Na manhã de sábado, levantei muito cedo. Como meu pai trabalha de segunda a sábado, adaptei a minha rotina à dele. Eu estava na cozinha quando meu primo apareceu.
- Bom dia, Luan! – Cumprimentou-me ele.
- Bom dia, primo! – Respondi. – Você não precisava acordar tão cedo, cara. Hoje é sábado, descansa um pouco mais.
- Que nada, pô! Eu costumo acordar cedo mesmo. Mas tu também, pelo visto.
- Sim, pois é. – Rimos.
- Teu pai já saiu pra trabalhar? – Ele perguntou e eu assenti com a cabeça.
Pedro ainda estava só de cueca (desde ontem à noite).
- E aí? Vamo descolar o quê pro café da manhã? – Ele me perguntou.
- Vou fazer um sanduba pra gente aqui porque daqui a pouco vou dar uma corridinha.
- Beleza, vou com você. Posso?
- Claro, pô!
Quando começamos a comer, uma ideia me passou a cabeça.
- Pedro, cê tá afim de ir à praia? – Perguntei
- Do nada. – E rimos – Por mim pode ser.
- A gente vai correndo mesmo e, quando chegar lá, sentamos e tomamos uma água de coco ou sei lá. – Concluí.
- Fechado então. – Ele concordou.
Arrumamos tudo e eu deixei o almoço já adiantado porque não tinha certeza de que horas voltaríamos.
- Vou tomar um banho rápido, pode ser? - Perguntei
- Beleza, mas adianta aí porque eu vou tomar também.
- Só se...
- O que?
Depois do que aconteceu ontem, eu sabia que não tinha como voltar atrás. Eu havia curtido aquela brincadeira e não iria desperdiçar qualquer oportunidade de repeti-la.
- A gente pode ir pro chuveiro junto pra poupar tempo. – Arrisquei.
- Pode ser então. – Ele concordou.
E aquilo curiosamente foi fácil demais. Será que ele tava aproveitando tudo tanto quanto eu?
Pegamos nossas toalhas e fomos os dois para o banheiro. Enquanto eu tirava minha bermuda e cueca, Pedro já havia tirado a cueca dele e estava ligando o chuveiro. Entrei no box e lá estava ele de olhos fechados, com aquela água escorrendo por todo o seu corpo, inclusive aquela rola que ontem mesmo estava dura em minhas mãos. Tirando-me do devaneio, Pedro saiu debaixo d'água para pegar seu sabonete indicando que agora era minha vez. Eu fui. Assim como Pedro, fechei os olhos enquanto sentia a água batendo em rosto, mas torcendo pra que ele estivesse me olhando da mesma maneira que eu acabara de fazer com ele.
- Pode vir se enxaguar, primo. – Liberei o chuveiro novamente enquanto eu pegava meu sabonete.
Aposto que vocês podem imaginar o que acontece agora. O sabonete escorregou e eu o deixei cair. E, por mais suspeito que possa parecer, juro que não foi proposital. Pedro, vendo a cena, não resistiu e resolveu provocar.
- Ihhh, vai ter que abaixar pra pegar o sabotene, primão! – Começou ele. – Mas fica esperto, hein? – Ele riu enquanto dava uma balançada na rola.
- Sai fora, viado! – Eu respondi rindo também.
Abaixei-me para pegar o sabonete, mas como não havia necessidade (ou me faltou coragem mesmo) de ficar de costas para o meu primo, achei que ficaria por isso mesmo. Mas acho que subestimei Pedro. Quando eu já estava levantando, Pedro pincela seu pau em meu rosto, o que lhe arranca uma alta gargalhada.
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MEU PRIMO VEIO MORAR COMIGO
RomanceLuan é um jovem sonhador que mora com seu pai desde a morte de sua mãe, mas a dinâmica da casa deve ser abalada após a chegada de Pedro, primo de Luan, que desperta sentimentos e desejos até então desconhecidos por ele.