Eu Também Te Amo

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— P’Payu. Como você está? Dói?
— Estou bem.
— P’Payu, onde você está ferido? Me diga.

Depois que Chai apareceu, a situação mudou de direção.
Com apenas um dos seus homens brandindo uma arma, os
outros levantaram as mãos acima das suas cabeças e recuaram juntos para o canto da sala. Saifah interveio para ajudar o seu irmão, mas Payu disse para ele soltar Rain primeiro.
Assim que Warren ficou livre, o menino não hesitou em correr para abraçar o homem ferido que tremia, perguntando com a voz trêmula, quase chorando de dor.
O rosto afiado estava inchado e machucado, sangue escorrendo do nariz e dos cantos da boca. Enquanto isso, as lágrimas claras da outra pessoa caíram dos seus olhos e a sua voz tremeu ao pensar no que tinha acabado de acontecer.

— Sinto muito. Se eu não tivesse sido pego por eles, você não teria se machucado... Você poderia ter lutado, mas não os enfrentou por minha causa.

O garotinho se jogou, enquanto soltava soluços incontroláveis. Ele não tinha medo de qualquer perigo para si mesmo, porém estava aliviado que o ataque unilateral havia terminado. Ninguém estava lá, então não sabiam como era doloroso ver o seu amado apanhar enquanto não podia fazer nada para impedir.
A posição da pessoa sentada e chorando, diminui a dor e ele usa a mão que não dói para segurar a outra pessoa no braço.

— Está tudo bem, está tudo bem. Não se trata de você. Não se culpe por ser muito descuidado. Estamos seguros agora. Só estou um pouco dolorido, o que passará em breve.

Payu dá um beijo em sua bochecha encharcada de lágrimas. Forçando a dor para fora de todo o seu corpo, tentando confortar a pessoa que viu a cena do seu ataque.

— Eu te fiz se curvar a ele. Você os deixou bater em você mesmo podendo lutar contra eles... Porém não revidou porque eles me seguravam.

O menino teimoso insistiu que a culpa era dele e doía só de lembrar que o seu amado teve que se curvar aos pés da besta infernal.
Não que Payu parecesse patético por seguir ordens, entretanto foi doloroso para ele ter que deixá-lo desistir da sua dignidade para ajudá-lo.

— Não importa, eu apenas me curvei para ele e apanhei. Se você estiver seguro, não me importo como as outras pessoas
me veem.

Payu sorriu e franziu a testa de dor, fazendo Rain tocar suavemente a sua bochecha com a mão.

— Rain, Rain, me escute. — Vendo que o menino teimoso não o deixaria ir, Payu disse num tom gentil. — Você é importante para mim. Por você, estou pronto para fazer qualquer coisa.

Aquele rosto afiado se inclinou para frente pressionando carinhosamente um beijo em sua testa. Ele usou a sua mão ilesa para acariciar suavemente a cabeça do menino e se virou para fitar os olhos lacrimejantes que nunca mostravam nenhuma fraqueza, porém agora estavam cheios de tristeza e dor - mas acima de tudo, uma clara preocupação se refletia.
Warren chorou por Payu.
Rain se atirou sobre o corpo ferido e dolorido até que Payu quase caiu. No entanto, ele lutou para se conter para que o menino em seus braços não se preocupasse, fazendo com que as pessoas próximas quase rissem.
Dói assim e você ainda quer parecer legal nos olhos do seu garoto, né?

— Chega, Rain, meu irmão está machucado.
— Oh, me desculpe. Me desculpe. Eu te machuquei?

Assim que Saifah falou, Rain rapidamente se afastou, muito preocupado, agarrando o ombro da pessoa que estava cerrando os dentes contra os gritos. Em contraste com Payu, que virou o olhar pro seu irmão, dizendo claramente... Maldito.

— Droga, você tem energia para caminhar até o hospital sozinho?— Saifah perguntou.
— Meu namorado pode me levar.
— Claro, claro. E dirão que os dois caíram da escada, né?—Saifah balançou a cabeça.

Love Storm (Payu & Rain)Onde histórias criam vida. Descubra agora