo, podia ser você propío... o lugar era simples... apenas uma cabana de pedra desgastada com um teto de madeira sobreposto, nas paredes haviam chifres de animais como o de cervos, ou até de cabritos - o que o senhor green horn detestava e sempre recitava motivos para retirá-los dali, é claro se eu fosse um sátiro nobre como ele, também me sentiria muito ofendido...- no meio daquele caos divertido, havia uma coisa que todos admiravam, em cima da lareira, um porta retrato com uma moldura dourada brilhante, diferente de todas as outras decorações aquela sempre era polida e livre de poeiras. Uma pintura de uma jovem elfa, seu cabelo era cheio de cachos dourados, seu sorriso era arrebatador... ah... e seus olhos eram azuis como o ardente céu numa tarde quente, suas bochechas lembravam constelações cheias de pintinhas... Aquela era alya o fraco de todos os homens, a heroína das criancinhas, ela infelizmente morreu, faleceu ainda jovem, mas todos nós sabemos que ela ainda está viva, está viva em nossos corações e nas flores que nascem na primavera, o sol nos lembra o calor que era a sua risada, o vento nos nossos cabelos lembram como ela era encantadora quando dançava, o barulho da chuva lembra de suas chuvas batendo uma nas outras enquanto se balançava de um lado para o outro segurando seus vestido branco e verde, sorria e girava em passos alegres, esse lugar lembra ela. e ela lembra a paz que eu sempre quis.

Talvez estejam perguntando quem era ela o que ela fez? ela não era uma guerreira, nunca quis armas e muito menos violência, ela era só ela... sempre acreditou no poder do perdão e era só isso que a interessava... eu mesmo não pude conhecer ela... já ouvi sim a voz doce dela, já enxerguei seu sorriso e já viajei em seus olhos azuis, seu cheiro era semelhante a lavanda recém florecidas... ela acreditou que eu poderia mudar e graças a ela não destruí esse lugar que agora é o meu lar, por mais que eu nunca tenha coragem para entrar... é claro que odeiam mas não é só por isso o meu receio, eu sei que eles me receberiam, só que eu não suportaria ouvir essas musicas e não ver ela dançando.queria ter me apaixonado por ela antes de a matar, a cada história meu peito dói mais, como posso ter me apaixonado por alguém que só vi poucas vezes? Lembranças daquele dia tomam minha memória, mas outro dia quem sabe você saberá. Preciso seguir em frente " eu suspiro e pelo frio a fumaça que sai de minha boca embaça a janela do lado de fora do bar, levo meus dedos a ela e escrevo " "eu sinto muito, meu raio de sol". Eu viro de costas e me afasto, a cada passo volto a sentir o frio e ouvir não mais o banjo mas sim o chacoalhar das árvores e o vento terrível.

(Ponto de vista do: Ergan Fierce.)



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⏰ Última atualização: Jul 29, 2023 ⏰

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