.《08》.

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[POV SABINA HIDALGO]

—Não surta, por favor. -Mamãe pede na maior tranquilidade e eu fecho a cara pra ela.

—Como não surtar? Mãe, aquele velho abusado aparece depois de anos como se não tivesse me deixado um trauma e agora quer saber de nós?

—Calma! Ele ainda é seu pai e em algum momento ele voltaria. -Ela solta um suspiro e acaricia minha bochecha.

—Mas eu não quero que ele me procure! Mama, nunca irei perdoá-lo por ter nos abandonado. Poxa... eu era só uma criança e eu o amava tanto.

—Crescer é aprender a perdoar os erros do passado, Maria.

—Eu preciso perdoar os erros do Fernando? -Faço uma careta e mamãe sorrir.

—Sim, meu amor você precisa perdoar os erros do seu pai pra seguir em frente e crescer como uma mulher. -Reviro os olhos em puro tédio e minha mãe dá um tapa na minha perna.

—Isso doeu! -Paço a mão na perna tentando amenizar a ardência.

—É pra você aprender a não revirar os olhos pra mim.

—Ai senhora mandona, tudo bem! Agora me diz o que ele queria? -Levanto da cama e vou correndo pro banheiro.

—Ele disse que estaria na cidade esse fim de semana pra visitar alguém e queria aproveitar o momento pra te reencontrar e pedir desculpas. -Mamãe apareceu na porta do banheiro.

—Se eu aceitar assim de cara vai ser muito fácil pra ele, não é justo!

—Bom, a decisão é sua... não posso te forçar a perdoar seu pai. Mas eu pelo menos tentei. -Ela disse com um sorriso debochado.

—Vou pensar sobre o assunto e te informo minha decisão. Pode deixar que eu escrevo uma placa deixando claro que você tentou, dona Ale. -Sorri pra ela e acenei pra ela se retirar.

—Sua boba, se arrume e desça pro café. -Disse e saiu da porta do banheiro.

Tomei meu banho e fiz minha higiene pessoal, assim que saí do banheiro tomei um susto ao ver Any sentada na minha cama toda de qualquer jeito.

—Como se sente depois de quase ter colocado seus órgãos pra fora ontem? Conseguiu falar com a obra-prima? -Olhei pra ela com a expressão bem séria tentando lembrar do que ela estava falando exatamente e então eu lembrei em partes.

—Bom dia pra você também, Any Gabrielly. Estou me sentindo muito cansada nesta bela manhã. -Respondi sem humor e Any deu um sorriso torto.

—Não me desanima, poxa cara! -Ela se levantou e veio até mim feito um cachorrinho. —Me diz o que rolou com a Loukamaa.

—Não quero falar sobre isso, Gabrielly.

—Mas eu quero! Vamos desembucha.

—Não! Vem vamos pra escola porque já estamos atrasadas. -Tentei puxar ela pelo braço mas a mesma se manteve parada no mesmo lugar, dogra de fraqueza.

—Você ainda está de roupão Sabina, fala logo o que aconteceu. -Saiu de perto de mim e se jogou na cama.

—Que saco! Okay, eu consegui falar com a Loukamaa, ela me trouxe em casa e até conheceu a minha mãe, que por sinal adorou ela. -Any me interrompeu nesse momento para zombar de mim. —Nós conversamos e eu pedi desculpas e tudo mais... e depois a gente meio que... an... nós nos beijamos. -Falei tudo rapidamente e Any me olhou em total confusão.

—Fala a minha língua, minha querida.

—Eu e Joalin nos beijamos! -Falei um pouco auto demais e dessa vez ela arregalou os olhos.

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⏰ Última atualização: May 24, 2024 ⏰

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~The librarian~ (Joalina) Onde histórias criam vida. Descubra agora