Any
Finais felizes são como pessoas. Todos são únicos.
- Any and JoshO Romano's gente e Any arrastou sua tristeza até a cozinha para ajudar Maria, a mãe de Alex. Elas concordaram com um cardápio que facilitasse o serviço de bufê e, como Any ajudou a escolhê-lo, Maria não precisou dar muitas instruções.
Chegou a sugerir que ela se sentasse e aproveitasse a ceia com os amigos, mas Any não aceitou, pois precisava fazer qualquer coisa que tirasse sua mente de Josh.
Se não fosse pelo Natal, passaria de bom grado o dia na cama, com as cobertas sobre o rosto. Se sua avó estivesse viva, teria ido até ela, contado tudo e a vovó teria feito algo que a fizesse sentir melhor e mais forte com a situação.
Mas Any estava sozinha. Sentia-se exausta e perigosamente perto de cair no choro.
Seria outro Natal em que lutaria para chegar ao fim do dia sem entrar em colapso. O que Josh estava fazendo? Estava sozinho ou pelo menos foi ficar com a avó?
- Como você está, querida? - As bochechas de Maria estavam coradas pelo calor do forno e por estar correndo de um lado para o outro na cozinha havia horas.
- Estou ótima. - Any captou o olhar de Maria. - Tá, não tão ótima. Parte de mim, a sonhadora boba, pensou que Josh se importava. Eu realmente acreditei nisso.
- Talvez ele se importasse.
- Não o bastante. - Any pegou uma cabeça de alho. - E que pessoa no mundo se apaixona em um mês? É loucura, né?
- É?
- Alex e Sabina se conheciam desde sempre; Sina e Noah também.
- Existe mais de um jeito de se apaixonar, querida, e me parece que você e Josh tiveram uma conexão.
- Tivemos, sim. - Indiferente, Any encarou o alho na mão. - Eu disse coisas a ele. Ele me disse coisas. Pelo visto achei que... - interrompeu-se. - Deixa para lá. Vou superá-lo.
- Não chore. É importante que seus olhos não fiquem vermelhos hoje.
- Eu sei, é Natal e não posso estragar o dia de ninguém.
- Eu estava falando do seu dia. - Maria tomou o alho das mãos dela. - Eu te conheço. Você vai querer estar linda. Vai colocar um batom.
- Por quê? - Any ficou surpresa. - Não acho que uma costela de boi e uma bandeja de batatas assadas vão se importar com meu batom. - Todos à sua volta pareciam entusiasmados e cheios de energia, o que fazia a luta de Any ainda mais difícil.
- Você vai ficar orgulhosa de tê-los preparado. - Maria se aproximou e deu um grande abraço em Any. - Sua avó estaria tão, mas tão orgulhosa de você, querida. Agora é melhor tirarmos a carne do forno, senão vai queimar.
Any não achava que a avó estaria orgulhosa em vê-la choramingando pela cozinha, mas não disse nada e concentrou-se na comida. Para ela, trabalhar era uma forma de terapia. Ela fatiou, picou e salteou com a cabeça em piloto automático.
A cozinha de Maria era uma máquina bem alinhada. Any se encaixava nela com facilidade e achava a rotina ali tranquilizante. Não precisava pensar muito.
- Gaby? - Sina apareceu à porta e trocou olhares significativos com Maria. - Você pode vir aqui? Temos algo para você.
- Não dá para esperar? Estou preparando almoço para oitenta pessoas, carne... e torta. - Estava orgulhosa e soou forte, mesmo não se sentindo assim. Retirou a assadeira de batatas pelando do forno. - Pensei que daríamos os presentes mais tarde.
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Milagre Na 5° Avenida - Beauany
FanficAny Gabrielly ama tudo que envolve o Natal. Romântica incurável, ela passará as festas sozinha esse ano, mas nada destrói sua fé inabalável no amor e nas coisas boas da vida. Quando ela tem a oportunidade de decorar a casa de um escritor rico e famo...