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Chegou o dia da festa da empresa. Irene não saia do celular tentando organizar tudo, a empresa estava sendo decorada e ela estava quase surtando, afinal o buffet encarregado ainda não havia chegado. Choramingou quando lembrou que sua roupa foi entregue na mansão e correu pro carro com o cabelo enrolado com os grampos.

Estacionou o carro e deu de cara com Agatha, revirou os olhos e saiu correndo pra dentro de casa.

CAOS!

Petra discutia com o pai sobre a escolha da roupa dele enquanto Luigi apresentava outros ternos pro sogro, Petra também tinha o cabelo enrolado e a maquiagem feita enquanto segurava um frasco de perfume, Caio estava largado na poltrona tentando desafrouchar o nó na gravata e Angelina apareceu com alguns pares de sapato para Antônio.

— Mãe! Graças a Deus. – ela se aproximou e abraçou a mãe. — Como você consegue aguentar o papai?

— São anos de paciência. – respondeu se aproximando de Luigi com os ternos. — Você vai com o preto que vai sobrepor com o meu vestido e não tem discussão. Angelina o sapato é esse da direita.

Irene subiu atrás do maldito vestido e deu graças a Deus quando adentrou o quarto e a roupa estava estendida na cama, passada e extremamente cheirosa. Ao lado um bilhetinho que com toda certeza foi feito por Petra.

Para a mulher mais cheirosa do mundo.

Levantou o olhar e notou um buquê de jasmim, sorriu e cheirou as flores. Em seguida notou que já estava quase na hora da festa e correu para se arrumar, soltou os cachos e passou o batom vermelho que faltava.

Desceu as escadas meia hora depois, Petra estava boquiaberta e Antônio não tirava os olhos dela, o vestido marrom era longo e tinha mangas com tule. A presilha no cabelo destacava o penteado, a maquiagem era leve mas o batom vermelho deu todo o destaque que Irene já tinha. Obviamente estava de saltos altos.

Petra também estava deslumbrante, usava um vestido branco que tinha as bordas bordadas, o vestido tinha listras em flores nos tons azul, laranja, rosa e verde, tudo em tons claros.

Antônio não conseguia desviar os olhos de Irene e ela sorriu ao notar isso, Petra resgatou a câmera fotográfica da caixa e fotografava a mãe como se sua vida dependesse disso.

— Vamos?

— Mãe você está… – Petra começou, mas estava tão encantada que sequer conseguiu completar a frase.

— Deslumbrante. – Antônio completou enquanto a olhava com os olhos brilhantes.

Irene sorriu envergonhada e eles seguiram pro carro até a empresa, no meio do caminho Petra a infernizou para colocar a tala no pulso e assim ela fez, estragando totalmente a roupa. Quando chegaram tudo estava absolutamente perfeito, do jeitinho que ela planejou e organizou.

Se empolgou um pouquinho e colocou atrações pras crianças, não demorou muito para Petra e Caio estarem no pula-pula roubando a vez das crianças brincarem. As mesas tinham inúmeras comidas para todos os gostos e tudo era lindamente decorado em vários tons de verde, a área externa tinha alguns balões e mesas.

Baldes com champanhe e alguns vinhos decoravam a outra mesa. Estava tudo tão perfeito que ela sorria satisfeita.

Irene voltou a olhar para Petra na cama elástica e gargalhou quando a menina deu uma cambalhota e caiu igual uma estrela no meio do brinquedo. As crianças já reclamavam e Antônio teve que brigar com os dois para deixarem as crianças brigarem.

— Antônio, como vai? – Franco os cumprimentou juntamente de Yandara, parando quando chegou em Agatha. — A senhora eu não conheço.

— Agatha. – Antônio respondeu seco. — Minha ex esposa.

empecilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora