Upside down - Guapoduo|| CellbitxRoier

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Seis dias.

Haviam se passado seis dias desde que cheguei e nenhum sinal nem de meu pai, nem de conseguirmos abrir o portal por esse lado. A cada dia que se passava minha aflição aumentava mais e eu sentia a magia cada vez mais longe. Minha tia e Richarlyson haviam me explicado mais detalhadamente sobre isso. O híbrido mencionou que pelo equilíbrio universal ou algo do tipo, os únicos dois tipos de magia que este mundo suportava era a elemental e, por algum motivo, a obscura. Nenhum dos dois souberam me explicar o porque, mas tudo bem se fosse levar em consideração que meu domínio era magia elemental.

Além disso, com o passar dos dias Richarlyson vinha me ensinando os costumes e o linguajar usado por aqui depois de algumas situações constrangedoras para minha parte e apesar de tudo era bem mais fácil do que eu imaginava, mas o que mais me deixou feliz era poder usar palavreado, digamos que nada rico, a única coisa que me preocupava era pegar o costume e acabar usando esse linguajar quando voltar para casa, mas isso não era uma preocupação prioridade por agora.

Minha opinião sobre as coisas daqui havia mudado muito desde o primeiro dia. Eu estava quase me acostumando com os novos hábitos e costumes.

Haviam muitas coisas muito diferentes, que na minha opinião eram superiores, isso me deixava cada vez mais curioso para aprender e gostando mais e mais desse lugar, eu sabia que em um momento teria que me cortar disso, mas aproveitaria cada segundo possível.

O garoto do primeiro dia, Roier, eu havia visto ele mais algumas vezes durante a semana, Richarlyson contou que ele aprendia no mesmo ambiente que minha tia ensinava e por morar na mesma rua ele sempre ela o ajudava trazendo ele de carro, quando chegavam eu ia recebê-los e de praxe o via, as vezes ele tentava começar uma conversa ou fazia alguma piada de humor duvidoso, mas eu não prolongava muito. Durante outros horários também ele passava pela casa e cumprimentava de longe com um sorriso sempre que me via cuidando das plantas de minha tia e eu respondia apenas com um aceno de mão, as vezes eu o pegava me encarando de longe, talvez sem coragem de se aproximar, mas depois de interações malucas, de vez em quando eu me distraia pensando nele com curiosidade, era diferente ver sua insistência em se aproximar quando eu deixava claro que não tinha interesse em me tornar seu amigo. Mas o que me balançava, era que o mesmo me lembrava bastante de Quackity então essa provavelmente era a causa, a única diferença entre os dois é que Quackity tinha um pouco mais de pudor.

Durante os dias passados também tentei entender sobre o portal e o que acontecera, mas infelizmente por aqui eu não tinha acesso a livros sobre, até porque não é algo que supostamente deveria existir . Até tinha uma fonte para pesquisa chamada internet, mas eu passava longe dessa complicação, um dia talvez, mas por enquanto eram coisas demais. Eu chegava no final do dia morrendo de dor de cabeça e sem avanço nenhum, o que já estava começando a me estressar.

No momento eu estava sentado na sala lendo um livro sobre física que minha tia havia conseguido para mim, outra coisa era que eu havia descoberto que ela trabalhava educando crianças em uma escola próxima. Foi assim que ela pegou este livro e muitos outro que eu havia lido durante esses dias. Ela vinha ajudando bastante com seus conhecimentos dos anos morando aqui quando tinha tempo devido ao seu trabalho.

Olhei para o relógio digital que ficava em cima da lareira, eram quase seis da tarde e já estava escurecendo, minha tia e Richarlyson deviam chegar em poucos minutos.

Foi questão de eu voltar meus olhos para o livro que senti um arrepio na nuca. Alguém estava me observando. Pisquei imediatamente tirando os olhos do livro e subindo para o relógio num canto da parede. Não podia virar rapidamente então apenas segui como se não tivesse percebido nada, levantei lentamente da poltrona me espreguiçando ainda sem desfocar minha atenção caminhei até a mesa da copa olhando de relance para o espelho em cima do sofá que mirava para a janela, mas não conseguir ver nada. Meus olhos passaram por um porta retrato que me refletia, um clique se deu em meu cérebro.