Sexta - Nestor - pt.3

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Este capítulo não contém imagens, só sofrimento kkkkkkkkkk brincadeira

— Eai? - Perguntei ao pai dela e ao Luciano entregando a marmita para o atacante

— Nada - Meu sogro respondeu — Os médicos nem se quer deram notícias ainda

— Como assim não deram notícias? - Olhei ao redor tentando achar uma enfermeira pelo menos e nada — Faz mais de duas horas que ela ta aqui e não falaram nada?

— Nada. Eu já pressionei um dos médicos e ele disse que não sabia de nada - Luciano respondeu

Se o Luciano pressionou e não teve resposta, ele realmente não sabia de nada.

— Vou atrás de alguém, já volto - Deixei a bolsa lá e sai indo para a recepção — Boa tarde, poderia me dizer se tem alguma informação da adolescente que chegou com um tiro no pé e no braço - Perguntei com paciência ainda para a Recepcionista

— Ah, ah que chegou morta? Ela entrou com os médicos mas nenhum saiu ainda para dar notícias. Só quem sabe é quem ta lá dentro e ninguém saiu, me desculpe - Indicou a sala

— Como assim a que chegou morta? - Prendi as lágrimas — Ela morreu? Por favor me diz que não. Eu posso entrar lá?

— Não pode, vai ter que esperar ali sentado - Apontou para aonde esta o Luciano e meu sogro — Os médicos chegaram reanimando ela entraram na sala mas não saíram ainda

De novo não, de novo não. Uma vez já foi traumatizante, duas é pior ainda.

— Obrigado - Passei a mão no olho tirando a lágrima

— Nada - Ainda tem coragem de sorrir

Voltei para lá e me sentei na cadeira chorando muito. Inacreditável que em duas horas, não terminaram de pontuar e nem de dar o sangue da minha garotinha, as coisas devem estar complicadas lá dentro. Ou talvez ela esteja... não, não posso ficar pensando assim, não é porque ela chegou daquele jeito que ainda está.

— O senhor ta com fome? - Perguntei ao pai dela após me recuperar

— Numa situação dessa quem consegue comer alguma coisa? - Olhamos para o Luciano que parou com a colher no meio do caminho

— Eu acabei de doar meio litro do meu sangue para salvar a garota - Se explicou voltando a comer

Ele precisava comer mesmo se não estivesse com fome e beber muita água também para reabastecer o sangue.

— Obrigado de verdade - Meu sogro agradeceu a ele — Só a mãe dela e a irmã são compatíveis, eu sou ó negativo

— Por que não avisou a elas? - Perguntei — Não quer preocupá-las?

— Elas não ligam para a s/n - Novidade — Emanuelly vive jogando e a mãe você já sabe

Mas se ele avisasse com certeza as duas viriam correndo só para saber o que houve.

— Cheguei - s/am apareceu — Cadê ela? Já ta melhor? Pelo visto não, vocês estão com uma cara de decepção. Ela não morreu né? Diz que não - Me olhou

— Não sabemos, está na sala com os médicos desde que chegou morta, ninguém saiu ainda para sabermos se ela sobreviveu. Eu e o Luciano já tentamos informações mas ninguém sabe de nada, só quem ta na sala - Expliquei tentando não chorar de novo

— Médicos incompetentes - Davi resmungou se sentando — Mais de três horas desde o assalto, duas horas desde que ela chegou aqui e nenhuma notícia? Pura incompetência - Os olhos dele se encheram de lágrima — Porra cara... - Chorou — Me doeu muito ver aquela cena...

Uma Verdadeira Fã - Rodrigo NestorOnde histórias criam vida. Descubra agora