Capítulo 2

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-Eu não vou tirar minhas vestes e passar por um trouxa Potter, estou te avisando -Draco disse antes de passar pela porta do Caldeirão Furado.

-Ok -Harry respondeu, balançando a cabeça.

Apesar da cara de "fuchi" que Draco fez, ele não pode deixar de olhar para tudo com curiosidade; e mais quando entraram em uma enorme loja de auto atendimento, pois o departamento de eletroeletrônicos o deixou maravilhado com as prateleiras cheias de televisores, e trouxas pululando aqui e ali lançando rolos incompreensíveis sobre "resolução" "alta definição" e sabe Deus que outras bobagens.

-Espere por mim aqui, não vou demorar.

-Uh huh -Draco respondeu sem nem mesmo se virar para olhá-lo.

Quinze minutos depois, Harry voltou para encontrar Draco ouvindo muito atentamente a explicação de um vendedor loiro, de olhos azuis e corpo de modelo, que gentilmente... "talvez demais", explicou as vantagens de um espremedor de última geração como se Draco realmente levantasse um dedo para cortar um limão ao meio.

-Nossa que interessante! -Draco exclamou, não tendo entendido nada do que o garoto havia dito.

-Tudo bem, vamos embora -disse Harry, chegando naquele momento com uma sacola plástica preta.

-Então você não vai levar? -o vendedor disse a Draco com um sorriso dançando em seus lábios.

-Agora não, mas talvez mais tarde eu volte para pegar outra coisa -Draco respondeu mordendo sua pequena boca- tchau.

-Bye Bye.

Colocando as mãos nos bolsos de suas vestes, Draco caminhou atrás de Harry, que sem dizer nada começou a caminhar pelas ruas de Londres, até que o moreno indicou que ele deveria entrar primeiro em uma rua estreita.

-O que é isso, Potter?... você nem conhece mais suas próprias direções? -Draco exclamou, encontrando-se em um beco.

Harry não respondeu, apenas acenou para ele continuar andando.

-Ah, nós vamos desaparecer -Draco disse compreensivo.

Mas quando chegaram ao final do beco, Harry não pegou seu braço para desaparecer; o que ele fez foi começar a tirar algo do saco plástico que carregava; intrigado, Draco observou-o pegar um invólucro de celofane transparente, que ele rasgou para remover... meias de seda?

-Pelo amor de Deus, Potter... -Draco riu- você não espera que eu as coloque, não é?

-Não, embora se eu quisesse, você poderia até dançar de tutu por toda New Bond Street com um vaso na cabeça -Harry respondeu muito calmamente passando por entre seus dedos as meias macias e sedosas- estenda suas mãos.

-Como?

-Estenda as mãos.

-Você vai amarrá-las? -Draco perguntou sorrindo incrédulo.

- Isso mesmo, estenda-as.

-Olha Potter, não entendo como uma simples bebida fez surgir em você essa estranha parafilia, e pra ser sincero não me importo, mas se o que você quer é uma sessão de sexo, é só aparecer na sua casa, deixar essas ocorrências estranhas de lado e me foder como sempre faz.

-Definitivamente você é muito falador, acho que te dei muita liberdade, parece que você precisa de se educar.

O rosto de Draco mudou, sentindo as palavras de Harry como um tapa na cara, pois o lembrou da posição de poder a que estava submetido.

-Não preciso de educação, por isso tive um pai -respondeu asperamente.

-Quem fez um trabalho de merda com você pelo que podemos dizer -Harry disse, adotando aquele tom de autoridade que tanto "pisava" em Draco- assim como você vê, eu tenho que fazer algo sobre isso.

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