O passado é um quebra-cabeça com muitas peças perdidas. É o lugar onde os melhores sonhos e os piores pesadelos moram. É onde as memórias congelam para nunca deixarem de existir. O passado é a resposta para o presente. O passado nunca se vai de verd...
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Era uma noite fria e escura no Reino de Narcis. Era inverno e a neve caía sem qualquer hesitação, deixando as árvores nuas cobertas de um branco límpido, o que podia ser muito belo, mas a névoa espessa que pairava sob o lugar tornava o ambiente temeroso.
Apolo corria pela floresta o mais rápido que podia. Sua respiração estava descontrolada, seu coração batia tão forte e rápido que poderia ser ouvido a uma longa distância. Quando seus pés pareciam querer vacilar, pois doíam como se estivessem pisando em pregos, ele se escondeu atrás de uma grande árvore. Se abaixou, apoiou a cabeça no tronco atrás de si e fechou os olhos tentando diminuir o ofego.
Quando estava prestes a voltar a correr, ouviu passos próximos a ele. Seu coração voltou a bater tão rápido quanto a neve caía do céu em seus cabelos. Seus olhos queimaram e sua garganta pareceu fechar quando os ouviu ficando cada vez mais próximos. Ele não conseguiria escapar.
- APOLO! APAREÇA AGORA! – Apolo estremeceu ao ouvir aquela voz grave e furiosa chamando por ele.
Podia ouvir o homem falar com os guardas que o acompanhavam para que se espalhassem para procurar. Eles estavam ali, perto de seu esconderijo e o achariam rapidamente se continuasse onde estava. Em um momento que achou que os homens se distraíram, Apolo correu como se sua vida dependesse disso, porque dependia.
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Louis acordou em um grande susto, puxando ar desesperadamente de seus pulmões a fim de respirar normalmente. Enquanto encarava o teto de seu quarto, onde continham alguns pôsteres de bandas indie e pintores famosos, ele pousou as mãos no peito sentindo o coração desacelerar aos poucos, na medida que sua respiração se controlava. Ele olhou para o lado e viu que o despertador marcava 6:02. Ele suspirou. Suas aulas na faculdade começavam às 8:00, então ele acordou mais cedo do que gostaria.
Se levantou finalmente e foi até o banheiro. Ao se olhar no espelho, pôde notar algumas gotas de suor descendo de sua testa até seu queixo, ele sequer havia as sentido no rosto, mas sabia o porquê.
Pesadelos não são novidade para Louis, mas quase sempre ficava arrepiado só de pensar no conteúdo deles. Sempre tem os mesmos pesadelos, ele está fugindo numa floresta escura e fria, apenas iluminada pela luz da lua. Ele não é ele mesmo, tem outra aparência e outro nome, mas sabe que é ele. Ele está sendo seguido por pessoas que querem capturá-lo e quando parece perto de conseguir despistá-los, ele é pego por um homem assustador, Louis nunca viu seu rosto, mas sabe que o conhece, sabe que é ele que aquele homem quer.
Ele balança a cabeça para se livrar de seus pensamentos e começa a fazer sua higiene matinal.
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- Lottie! O que eu disse sobre mexer nas minhas coisas? – Louis disse entrando no quarto de sua irmã mais nova e pegando o cacharrel bege que se encontrava no encosto da cadeira da menina. Ele saiu com a peça na mão e a irmã atrás de si.
