Quanto tempo demora para superar um amor? Se é quem tem como superar. O que fazer quando um amor antigo retorna de forma inesperada? Se entregar sem amarras? Ou fugir para o mais longe que conseguir?
E se esse amor for a cura para suas cicatrizes?
"...
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Respirei aliviada após, finalmente, guardar a última peça de roupa no meu closet. Tinha mais de uma hora que estava na função de desarrumar a minha mala. Tinha acabado de chegar em casa após uma viagem com os meus pais ao qual fui literalmente "obrigada" a ir (diga-se de passagem) enquanto o meu querido irmão teve a opção de escolha.
Aí vocês se perguntam: "Mas Jade, porque você não ficou em casa com seu irmão já que não queria ir a viagem? Porque não teve direito de escolha assim como ele? Afinal o Léo é apenas um ano mais velho que você." Pois bem, eu também gostaria de saber. Quando meus pais falaram sobre a viagem meu irmão prontamente se negou a ir e quando eu tentei fazer o mesmo, não me deram outra escolha a não ser ir e ficar de vela para os dois, enquanto meu digníssimo irmão aproveitava todas as festas possíveis.
Revirei os olhos me obrigando a tirar isso da mente. Reclamar agora não ia adiantar em nada, afinal a viagem já tinha finalmente acabado. Me joguei na cama tentando reunir forças para tomar um banho e chamar Nina para tomar um sorvete no shopping. Desde que soube que eu iria viajar bem na última semana de férias, ela não fez outra coisa além de reclamar que eu estava a abandonando, como se eu tivesse outra opção.
Eu não sei bem em que momento dormi, mas fui acordada com beijos em meu pescoço. Sorri manhosa já sabendo de quem se tratava.
- Que saudade que eu tava do seu cheiro bebê. - Disse me virando de frente para ele e deixando um selinho nos seus lábios.
- Chamou de bebê, tem que colocar para mamar. - Ele sorriu malicioso apertando meu peito e eu o olhei incrédula acertando um tapa no seu braço.
- Aí que idiota! - Fiz bico e ele gargalhou me abraçando e mordendo de leve meus lábios.
- Desfaz essa cara pequena! Você não tem noção o quanto foi difícil ficar essa semana toda sem meu tetê. - Brincou fazendo voz de dengo e mordeu meu peito de leve por cima da roupa, me fazendo rir. - Mas agora eu preciso ir. - Disse dando impulso para se levantar e eu fechei a cara o puxando de volta.
- Não vai agora! Eu tô com saudade! - Fiz birra e ele me olhou todo derretido. Ele não resistia a minha cara de dengo.
- Pequena, o seu irmão está no quarto ao lado, assim que ele terminar o banho e ver que eu não estou lá, ele vai me procurar e não quero que ele me encontre dando uns amassos com a irmã caçula dele. - Disse nervoso e eu ri da cara dele.
- Quem diria hein, Paulo André Camilo com medinho do irmão da namorada. - Debochei e ele me olhou ultrajado.
- Que medinho o que garota? O pai aqui é bravo. - Fez graça mordendo de leve o meu ombro descoberto pela regata que eu usava. - Mas imagina se o irmão da minha namorada, que por acaso é meu melhor amigo descobre que eu venho mentindo pra ele a todo esse tempo.
- Tem razão! - Concordei e ele se pôs de pé ficando parado em frente a cama. - Mas eu queria passar o dia todo grudada em você. Acho que me viciei no pretinho. - Falei já sabendo que vinha alguma piadinha quando vi seu sorriso convencido.
