G ● 17

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Mikaella segurava o bebê no colo o balançando de um lado pro outro com cuidado e Giovanna olhava alegre e curiosa pro bebê enquanto eu fazia um mingau para o pequeno.

Havíamos retornado para o apartamento da cacheada para poder fazer algo pro neném comer ainda sem saber o que fazermos.

-- calma meu amor, eu tô com você. -- ela disse com uma voz de criança tentando deixar o bebê tranquilo já que ele chorava bastante e suspirei fundo, ela com certeza seria uma excelente mãe.

Ela mal conhece a criança e já está dando todo o cuidado e carinho do mundo a ele, coisa que hoje em dia é difícil de encontrar.

Minha mente rodeava pensando em como alguém conseguia ser capaz de jogar um bebê no lixo.

Assim que terminei de fazer o mingau coloco no prato e procuro uma colher de plástico mas não acho e acabo pegando a de metal mesmo, assoprei com cuidado o alimento para que esfriasse mais rápido e voltei para a sala de estar

-- ele não para de chorar, o que será que ele tem? -- Mika me perguntou preocupada

-- fome ou falta da mãe ou os dois -- falei pensativo e coloquei o prato na mesa ao centro -- me dá ele aqui -- falei pegando ele e comecei a andar -- oi garotão, o que você tem ein?

-- o que vamos fazer com ele? -- Mika perguntou olhando atentamente o neném em meu colo

-- temos que falar com o síndico do prédio e vê as câmeras e tentar achar quem jogou ele no lixo

-- mas não adianta achar a pessoa, se jogaram ele no lixo é porque não queriam -- ela disse com os olhos lacrimejandos

-- é verdade -- falei pensativo também comovido com a situação -- a gente tem que falar com a polícia

-- eles vão colocar eles para a adoção e se ninguém o querer? -- ela me perguntou preocupada e engoli em seco

-- vamos cuidar dele e depois pensamos nisso tá bom? -- perguntei olhando atentamente em seus olhos e a morena concordou aliviada -- pega o prato ali por favor

-- papai, eu também quero -- Giovanna falou assim que Mika me entregou o alimento

-- daqui a pouco o papai faz para você -- falei pegando o mingau na colher e colocando na mão já que era melhor pro bebê comer, com cuidado coloquei minha mão perto de sua boca porém ele não quis comer -- você precisa comer garotão

-- é melhor uma mamadeira não é? -- Mikaella perguntou andando de um lado pro outro agoniada

-- Mikaella fica calma e ele precisa de uma mamadeira mesmo mas acho que aqui não tem -- falei e ela concordou bufando nervosa -- você tá tão nervosa que parece até que você é a mãe dele -- disse rindo baixo

-- meu sonho é ser mãe -- ela disse com brilho no olhar e sorrir -- ele é tão lindo, tão frágil e precisa de tanto cuidado -- ela disse emocionada

-- tenho certeza de que esse sonho um dia vai se tornar real -- falei tentando da mais mingau para o neném porém ele se recusava -- eu vou comprar uma madeira para ele porque assim ele não vai comer nada -- falei o entregando pra Mika que tentou o acalma-lo e rir da sua forma desengonçada e nervosa com medo de derrubar ele no chão

-- tá rindo do que? -- ela perguntou rolando os olhos

-- não é assim que pega um bebê, olha vou te ensinar como é, licença -- falei me aproximando dela e vi sua respiração pesar -- ei, calma olha nos meus olhos -- a morena fez o que eu pedi e suspirei fundo -- posso tocar aqui? -- falei apontando pro seu braço -- é para ajeitar ele

Mikaella ficou me encarando de uma forma intensa que fez com todo o meu corpo ficasse arrepiado e ansioso por sua resposta

-- eu não vou te machucar, morena -- falei nervoso vendo que seus olhos ficaram lacrimejados -- tá tudo bem então, só suba ele mais um pouquinho pra cima. -- ela bateu os olhos e uma lágrima caiu -- Seu ex é um merda cara, como ele teve coragem de te deixar assim -- sussurrei só pra mim

-- eu tive culpa -- ela disse baixo ajeitando o neném

-- Ah Mikaella, pelo amor de Deus com certeza não por favor não pense dessa forma -- juntei minhas mãos -- eu li a matéria inteira e você não teve culpa de absolutamente nada e mesmo que você tenha sei lá irritado ele nada justifica o que ele fez.

-- bom, agora tá certo? -- ela apontou pro bebê e concordei percebendo que ela queria fujir do assunto -- fui até a cozinha e lavei minha mão

-- vou lá comprar a mamadeira e umas roupas para ele, tenta o manter calmo balançando ele e tenta também da mais mingau pra ele e não usa a colher por ser de metal pode machucar ele -- falei retornando a sala

-- eu sei cuidar de uma criança, Gerson.

--- deu para perceber -- falei debochado e ela bufou irritada -- fica aqui com a Mika tá meu amor? -- falei para Giovanna que tava sentada no sofá com uma carinha estranha -- o que você tá aprontando Giovanna? -- perguntei colocando a mão na cintura

-- eu? Nada papai -- ela disse rindo e rir me aproximando vendo o que tava atrás dela tirando o prato -- só comi um pouquinho -- ela disse dando de ombros e a olhei indignado

-- eu? Nada papai -- ela disse rindo e rir me aproximando vendo o que tava atrás dela tirando o prato --  só comi um pouquinho -- ela disse dando de ombros e a olhei indignado

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FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora