Alba Dias Sequeira

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João Félix

Quando a chamada caiu, eu fui direto ao chão, fiquei sem reação, palavras.

- Ela está viva! - digo sem voz, mas ao mesmo tempo aflito. - Ela está viva. Tenho que ir vê-la, tenho de ir já para o hospital. - digo a vestir o casaco e os ténis.

- Calma Rapaz! - disse o Rúben. - O que aconteceu? Quem era ao telemóvel? Sabes alguma coisa da minha irmã?

- A Margarida não disse detalhes, só disse que ela estava a caminho do hospital da luz, eu quero confiar nela e ver a minha namorada. - digo a implorar.

- Eu levo-vos, é muita emoção. - disse a Mariana que apareceu por detrás do Rúben, como tal ela levou-nos ao hospital e ao mesmo tempo que pergunto, vejo-o a entrar nas urgências, queria agarra-la, queria abraça-la, mas a única coisa que fiz, fui chorar, chorei ao ver o rosto dela coberto de queimaduras, chorei ao ver sangue derrabado na sua roupa, e chorei por vê-la com aquela mesma roupa.  Chorei, a sério que chorei.

Temi a morte, naquela maldita noite, temi a morte do bebé, do meu filho ou filha, temi o pior, e chorei.

Chorei baba e ranho, tal e qual uma criança de 2 anos.

Às 03 da manhã apareceu um médico aos pais dela, segui atrás deles, deixo- me ficar alguns centímetros mais atrás, mas a conversa foi comigo.

- É uma menina, está na pediatria, se quiser pode vir comigo. Os avós podem ir depois quando a mãe acordar.

- Ela está bem?

- Vai ficar, está a soro, estava muito desidratada, os nutrientes foram quase todos para a bebé, vão ambas ficar bem. Agradecia apenas que fossem por agora 1 pessoa por vez, não queremos barulho no corredores. - Afirmo e eles deixam-me passar.

- João? - disse o pai da Benedita e do Rúben. - Trata bem dela.

- Vou fazer! - digo e abraço-o.

- Obrigado por não teres desistido.

- Nunca desistiria da sua filha  - digo e adentro até a sala dos bebés, onde a médica para, ela deu-me uma capa rosa, e entro depois de calçar também uma espécie de luvas para sapatos se podia chamar isso assim, aproximo-me da incubadora.

- Ela vai ficar muito tempo? - Pergunto.

- Não, até ganhar 2/3 kilos, ela está bem. - disse a médica a abrir uma das janelas, vou com a mão e passo o meu dedo pela mão pequena dela.

- Olá princesa... - digo baixo.

- Vou deixa-lo, volto daqui há alguns minutos para ir ver a sua mulher, okay?

- Okay! - digo a admirar a menina que tinha a minha frente, ela era linda.

- Tem nome a menina? - Pergunta a enfermeira.

- Alba! - É o menino que a Benedita queria, se fosse menino era Daniel. - Alba Dias Sequeira. - Ela assinou nos papéis, e eu despeço-me do meu pequeno anjo para ir ver outro, bato devagar na porta, e quando a vejo, chorei mais uma vez.

- Não precisas de chorar! - disse baixo, eu vou até a morena, e ponho a minha testa colada a dela.

- Parabéns mama, tens uma filha linda. - digo.

- Alba Dias Sequeira. - Ela diz, e eu sorri.

- Exato. - digo e por fim beijo os lábios dela.

- Já vi o meu irmão. - disse quase sem voz. - E os meus pais. Eles disseram que iam para casa.

- Não te perco de vista nunca mais. - completo.

- Eu senti a tua falta. - disse.

- Eu amo-te, e quero que cases comigo. Vou pedir em outro momento, mas quero que aceites isto. - Retiro o anel do bolso.

- Andas com isto no bolso? - Pergunta a mostrar um belo sorriso.

- Ando, para lembrar-me que tenho uma mulher linda e agora uma princesa. Eu amo-vos, e quero que saibas que és tudo para mim, acho que nunca chorei tanto estes 15 dias. Eu tive tantos ataques, tanto sofrimento, mas não imagino o que sofreste, não consigo sequer pensar nisso, mas isso está no passado, e eu vou ajudar-te no que for preciso.

- E a tua carreira? - Pergunta.

- Eu vou ser emprestado ao Benfica, o Atlético não me deu grandes hipóteses, e quando foi nestes 15 dias vi que não tinha um apoio sequer da parte dos espanhóis, conversei com o Treinador e com o Presidente e eles encaminharam tudo, posso ficar no banco, mas prefiro isso ao ver-te sozinha, num país que não estou presente, quando melhorares aí vemos. - Ela tentou aproximar-se, mas fui eu que a beijei.

- Quero ver a Alba. - diz.

- Vais ver, mas precisas de descansar.

- Ela é bonita? - pergunta.

- É um jóia rara. A mãe também é, por isso. - Ela corou o que lhe deu cor.

- Amo-te  - diz.

- Eu amo-te! - digo e arrepiei-me ao vê-la sorrir. Ela adormeceu e pude ver as marcas nos pulsos e não imagino o resto.

@joaofelix79  My Sweet Alba ♡♡

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João Félix | Only You | AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora