Tubiraum daum daum

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Eu não sei o que colocar nos nomes dos caps então será aleatório

Vamos ao que eu imaginei ontem (encarnando a eu séria que escreve aqui):

Todos conheciam a história das górgonas. A mais famosa dela sendo a Medusa

Bem... haviam tantas górgonas que irei contar de uma. Cabelos de cobras negras - as mais venenosas existentes. Os olhos caramelo com um brilho horripilante

Mas não era como se alguém realmente pudesse ver antes de ter sua expressão de terror eternamente gravada em pedra

Sua maldição - como a de todos de sua espécie - era jamais poder ser amado. Pois ninguém jamais poderia olhar para si - quer queira, quer não, a primeira impressão que inicia algum interesse. E a primeira impressão é vista

Acho que os deuses não contavam que aquela górgona com negras cobras como cabelo encontraria um viajante inusitado

Tal viajante, de olhos negros e vagos, simplesmente congelou ao ouvir o som das cobras

Ouvira lendas. Afinal, quem não conhecia sobre os monstros de olhar petrificante

Mas a curiosidade da criatura se agravou quando teve o olhar devolvido pelo viajante - os outros normalmente fechavam os olhos assim que sentiam sua aproximação com o sibilo dos répteis, mas ele apenas lhe olhou - e não virou pedra

Aquilo nunca ocorrera. Duas de suas cobras o olharam, igualmente curiosas. Se aproximara sem entender

- Quem és tu, simples viajante? - O rondava devagar, o mortal abaixou o olhar, tremendo um pouco

- Chamo-me Regulus - Ele respondeu. A criatura ainda estava curiosa. Se abaixou para olhar o rosto do mortal. Seus olhares se cruzaram e nada aconteceu

- Qual fora a bênção que Hermes lhe dera? - Só poderia ser a interferência do deus

- Nenhuma especial - Encolhera os ombros

- Sabe o que sou? - A criatura ergueu as costas, tocando o queixo do viajante, erguendo os olhos sem foco

As cobras sibilaram, se esticando na direção dele, como se quisessem descobrir sobre aquele que não se sucumbia à maldição

- Desconfio que seja uma górgona - O viajante olhava para todos os cantos, como se seus olhos buscassem alguma imagem

- Sou sim - Se aproximou mais um pouco, tombando o rosto. Uma cobra se esticou o bastante para sua língua bifurcada tocar a bochecha pálida. O mortal se encolheu, um riso de cócegas fez a criatura piscar de olhos, encantado - Por que não vira pedra?

- Eu... não sei - Ele respondera - Não sou capaz de enxergar. Talvez seja isto

A partir daquele dia a curiosidade da criatura se tornou um alívio. Percebera que aquele caminho era rotina de tal viajante

Nesta rotina, eles conversavam e a górgona acabava por ajudar um pouco o homem cego

Não contara para suas irmãs de espécie, poderia irritar os deuses. Atena não se importava dele ter achado alguém que possa lhe entender, afinal, fez isso justamente

Outra deusa que não lhes tiraria o crédito - e desta vez os protegeria com sua bênção - era a deusa Afrodite. Ela via aquela curiosidade crescer, assim como as cobras não eram curiosas, faziam carinho no rosto do mortal sempre que podiam

Não era algo que poderia ser aceito, era uma paixão de viagem. Entre um monstro solitário e um mortal sem a vista como privilégio








》~*☆*~《

Desenhooooo:

Esse aqui é o que eu imaginei de Canário Negro. Fiz o desenho enquanto escrevia e amo ele

 Fiz o desenho enquanto escrevia e amo ele

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Novamente, se reconhece... não fale nada (suplico mesmo. Eu sou bastante envergonhada mesmo que bem cara de pau)

Obrigadinha



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